A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA GEOMETRIA NA ESCOLA MUNICIPAL JOANA OLIVEIRA MIRANDA DE CAMPOS BELOS - GO
LEAL, Marcia Rodrigues¹; OLIVEIRA, Franciele Silva².
Palavras-chave: Ensino, geometria, conhecimento, lógica, raciocínio.
Pode-se observar que nos dias atuais o Ensino da Matemática se encontra em constantes modificações metodológicas, com o surgimento e ressurgimento de práticas pedagógicas que têm o intuito de facilitar e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. Todavia, nota-se que os computadores incorporam-se como fator essencial, principalmente na vida das crianças e adolescentes que revelam uma habilidade especial em manusear a máquina.
No entanto, cabe ao professor avaliar a adequação do software aos conteúdos a serem abordados preocupando-se com “o como”, “o porquê” e “para que”, pois é nesse momento que a tomada de decisão que não é neutra, representa uma opção por um modelo educacional.
Assim, especificamente no ensino da Geometria constata-se a necessidade de explorar a visualização do aluno e as articulações de propriedades geométricas feitas em diversificadas situações. Onde a percepção e a representação particular e individual do aluno fazem com que ele construa significado para os conceitos geométricos. Pois, é a partir da visualização que os alunos podem levantar conjecturas, explorar o caráter de investigação conduzindo a generalização de propriedades e elaborando processos de justificativa na resolução de problemas.
No entanto, justificou-se a necessidade deste projeto ao observar que muitos alunos da rede pública da cidade de Campos Belos-GO, passam no vestibular e chegam à Universidade sem terem domínios mínimos em vários conteúdos do ensino da geometria, fato esse que verificado na UnU de Campos Belos. Deste modo, o Projeto de Extensão: A Importância do Ensino da Geometria na Escola Municipal Joana Oliveira Miranda de Campos Belos – GO, propôs um estudo contínuo com alunos do curso de pedagogia em parceria com alunos/professores da rede pública de ensino do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, pois, notou-se que os mesmos não demonstravam conhecer suficientemente as metodologias de ensino aprendizagem no que se refere ao ensino da geometria.
Assim, verificou-se que muitos professores não possuíam devida instrução nem tinham oportunidade de desenvolver metodologias que envolvessem seus alunos nas aulas de geometria. Devido a isso, foi proposto montagem de mini cursos e oficinas sobre o ensino de geometria, com fundamentação teórica e momentos de atividades práticas. Neste sentido, o projeto propiciou complementar e proporcionar, com estudos teóricos, pesquisas de campo e, sobretudo oficinas e metodologias diferenciadas para o ensino aprendizagem de geometria.
Entretanto, ao analisar mini cursos e oficinas que foram ministradas em sala de aula no Curso de Pedagogia na UnU de Campos Belos, foi possível expandir melhor esse conteúdo de forma dinâmica e prazerosa.
Contudo com o referido projeto, buscou investigar as dificuldades apresentadas pelos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Joana Oliveira Miranda, especificamente no que diz respeito à aprendizagem de Geometria. Como o ensino da Geometria faz parte da Matemática, procurava-se inicialmente descobrir as concepções que os alunos/professores formavam em relação a conteúdos vistos desde os anos iniciais até a faculdade e os possíveis fatores que permearam este processo de forma positiva ou negativa. Em consequência, se teve a visão de como as metodologias aplicadas na construção do conhecimento, interferem no desenvolvimento dos conteúdos da Geometria.
Assim, ao observar a importância do ensino de geometria, partindo da relevância do seu contexto histórico, se pode enfatizar o processo histórico do conteúdo tornando-o mais atraente e objetivo.
Como se observa a seguir:
Um passeio na história da Geometria: As primeiras considerações humanas a respeito da Geometria originaram-se da necessidade de "medir a terra". As atividades incluíam observações, comparações e relações entre formas e tamanhos. Quando o homem saia das cavernas e começava a ter que construir sua morada, os conceitos de verticalidade, horizontalidade e paralelismo, entre outros, estam presentes. As antigas civilizações de beira-rio (Nilo, Tigre, Eufrates, Ganges, Indo) desenvolveram uma habilidade em engenharia na drenagem de pântanos, na irrigação, na defesa contra inundação, na construção de templos e edifícios. Observa-se, também, diversos outros momentos em que a Geometria foi empregada pelos povos considerados primitivos: na construção de objetos de decoração, de utensílios... Nas manifestações artísticas com formas como triângulos, quadrados e círculos, além de outras mais complexas. (http://ribamarpolivalente.blogspot.com.br).
Os cestos e os peixes: As cidades que possuem mar ou rio de modo geral desenvolveram "artefatos" para a pesca: redes, puçás, cestos e outros. E ao levar esses objetos para a sala de aula, se pode desenvolver projetos que envolvam Geometria, Geografia e Ética. Como será que foi pensado a feitura de um cesto? Como determinar sua capacidade, se partirmos de um pedaço de cipó, palha ou outro material? Quantas tiras são necessárias? Qual a melhor forma, de boca larga ou estreita? Comprido ou curto? Várias perguntas surgem. É interessante que o professor de Matemática entre em contato com o de Arte e o de Geografia, para que possam levar o cesto ou desenhos de cestos variados, e principalmente de locais variados. Hoje, com o auxílio da Internet, fica mais fácil de encontrar diferentes exemplos. Sabe-se que os cestos servem também para guardar outros tipos de mantimentos. Quais? Verificar diferenças por região. Aqui podemos ver que povos moram perto das águas e ver na história de que modo este fato afetou a vida desses povos. (http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc).
A árvore e a corda: Numa região de florestas podemos introduzir o seguinte problema: Vocês sabem como é que se faz para, depois de serrar uma árvore, colocar uma corda para sustentar a sua queda, de modo que ela não caia na cabeça de quem está no trator? A pessoa fica de costas para a árvore e sai caminhando, pára, abre as pernas, se curva e olha, por debaixo das pernas, para a árvore. E, quando a vê inteira, sabe que a corda terá que ter o mesmo tamanho daquela distância. Por que isto dá certo?
Aqui já estaremos falando de triângulos semelhantes, trigonometria e outros. Por exemplo, artistas como Escher e Volpi usaram e abusaram da geometria e seus trabalhos são muito interessantes de serem usados nas aulas, não em detrimento de nossa própria arte, mas como um complemento e para que a partir daí se discuta a Geometria na Arte. (http://rosimelegari.blogspot.com.br).
Como se vê, a cultura e a Geometria se relacionam. Pode-se usar a Geometria para calcular a quantidade de material para um cesto, para uma casa e, ao mesmo tempo, se desejamos fazer um móvel diferente ou um cesto diferente, certamente teremos que pensar numa Geometria para tal. Deste modo, estamos continuamente produzindo novos saberes a partir e em consonância com outros.
Nesse sentido o presente projeto teve como objetivo principal verificar como estava sendo realizado o ensino de Geometria do 1º ao 5º ano Ensino Fundamental e orientar os alunos da UnU de Campos Belos, na elaboração de metodologias que possibilitassem melhores condições para exercerem na prática as teorias abordadas em sala, junto aos professores da Escola Municipal Joana de Oliveira Miranda de Campos Belos - GO, no ensino da Geometria, analisando também a formação dos professores na área de geometria/matemática, no curso de Pedagogia dessa mesma Unidade. Uma vez que se faz necessário repensar na importância de outros vários objetivos específicos, como: Repensar a matemática no ensino da geometria enquanto estratégia de formação do aluno; Fornecer dados sobre a realidade do ensino de geometria do 1º ano 5º ano; Desenvolvendo momentos de reflexão sobre o processo de ensino aprendizagem matemática; Realçar a contribuição do ato de ensinar na UEG; Facilitar a descoberta de se aprender matemática e relacioná-la com o nosso dia-a-dia;
Diagnosticar e analisar as práticas pedagógicas dos professores no ensino de matemática do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e da Universidade; Dentre outros.
Metodologia:
A importância do ensino da geometria, caracterizou-se em um estudo de caso analítico-descritivo, numa abordagem qualitativa, sendo um estudo de cunho qualitativo que se deve as características da escola no ensino da geometria do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Que consistiu em três fases:
Na 1ª etapa: Se fez o levantamento das dificuldades encontradas pelos alunos/professores através de questionários e buscou-se referenciais bibliográficos teóricos e críticos junto aos alunos monitores da UEG, para embasamento do ensino de geometria básica (ponto, reta, plano e espaço), para início de estudos e apresentação do projeto à escola. Na 2ª etapa: Ofereceu-se um estudo voltado para conceitos teóricos mais aplicados (perímetro e áreas de polígonos), co-relacionando com a realidade em que vivem e a organização do meio, valorizando a opinião, as práticas e as perspectivas pedagógicas no ensino de geometria já oferecido na escola, podendo assim iniciar oficinas e mini cursos na escola. Na 3ª etapa: Aprofundou-se os conceitos de geometria (analisando superfícies utilizando as mídias), dentre outras necessárias para as práticas pedagógicas no planejamento dos professores envolvidos, com base nas bibliografias identificando qual o papel da Universidade na busca da qualidade do ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Resultado e discussão:
Aperfeiçoar os conhecimentos na área de geometria que sejam suficientemente adequados as metodologias de ensino aprendizagem, no que se refere ao ensino da geometria. Para que se possa, observar futuras mudanças no ensino aprendizagem dos nossos alunos quando os mesmo se ingressarem na faculdade. Visto que o aproveitamento dos envolvidos ocorreu durante a concretização das diferentes atividades propostas durante projeto.
Conclusões:
Com o desenvolvimento do projeto, conclui-se que o público atendido envolveu professores e alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, bem como os acadêmicos da UnU local. E que as diferentes atividades desenvolvidas na UEG e na escola se tornam necessárias e importantes na da vida estudantil do acadêmico. Pois é desde os anos iniciais até a faculdade, que se constroem conceitos e ampliam-se os conhecimentos geométricos. Todavia o projeto foi de suma relevância par ao processo de ensino-aprendizagem nas instituições envolvidas.
Referências Bibliográficas:
Araújo, Paulo Ventura. Curso de Geometria. V. 5. Lisboa: Gradiva, 1998.
CARVALHO, Dione L.de. Metodologia do Ensino da Matemática. SP: Cortez, 1994.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Da Realidade à Ação: Reflexões sobre educação e matemática. São Paulo; Summus, 1986.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de problemas de Matemática. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.
http://ribamarpolivalente.blogspot.com.br. - http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc. http://geometriaelementar.blogspot.com.br. - http://rosimelegari.blogspot.com.br.
JUNQUEIRO, M; Valente, S. Exploração de construções geométricas dinâmicas. Lisboa: APM, 1998.
MOISE, E. E. & DOWNS, F. L. Geometria Moderna. V. 2. SP: Edgard Blücher, 1971.
LARA, Isabel Cristina M. de. Jogando com a matemática. 1. ed. S. P: Rêspel, 2003.
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