FUNDAMENTOS DA GESTÃO
EM EDUCAÇÃO
O
EXERCÍCIO DA AUTONOMIA PELOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR------------------------------------------------------------------------------
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96) em seu artigo 12, inciso VI, a Gestão Democrática prevista estabelece uma nova perspectiva, um novo olhar de Planejamento Participativo, dando autonomia para as escolas definirem suas regras, envolvendo e comprometendo pais, alunos, professores e gestores para que todos possam participar de decisões coletivas, contribuindo assim para a melhoria de qualidade do ensino.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96) em seu artigo 12, inciso VI, a Gestão Democrática prevista estabelece uma nova perspectiva, um novo olhar de Planejamento Participativo, dando autonomia para as escolas definirem suas regras, envolvendo e comprometendo pais, alunos, professores e gestores para que todos possam participar de decisões coletivas, contribuindo assim para a melhoria de qualidade do ensino.
A
autonomia dos profissionais da educação deriva a princípio de um processo
aberto de participação do coletivo de toda a escola para que se construa uma
escola competente, na qual seus profissionais assumam as suas responsabilidades
e que tenham sucesso em sua prática pedagógica. Contudo, para que essa
autonomia aconteça é preciso que toda equipe funcional de uma escola entenda os
vários desdobramentos de significados e conceitos relacionados a prática da autonomia,
visto que a prática está relacionada a atitudes, princípios, estratégia,
monitoramento e avaliação.
O
alcance da autonomia e sua construção não se resumem em transferências de
responsabilidades e eleições de diretores, e sim, no desenvolvimento do
processo que requer inúmeros mecanismos. Não representa uma independência
completa, mas, ao contrário depende da interdependência de quatro importantes
dimensões de gestão escolar: a pedagógica, a financeira, a política e a
administrativa. Qualquer desequilíbrio entre as dimensões impede que se
construa uma autonomia de gestão escolar, haja vista que uma reforça a outra,
estando uma a serviço da outra. Vale a pena destacar que a autonomia escolar
caracteriza-se por um processo social de realização de dia-a-dia que expressa
mediante as iniciativas coletivas sobre como resolver os problemas que afetam a
escola, através de criatividade e ação. Conforme afirma Karling (1997): [...]
ela tem por princípio o atendimento da necessidade e orientação humana de
liberdade e de independência, que lhe garantem espaços e oportunidades para
iniciativa e a criatividade que são impulsionadoras do desenvolvimento
educacional.
Como
um processo social a autonomia está sujeita a controvérsias e conflitos que
emergem de diferentes situações que envolvem a escola, sendo necessário que os profissionais
da educação não percam o foco da construção que são os resultados positivos do
desenvolvimento do processo educacional. Portanto, a prática democrática e
participativa na construção da autonomia é uma caminhada de constante
aprendizado que se concretiza paulatinamente na medida em que se discernem as
situações problemas e seus desdobramentos de forma positiva.
A
escola autônoma, não significa escola isolada, e sim, em constante intercambio
com a sociedade e com o seu sistema de ensino, este por sua vez, pode até sofrer
mudanças eficazes no seu todo, se as escolas assumirem uma autonomia
educacional, pois é necessário que haja um processo educativo continuo que
envolva o sujeito na sua condição de conhecer, decidir e responsabilizar-se.
Dar à escola autonomia para sua gestão é
legitimar o poder de decisão no interior da escola, seja pedagógica,
administrativa ou financeira, influenciando as práticas, as políticas e as
direções organizacionais, exigindo participação coletiva para a construção
desse processo de autonomia, que nesse caso, será sempre interdependente.
Considerando
as percepções nas políticas educacionais autônomas da escola, surgem dúvidas e
apreensões quanto a falta de segurança técnica e nas dificuldades de
implementação decorrente do padrão de gestão centralizada de decisões. Porém o
Estado como parceiro da manutenção escolar avalia, supervisiona e participa no
gerenciamento da plena autonomia, visando dar-lhe poder e governabilidade às
instâncias educativas.
O
marco desta autonomia está em buscar a qualidade do ensino a partir de práticas
escolares de incentivo à autonomia e melhor solução para os problemas
existentes.
RELATÓRIO
Na analise do PPP com o
quadro de concepção de organização e gestão escolar identifica o democrático
participativo.
A escola tem como
princípio norteador a gestão democrática, por manter um trabalho pedagógico
realizado de forma coletiva, seguindo o foco do que se pretende, sem fugir da
realidade escolar, pois tem consciência de que na Escola é que acontecem as
grandes transformações. Assim, a escola empenha-se em decidir coletivamente, o
que se quer mudar dentro da escola e como mudar, para que todos sintam-se
comprometidos com as ações necessárias para a transformação social, através de
uma prática educativa que seja capaz de responder aos desafios de uma sociedade
em constantes mudanças.
A escola tem como grande
missão assegurar um ensino de qualidade, de inclusão, que garanta o acesso,
permanência e sucesso do aluno na escola, promovendo uma aprendizagem
significativa, que possa conduzir à construção do conhecimento de forma crítica
e participativa, capazes de aprender e ensinar, tornando-se sujeitos autônomos,
conscientes, democráticos, participativos, criativos e responsáveis, capazes de
interagir no meio social com responsabilidade e ética, na construção de nossa
história.
Após aplicar
questionários com a diretora ela relata que o PPP foi elaborado de forma
tranquila, pois todos concordam com a importância desse projeto onde a
secretaria orientou passo a passo.
A dificuldade encontrada
foi o comprometimento de todos e o beneficio é ter um direcionamento para todos
os trabalhadores, onde é acompanhado através dos planos de aula. A execução em
reuniões onde o PPP contempla todos os projetos da escola ajuda a garantir sua
realização de forma clara e com o envolvimento de todos da unidade escolar.
Após aplicar
questionários com a coordenadora ela relata que os funcionários estão cientes
da importância da elaboração do PPP, as orientações foram passadas pela
secretaria da educação em uma reunião geral com todos os gestores e
coordenadores pedagógicos para envolvimentos de ambas as partes e multiplicação
na escola para todos os funcionários.
As dificuldades foram os
números de etapas para elaboração, os benefícios é poder direcionar as metas a
serem alcançadas na escola visando à aprendizagem e o desenvolvimento intelectual,
emocional e físico do aluno.
O PPP é acompanhado
mensalmente por meio de planos dos professores, com a junção de todos numa
reunião pedindo informações do que precisa ser melhorado para depois elaboração
de metas a serem alcançadas, assim concluímos o PPP.
Após
aplicar questionários com a professora ela relata que promovem uma reunião com
todos para a elaboração do PPP onde levam propostas para melhora do ano letivo.
Na
sala de aula o projeto é de suma importância, pois é à base de seus planos de
aulas, suas metas e ações que favorecem e enriquecem o desenvolvimento da
aprendizagem descrita no PPP, pois está de acordo com nossa realidade escolar.
A
concepção adotada, a avaliação, assume dimensões abrangentes, não se reduz
apenas a atribuições de notas, sua conotação se amplia e se desloca, no sentido
de verificar em que medida os alunos estão alcançando os objetivos propostos
para o processo ensino-aprendizagem.
A entrevista realizada
foi de grande importância para nós como acadêmicas, pois nos auxiliou na compreensão
do que é o PPP, sua elaboração e execução no âmbito escolar. Sendo que a
preocupação da instituição é a educação pública de qualidade para todos,
garantindo assim a formação de cidadãos conscientes de seu papel, na
transformação desta sociedade injusta e desigual. Pois, como diria Paulo
Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a
sociedade muda.”
Vale
deixar claro que tendo como pressuposto teórico sócio-interacionista, isto
implica em uma abordagem pedagógica que valoriza a construção do conhecimento,
considerando aspectos afetivos, cognitivos e sociais do educando e do educador
a ele relacionado.
É bom ressaltar também
que desenvolveremos uma ação educativa voltada para complementação da educação
familiar e da comunidade, garantindo às crianças oportunidades de lidar, de
forma sistematizada e estruturante, com as informações do meio, criando
condições de construção de seu futuro.
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