terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

FUNDAMENTOS DA GESTÃO EM EDUCAÇÃO 2

FUNDAMENTOS DA GESTÃO EM EDUCAÇÃO

O EXERCÍCIO DA AUTONOMIA PELOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR------------------------------------------------------------------------------
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96) em seu artigo 12, inciso VI, a Gestão Democrática prevista estabelece uma nova perspectiva, um novo olhar de Planejamento Participativo, dando autonomia para as escolas definirem suas regras, envolvendo e comprometendo pais, alunos, professores e gestores para que todos possam participar de decisões coletivas, contribuindo assim para a melhoria de qualidade do ensino.
 A autonomia dos profissionais da educação deriva a princípio de um processo aberto de participação do coletivo de toda a escola para que se construa uma escola competente, na qual seus profissionais assumam as suas responsabilidades e que tenham sucesso em sua prática pedagógica. Contudo, para que essa autonomia aconteça é preciso que toda equipe funcional de uma escola entenda os vários desdobramentos de significados e conceitos relacionados a prática da autonomia, visto que a prática está relacionada a atitudes, princípios, estratégia, monitoramento e avaliação.
O alcance da autonomia e sua construção não se resumem em transferências de responsabilidades e eleições de diretores, e sim, no desenvolvimento do processo que requer inúmeros mecanismos. Não representa uma independência completa, mas, ao contrário depende da interdependência de quatro importantes dimensões de gestão escolar: a pedagógica, a financeira, a política e a administrativa. Qualquer desequilíbrio entre as dimensões impede que se construa uma autonomia de gestão escolar, haja vista que uma reforça a outra, estando uma a serviço da outra. Vale a pena destacar que a autonomia escolar caracteriza-se por um processo social de realização de dia-a-dia que expressa mediante as iniciativas coletivas sobre como resolver os problemas que afetam a escola, através de criatividade e ação. Conforme afirma Karling (1997): [...] ela tem por princípio o atendimento da necessidade e orientação humana de liberdade e de independência, que lhe garantem espaços e oportunidades para iniciativa e a criatividade que são impulsionadoras do desenvolvimento educacional.
Como um processo social a autonomia está sujeita a controvérsias e conflitos que emergem de diferentes situações que envolvem a escola, sendo necessário que os profissionais da educação não percam o foco da construção que são os resultados positivos do desenvolvimento do processo educacional. Portanto, a prática democrática e participativa na construção da autonomia é uma caminhada de constante aprendizado que se concretiza paulatinamente na medida em que se discernem as situações problemas e seus desdobramentos de forma positiva.
A escola autônoma, não significa escola isolada, e sim, em constante intercambio com a sociedade e com o seu sistema de ensino, este por sua vez, pode até sofrer mudanças eficazes no seu todo, se as escolas assumirem uma autonomia educacional, pois é necessário que haja um processo educativo continuo que envolva o sujeito na sua condição de conhecer, decidir e responsabilizar-se.
Dar à escola autonomia para sua gestão é legitimar o poder de decisão no interior da escola, seja pedagógica, administrativa ou financeira, influenciando as práticas, as políticas e as direções organizacionais, exigindo participação coletiva para a construção desse processo de autonomia, que nesse caso, será sempre interdependente.
Considerando as percepções nas políticas educacionais autônomas da escola, surgem dúvidas e apreensões quanto a falta de segurança técnica e nas dificuldades de implementação decorrente do padrão de gestão centralizada de decisões. Porém o Estado como parceiro da manutenção escolar avalia, supervisiona e participa no gerenciamento da plena autonomia, visando dar-lhe poder e governabilidade às instâncias educativas.
O marco desta autonomia está em buscar a qualidade do ensino a partir de práticas escolares de incentivo à autonomia e melhor solução para os problemas existentes.

RELATÓRIO

Na analise do PPP com o quadro de concepção de organização e gestão escolar identifica o democrático participativo.
A escola tem como princípio norteador a gestão democrática, por manter um trabalho pedagógico realizado de forma coletiva, seguindo o foco do que se pretende, sem fugir da realidade escolar, pois tem consciência de que na Escola é que acontecem as grandes transformações. Assim, a escola empenha-se em decidir coletivamente, o que se quer mudar dentro da escola e como mudar, para que todos sintam-se comprometidos com as ações necessárias para a transformação social, através de uma prática educativa que seja capaz de responder aos desafios de uma sociedade em constantes mudanças.
A escola tem como grande missão assegurar um ensino de qualidade, de inclusão, que garanta o acesso, permanência e sucesso do aluno na escola, promovendo uma aprendizagem significativa, que possa conduzir à construção do conhecimento de forma crítica e participativa, capazes de aprender e ensinar, tornando-se sujeitos autônomos, conscientes, democráticos, participativos, criativos e responsáveis, capazes de interagir no meio social com responsabilidade e ética, na construção de nossa história. 
Após aplicar questionários com a diretora ela relata que o PPP foi elaborado de forma tranquila, pois todos concordam com a importância desse projeto onde a secretaria orientou passo a passo.
A dificuldade encontrada foi o comprometimento de todos e o beneficio é ter um direcionamento para todos os trabalhadores, onde é acompanhado através dos planos de aula. A execução em reuniões onde o PPP contempla todos os projetos da escola ajuda a garantir sua realização de forma clara e com o envolvimento de todos da unidade escolar.
Após aplicar questionários com a coordenadora ela relata que os funcionários estão cientes da importância da elaboração do PPP, as orientações foram passadas pela secretaria da educação em uma reunião geral com todos os gestores e coordenadores pedagógicos para envolvimentos de ambas as partes e multiplicação na escola para todos os funcionários.
As dificuldades foram os números de etapas para elaboração, os benefícios é poder direcionar as metas a serem alcançadas na escola visando à aprendizagem e o desenvolvimento intelectual, emocional e físico do aluno.
O PPP é acompanhado mensalmente por meio de planos dos professores, com a junção de todos numa reunião pedindo informações do que precisa ser melhorado para depois elaboração de metas a serem alcançadas, assim concluímos o PPP.
Após aplicar questionários com a professora ela relata que promovem uma reunião com todos para a elaboração do PPP onde levam propostas para melhora do ano letivo.
 Na sala de aula o projeto é de suma importância, pois é à base de seus planos de aulas, suas metas e ações que favorecem e enriquecem o desenvolvimento da aprendizagem descrita no PPP, pois está de acordo com nossa realidade escolar.
A concepção adotada, a avaliação, assume dimensões abrangentes, não se reduz apenas a atribuições de notas, sua conotação se amplia e se desloca, no sentido de verificar em que medida os alunos estão alcançando os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem.
A entrevista realizada foi de grande importância para nós como acadêmicas, pois nos auxiliou na compreensão do que é o PPP, sua elaboração e execução no âmbito escolar. Sendo que a preocupação da instituição é a educação pública de qualidade para todos, garantindo assim a formação de cidadãos conscientes de seu papel, na transformação desta sociedade injusta e desigual. Pois, como diria Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.”
Vale deixar claro que tendo como pressuposto teórico sócio-interacionista, isto implica em uma abordagem pedagógica que valoriza a construção do conhecimento, considerando aspectos afetivos, cognitivos e sociais do educando e do educador a ele relacionado.
É bom ressaltar também que desenvolveremos uma ação educativa voltada para complementação da educação familiar e da comunidade, garantindo às crianças oportunidades de lidar, de forma sistematizada e estruturante, com as informações do meio, criando condições de construção de seu futuro.






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