terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

FUNDAMENTOS DA GESTÃO EM EDUCAÇÃO 3

FUNDAMENTOS DA GESTÃO EM EDUCAÇÃO

RESENHA

Pedagogia da Autonomia
Saberes Necessários à Prática Educativa          Paulo Freire
148 Páginas      Editora Paz e Terra 37ª Edição- 1996

O livro aborda sobre a prática educativa. O autor crítica o neoliberalismo, a ideologia fatalista, o conformismo e a globalização.
Paulo Freire defende que o docente tem que ter responsabilidade em relação a ministração de sua aula, onde o discente tem autonomia em busca de conhecimento e que o professor tem que estimula-lo nesta busca.
Defende que a História é fundamental na construção da autonomia, que deve ser norteada pelo “Pensar Certo”, isto é, uma reflexão crítica e prática em busca de uma ética universal.
O autor leva em conta o conhecimento prévio dos alunos em dialogo com o conteúdo a serem estudados e valorizados a qual levem os alunos à reflexão e crítica da realidade em que vivem.
O primeiro capítulo: Não há docência sem discência, o autor fala sobre a importância de uma reflexão na formação do docente e a prática educativa crítica ou progressista.
Que o professor deve estar aberto e consciente de seu papel em sala de aula. Que mostre ao aluno a importância da pesquisa pra seu desenvolvimento cognitivo e para a sua autonomia.
Condena o ensino bancário, onde o aluno é mero espectador e o professor depositário de conhecimento, mas que estimule o aluno a pesquisar. A pesquisa visa o conhecimento do desconhecido, e através dela o educador se educa e educa os outros.
O autor diz que o professor não deve temer mudanças, que o melhor método é aquele que atende as necessidades de seus alunos.
Que ensinar exige o reconhecimento da história do aluno, da identidade cultural, da rejeição a qualquer forma de discriminação, e do respeito à diversidade.
No segundo capítulo: Ensinar não é transferir conhecimento, Paulo Freire defende que o aluno precisa produzir e construir o conhecimento, que tudo pode ser questionado, pois não há conhecimento acabado, que o ser humano é um ser cultural, histórico, inacabado e consciente do inacabamento, pois somos seres condicionados, em busca do conhecimento ao longo do tempo, da história e da cultura.
O autor pede que o educador aguce a curiosidade dos educandos, afim de torna-los críticos, capazes de entender, analisar e levantarem dúvidas gerando novos conhecimentos estudados e que respeite o momento de aprendizagem dos alunos e a realidade em que vivem.
Acredita que o educador tem espirito otimista, são capazes de melhorar o mundo. Que podem mudar a forma de pensar de seus alunos, pois sendo eles os primeiros a mudarem, tornam-se exemplos para seus alunos.
O autor salienta que o professor precisa respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, tendo uma prática docente humana e formadora, por isso ética. Desse modo a reflexão sobre a prática pedagógica é necessária para que a relação teoria/prática seja significativa.
                        O autor cria uma esperança quanto ao clima no espaço pedagógico, em que professor e aluno, juntos, possam aprender, ensinar, inquietar-se, produzirem e juntos resistir aos obstáculos a suas alegrias.
No terceiro capítulo: Ensinar é uma Especificidade humana, o autor acredita que a relação do educador com a liberdade dos alunos é a segurança em si mesmo. Implica também na sua competência profissional, pois sem competência a autoridade do professor fica desqualificada.
Outra qualidade indispensável à autoridade em suas relações com a liberdade é a generosidade, cabendo ao professor escutar. Ao escutar, o professor dá voz ao seus alunos, implicando assim numa postura afetiva e dialógica, onde apolítica e a ética se fazem presentes.
O autor defende que como professor não é possível ajudar o educando a superar a sua ignorância se não ele próprio não superar as suas, aprendendo junto com o aluno no processo ensino-aprendizagem.
Defende que o professor deve aproximar-se cada vez mais com o que diz com o que faz e o que parece ser do que realmente está sendo, pois o professor é visto pelo educando, com isto deve revelar sua capacidade de analisar, comparar, avaliar, de fazer justiça, de não faltar à verdade, tem que ter um testemunho ético.
Minha conclusão é que a autonomia que Paulo freire expressa neste livro: pedagogia da Autonomia, é que os indivíduos são capazes de, através de práticas educativas, tomarem decisões por conta própria, onde essa autonomia deva ser praticada com responsabilidade, sendo capazes de conhecer o problema, considerarem os fatos e decidirem qual o melhor caminho a seguir, respeitando sempre o ponto de vista do outro, refletindo sempre antes de agir.
A melhor forma de desenvolver a autonomia é trabalhando com cooperação, afetividade e reciprocidade.

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