FUNDAMENTOS DA GESTÃO
EM EDUCAÇÃO
RESENHA
Pedagogia da Autonomia
Saberes Necessários à Prática Educativa Paulo Freire
148 Páginas
Editora Paz e Terra 37ª Edição- 1996
O
livro aborda sobre a prática educativa. O autor crítica o neoliberalismo, a ideologia
fatalista, o conformismo e a globalização.
Paulo
Freire defende que o docente tem que ter responsabilidade em relação a
ministração de sua aula, onde o discente tem autonomia em busca de conhecimento
e que o professor tem que estimula-lo nesta busca.
Defende
que a História é fundamental na construção da autonomia, que deve ser norteada
pelo “Pensar Certo”, isto é, uma reflexão crítica e prática em busca de uma
ética universal.
O
autor leva em conta o conhecimento prévio dos alunos em dialogo com o conteúdo
a serem estudados e valorizados a qual levem os alunos à reflexão e crítica da
realidade em que vivem.
O
primeiro capítulo: Não há docência sem discência, o autor fala sobre a
importância de uma reflexão na formação do docente e a prática educativa
crítica ou progressista.
Que
o professor deve estar aberto e consciente de seu papel em sala de aula. Que
mostre ao aluno a importância da pesquisa pra seu desenvolvimento cognitivo e
para a sua autonomia.
Condena
o ensino bancário, onde o aluno é mero espectador e o professor depositário de
conhecimento, mas que estimule o aluno a pesquisar. A pesquisa visa o
conhecimento do desconhecido, e através dela o educador se educa e educa os
outros.
O
autor diz que o professor não deve temer mudanças, que o melhor método é aquele
que atende as necessidades de seus alunos.
Que
ensinar exige o reconhecimento da história do aluno, da identidade cultural, da
rejeição a qualquer forma de discriminação, e do respeito à diversidade.
No
segundo capítulo: Ensinar não é transferir conhecimento, Paulo Freire defende
que o aluno precisa produzir e construir o conhecimento, que tudo pode ser
questionado, pois não há conhecimento acabado, que o ser humano é um ser
cultural, histórico, inacabado e consciente do inacabamento, pois somos seres
condicionados, em busca do conhecimento ao longo do tempo, da história e da
cultura.
O
autor pede que o educador aguce a curiosidade dos educandos, afim de torna-los
críticos, capazes de entender, analisar e levantarem dúvidas gerando novos
conhecimentos estudados e que respeite o momento de aprendizagem dos alunos e a
realidade em que vivem.
Acredita
que o educador tem espirito otimista, são capazes de melhorar o mundo. Que
podem mudar a forma de pensar de seus alunos, pois sendo eles os primeiros a
mudarem, tornam-se exemplos para seus alunos.
O
autor salienta que o professor precisa respeitar a dignidade do educando, sua
autonomia, sua identidade em processo, tendo uma prática docente humana e
formadora, por isso ética. Desse modo a reflexão sobre a prática pedagógica é
necessária para que a relação teoria/prática seja significativa.
O
autor cria uma esperança quanto ao clima no espaço pedagógico, em que professor
e aluno, juntos, possam aprender, ensinar, inquietar-se, produzirem e juntos
resistir aos obstáculos a suas alegrias.
No
terceiro capítulo: Ensinar é uma Especificidade humana, o autor acredita que a
relação do educador com a liberdade dos alunos é a segurança em si mesmo.
Implica também na sua competência profissional, pois sem competência a
autoridade do professor fica desqualificada.
Outra
qualidade indispensável à autoridade em suas relações com a liberdade é a
generosidade, cabendo ao professor escutar. Ao escutar, o professor dá voz ao
seus alunos, implicando assim numa postura afetiva e dialógica, onde apolítica
e a ética se fazem presentes.
O
autor defende que como professor não é possível ajudar o educando a superar a
sua ignorância se não ele próprio não superar as suas, aprendendo junto com o aluno
no processo ensino-aprendizagem.
Defende
que o professor deve aproximar-se cada vez mais com o que diz com o que faz e o
que parece ser do que realmente está sendo, pois o professor é visto pelo
educando, com isto deve revelar sua capacidade de analisar, comparar, avaliar,
de fazer justiça, de não faltar à verdade, tem que ter um testemunho ético.
Minha
conclusão é que a autonomia que Paulo freire expressa neste livro: pedagogia da
Autonomia, é que os indivíduos são capazes de, através de práticas educativas,
tomarem decisões por conta própria, onde essa autonomia deva ser praticada com
responsabilidade, sendo capazes de conhecer o problema, considerarem os fatos e
decidirem qual o melhor caminho a seguir, respeitando sempre o ponto de vista
do outro, refletindo sempre antes de agir.
A
melhor forma de desenvolver a autonomia é trabalhando com cooperação,
afetividade e reciprocidade.
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