sexta-feira, 17 de julho de 2015

EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL NA PEDAGOGIA SOCIAL - RESUMO





FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS



CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
PROFESSORA: ADRIANA DIAS RODRIGUES RIBEIRO
ALUNA: ELAINE CRISTINA MARIANO         
SÉRIE: 6º PERÍODO                   TURMA: B




ANÁPOLIS-GO
MARÇO/2015



Educação Não-Formal na Pedagogia Social

O presente trabalho fala sobre a Educação Não-Formas no âmbito da Pedagogia Social e para isto faz a distinção entre Educação Não-Formas, Formal e Informal, onde destaca que a Educação Não-Formal é um processo com várias dimensões:
  • Aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos;
  • Capacitação dos indivíduos para o trabalho;
  • Aprendizagem e exercícios de práticas;
  • Aprendizagem de conteúdos;
  • Educação desenvolvida na mídia e pela mídia;
A Educação Formal é aquela desenvolvida nas escolas, onde quem educa são os professores. São instituições regulamentadas por lei, certificadoras, organizadas segundo Diretrizes Nacionais.
Pressupõe ambientes normatizados, com regras e padrões comportamentais definidos previamente.
Destaca-se o ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados, normalizados por lei, destacando-se o de formar indivíduo como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências várias, a criatividade, percepção, motricidade, etc.
Requer tempo, local específico, pessoas especializado, organização de vários tipos, sistematização das atividades, disciplinamento, regulamentos e leis. Tem caráter  metódico, divide-se por idade/classe de conhecimento.
Espera-se, além da aprendizagem efetiva, há a certificação e titulação que capacitam os indivíduos a seguir para graus mais elevados.
Os métodos são planificados previamente, segundo conteúdos prescritos nas leis.
O ensino/aprendizagem são compostos por um leque grande de modalidades, temas e problemas.
A Educação Informal é aquela em que os indivíduos aprendem socializando. Os agentes educadores são toda a família, os amigos, vizinhos, colegas de escola, igreja, meios de comunicação de massa, etc.
Tem seus aspectos educativos demarcados por referências de nacionalidade, localidade, sexo, religião, etnia. Opera em ambiente espontâneo, onde as relações se desenvolvem segundo gostos, preferências ou pertencimentos herdados.
Socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no mundo da linguagem.
Não é organizada, os conhecimentos não são sistematizados, são repassados a partir das práticas e experiências anteriores, o passado oriente o presente.. Atua no campo das emoções e sentimentos.
Os resultados não são esperados, eles acontecem a partir do desenvolvimento do senso comum nos indivíduos, que orienta suas formas de pensar e agir.
O método é a vivência e a reprodução de conhecimento, da experiência segundo os modos e as formas como foram apreendidos e codificados.
A Educação Não-Formal ocorre em ambientes e situações interativos construídos coletivamente, segundo diretrizes de dados grupos, optativas ou por certas circunstâncias de vivência histórica de cada um, é aquela que aprende no processo de compartilhamento de experiência em espaços e ações coletivas do cotidiano, onde a educação se dá nas trajetórias de vida dos grupos e indivíduos fora das escolas, onde há processos interativos intencionais, por isso situa-se no campo da Pedagogia Social-Aquela que trabalha com coletivos e se preocupa com os processos de construção de aprendizagem e saberes coletivo.
Capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Abre janelas de conhecimento. Se constrói no processo interativo, onde um  modo de educar surge do processo dos interesses e das necessidades que dele participa.
Sua meta é a transmissão de informação e formação política e sócio cultural. Preparar os cidadãos, educar o ser humano para a civilidade, em oposição à barbárie, ao egoísmo, individualismo, etc.
Não é organizada por séries/idades/conteúdos. Atua sobre aspectos subjetivos do grupo, trabalha e forma a cultura política, desenvolve laços de pertencimento. Ajuda na construção da identidade coletiva e no desenvolvimento da autoestima do grupo, na solidariedade e interesses comuns e na construção da cidadania coletiva e pública do grupo.

Desenvolve a:
§Consciência e organização de como agir em grupos coletivos;
§  Construção e reconstrução de concepções de(sobre) o mundo;
§  Contribui para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;
§  Forma o indivíduo para a vida e suas adversidades;
§  Resgata o sentimento de valorização de si próprio, ou seja dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de autovalorização, de rejeição dos preconceitos, o desejo de lutarem para serem reconhecidos como iguais, dentro de suas diferenças raciais, étnicos, religiosos, culturais.
§  Adquirem conhecimento de sua própria prática, aprendem a ler e interpretar o mundo que os cerca.

Na Educação Não-Formal falta:
ü  Formação específica a educadores a partir da definição de seu papel e atividades a realizar;
ü  Definição de funções e objetivos de Educação Não-Formas;
ü  Sistematização dos métodos utilizados no trabalho cotidiano;
üConstrução de métodos de avaliação, análise e acompanhamento de trabalho realizado e indicadores para estudo e análise em campos não sistematizados e acompanhamento do trabalho de egressos que participaram de programas de Educação Não-Formal;
üMapeamento das formas de Educação Não-Formal na autoaprendizagem dos cidadãos(principalmente na área musical).

O processo de aprendizagem parte da cultura dos indivíduos e dos grupos.
O método nasce a partir de problematização da vida cotidiana, os conteúdos nascem a partir de temas como necessidades, carências, desafios, obstáculos, ou ações a serem realizadas. Não são dados a priori, são construídos no processo.
O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circunda as pessoas. Penetra-se no campo do simbolismo, das orientações e representações que conferem sentido e significado às ações humanas. Não se subordina às estruturas  burocráticas. É dinâmica, visa a formação integral dos indivíduos(caráter humanista).
O papel dos agentes mediadores no processo(educadores, assessores, facilitadores, monitores, referências, apoios), Indivíduos que trabalham com grupos organizado ou não, são fundamentais no ato de aprendizagem, pois carregam visões de mundo, projetos societários, ideologias, propostas, conhecimentos acumulados, etc.
Inúmeras inovações no campo democrático acontecem devido a sociedade civil, que alteram e constroem novas formas políticas de agir, como os fóruns, as assembleias populares. Em todos a Educação Não-Formal está presente como processo de aprendizagem de saberes.
Ao analisarmos a participação da comunidade educativa em uma escola, observa-se o poder no interior da escola, onde continua nas mãos da gestora, que o monopoliza.
A comunidade externa e os pais não dispõem de tempo, e nem avaliam a relevância de participarem das reuniões e também não entendem as questões do cotidiano das reuniões, onde participam os que já tem experiência participativa anterior. Essa participação prepara os indivíduos para atuarem como representantes da sociedade civil organizada.
Muitos funcionários das escolas são membros dos conselhos e dos colegiados escolares de modo passivo, onde participam para compor, dar número, contribuindo assim para não construir e mudar nada.
Embora os colegiados sejam um espaço  legítimo e de direito, uma conquista para o exercício da cidadania, previsto por lei, os projetos políticos não tem como lastro das suas ações os princípios de igualdade e da universalidade. Não constroem um conjunto de valores que venham a ser refletidos em suas práticas, onde temos uma inclusão excludente.    
Representam os interesses públicos, mas que na realidade defendem os interesses de grupos com a intenção de exercer o controle, com uma falsa participação e responsabiliza a comunidade nas ações em que o estado se omite.
Conclui-se que a Educação Não-Formal no campo da Pedagogia Social trabalha com coletivo e se preocupa com os processos de construção de aprendizagem e saberes coletivos.
Propomos a articulação dos processos de participação da sociedade civil com as escolas e a articulação da Educação Formal com a Educação Não-Formal para trazer mudanças significativas na educação e na sociedade como um todo. Com isso, a Pedagogia Social se legitimará como área fundamental no campo da produção de conhecimento.

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