terça-feira, 21 de julho de 2015

APRENDER HISTÓRIA POR MEIO DA LITERATURA

Aprender história por meio da Literatura

Cap.11 página 203

¢  Romances, contos, crônicas
¢  Ler pág. 204 e 205.
¢  O HOMEM DAS MULTIDÕES
¢  A percepção de mudanças e permanências nas mentalidades.
¢  Pág. 212

¢  A literatura, por contar sempre a história de alguém, é capaz de valorizar as ações humanas e a sua interferência no espaço, isto é, valoriza o papel do sujeito na construção da sociedade. Também através da trama é capaz de demonstrar os mecanismos de poder que funcionam no nível das pequenas ações cotidianas.
¢  O livro literário, por ser ficcional, permite que haja maior interação entre o aluno e a história, pois o bom livro (um clássico, por exemplo) não enuncia uma verdade pronta, acabada, imposta, ele instiga o leitor/estudante a buscar nele as respostas que procura.
¢  Segundo Ítalo Calvino (1993: 11) “um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha pra dizer. [...] são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.” Portanto, a leitura de uma obra ficcional torna a educação dinâmica e sempre nova, podendo ser discutida ora uma questão, ora outra, mas haverá sempre alguma dúvida, o que possibilita maior liberdade de pensamento e criação.
¢  Proporcionar aos estudantes a leitura de boas obras literárias, além de fazer com que o aluno desenvolva o gosto pela leitura, desenvolve sua constituição como ser humano, cujos valores e intenções dependem em muito das influências da juventude.

Três formas a serem utilizadas na escola:

¢  1) Utilizar a obra literária como “documento”, isto é, alunos e professores podem, a partir da leitura de uma obra ficcional, extrair informações do período em que a obra foi escrita.
¢  Os historiadores, após a “abertura das fontes” promovida pela Nova História, já perceberam que a literatura tem muito a oferecer como “documento”.
¢  Então, esta espécie de oficina na sala de aula permitiria que os alunos agissem como historiadores, investigando o passado através da literatura. Se o literato está criticando a sociedade em que vive ou contribuindo para a perpetuação dos valores da mesma, caberá a educandos e educadores descobrir.
¢  2) Utilizar obras literárias que trazem metáforas referentes à história. Existem livros que falam a respeito de um tema, porém, utilizam uma metáfora para produzir a reflexão sobre ele.
¢  A história pode ser inclusive de realismo fantástico, pois trabalha justamente com o recurso da metáfora.
¢  Podemos, por exemplo, traçar um paralelo entre o conto “A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada”, de Gabriel Garcia Márquez, e a exploração na época colonial e o posterior endividamento dos países da América Latina com os países que anteriormente foram seus colonizadores/exploradores.
¢  3) Utilizar obras ficcionais que são historicamente contextualizadas, os chamados romances históricos.
¢  São narrativas em que o autor escreve sobre um outro período histórico, proporcionando ao leitor ao mesmo tempo o conhecimento de aspectos daquele período e a reflexão sobre ele, podendo também possibilitar uma reflexão geral sobre a sociedade e as atitudes humanas.
¢  Em O Continente (Érico Veríssimo, 2001), que abrange cento e cinquenta anos da história (1745–1895), é traçada a origem da sociedade rio-grandense, marcada pelo controle de uma elite latifundiária e pela violência das guerras fronteiriças e das revoluções fratricidas.
¢  Em O Retrato, que se passa nas primeiras décadas do século XX, são mostradas a urbanização e a substituição dos velhos oligarcas por seus filhos ilustrados.
¢  Em O Arquipélago, há o fim de uma ideologia liberal e a decadência política dos estancieiros gaúchos.


Conclusão

¢  “Tudo o que não é vida é literatura”, disse o revisor ao historiador, na obra de José Saramago.
¢  HISTÓRIA E LITERATURA: QUESTÕES INTERDISCIPLINARES.


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