Aprender história por meio da Literatura
Cap.11 página 203
¢
Romances, contos,
crônicas
¢
Ler pág. 204 e 205.
¢
O HOMEM DAS MULTIDÕES
¢
A percepção de mudanças
e permanências nas mentalidades.
¢
Pág. 212
¢
A literatura, por contar
sempre a história de alguém, é capaz de valorizar as ações humanas e a sua
interferência no espaço, isto é, valoriza o papel do sujeito na construção da
sociedade. Também através da trama é capaz de demonstrar os mecanismos de poder
que funcionam no nível das pequenas ações cotidianas.
¢
O livro literário, por
ser ficcional, permite que haja maior interação entre o aluno e a história,
pois o bom livro (um clássico, por exemplo) não enuncia uma verdade pronta,
acabada, imposta, ele instiga o leitor/estudante a buscar nele as respostas que
procura.
¢
Segundo Ítalo Calvino
(1993: 11) “um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha
pra dizer. [...] são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer,
quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.”
Portanto, a leitura de uma obra ficcional torna a educação dinâmica e sempre
nova, podendo ser discutida ora uma questão, ora outra, mas haverá sempre
alguma dúvida, o que possibilita maior liberdade de pensamento e criação.
¢
Proporcionar aos
estudantes a leitura de boas obras literárias, além de fazer com que o aluno
desenvolva o gosto pela leitura, desenvolve sua constituição como ser humano,
cujos valores e intenções dependem em muito das influências da juventude.
Três formas a serem utilizadas na escola:
¢
1) Utilizar a obra
literária como “documento”, isto é, alunos e professores podem, a partir da
leitura de uma obra ficcional, extrair informações do período em que a obra foi
escrita.
¢
Os historiadores, após a
“abertura das fontes” promovida pela Nova História, já perceberam que a literatura
tem muito a oferecer como “documento”.
¢
Então, esta espécie de
oficina na sala de aula permitiria que os alunos agissem como historiadores,
investigando o passado através da literatura. Se o literato está criticando a
sociedade em que vive ou contribuindo para a perpetuação dos valores da mesma,
caberá a educandos e educadores descobrir.
¢
2) Utilizar obras
literárias que trazem metáforas referentes à história. Existem livros que falam
a respeito de um tema, porém, utilizam uma metáfora para produzir a reflexão
sobre ele.
¢
A história pode ser
inclusive de realismo fantástico, pois trabalha justamente com o recurso da
metáfora.
¢
Podemos, por exemplo,
traçar um paralelo entre o conto “A incrível e triste história de Cândida
Erêndira e sua avó desalmada”, de Gabriel Garcia Márquez, e a exploração na
época colonial e o posterior endividamento dos países da América Latina com os
países que anteriormente foram seus colonizadores/exploradores.
¢
3) Utilizar obras
ficcionais que são historicamente contextualizadas, os chamados romances
históricos.
¢
São narrativas em que o
autor escreve sobre um outro período histórico, proporcionando ao leitor ao
mesmo tempo o conhecimento de aspectos daquele período e a reflexão sobre ele,
podendo também possibilitar uma reflexão geral sobre a sociedade e as atitudes
humanas.
¢
Em O Continente
(Érico Veríssimo, 2001), que abrange cento e cinquenta anos da história
(1745–1895), é traçada a origem da sociedade rio-grandense, marcada pelo
controle de uma elite latifundiária e pela violência das guerras fronteiriças e
das revoluções fratricidas.
¢ Em O Retrato, que se passa nas primeiras décadas do século XX,
são mostradas a urbanização e a substituição dos velhos oligarcas por seus
filhos ilustrados.
¢
Em O Arquipélago, há o fim de uma ideologia liberal e a decadência política dos
estancieiros gaúchos.
Conclusão
¢
“Tudo o que não é vida é
literatura”, disse o revisor ao historiador, na obra de José Saramago.
¢
HISTÓRIA E LITERATURA:
QUESTÕES INTERDISCIPLINARES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário