Soquete
( Socket)
Os soquetes são entradas que as placas-mãe possuem
para instalação dos processadores. Existem diversos tipos, cada um deles é
específico para cada fabricante ou modelo da unidade de processamento que será
instalada.
O
socket é o arranjo de conexões na parte inferior do chip, o qual permite a
instalação do componente em um determinado encaixe (com ligações semelhantes)
na placa-mãe. A Intel trabalha com três tipos de socket: LGA, BGA e PGA.
O
LGA (Land Grid Array) é um dos padrões de produtos disponíveis para o
consumidor. CPUs com esse tipo de socket podem ser instaladas manualmente,
sendo possível trocar de chip com facilidade. O número que acompanha o a sigla
LGA é referente à quantidade de pinos na placa-mãe e aos buraquinhos presentes
na parte inferior do processador.
O
BGA é um padrão que geralmente não é disponibilizado para o usuário. Esse tipo
de conexão é utilizado em processadores que serão usados por empresas
montadoras de computadores (caso da HP, Samsung e outras). Basicamente, CPUs
com essa característica são soldadas à placa-mãe, o que inviabiliza o comércio
dos componentes.
O
PGA é o padrão inverso do LGA. A Intel não utiliza muito esse tipo de conexão,
mas alguns processadores comercializados atualmente — alguns modelos para
notebooks — ainda contam com esse socket. Aqui, os pinos estão presentes no
processador, e as conexões (buracos) na placa-mãe.
Núcleos e Threads
Uma
das informações que pode diferenciar o desempenho de um componente para o de
outro é a quantidade de núcleos. Considerando as arquiteturas dos atuais
softwares, dois núcleos já não oferecem os mesmos resultados de alguns anos
atrás. É justamente por isso que os chips mais robustos são do tipo quad-core —
alguns modelos trazem até seis núcleos.
Todavia,
as CPUs da Intel contam com outro fator que pode ajudar no processamento de
tarefas simultâneas. Sim, estamos falando dos threads. Essa característica garante
ao chip recursos avançados para dividir um processo em diversas partes e
garantir mais agilidade e opções avançadas em algumas situações.
A
regra é simples: quanto mais threads, melhor o desempenho. Isso quer dizer que,
ao comparar dois processadores com os mesmos recursos (núcleos, frequência,
tecnologia turbo, memória cache e GPU), mas com um número de threads
diferentes, o chip com maior quantidade de threads será o mais robusto e
possivelmente garantirá resultados melhores.
Vale
salientar, contudo, que esta regra não pode ser levada na ponta do lápis.
Existe um negócio chamado arquitetura. Cada nova geração de processadores traz
uma nova arquitetura, a qual pode fazer toda a diferença na utilização dos
recursos — inclusive no aproveitamento de multithreading.
Frequência e Turbo
Se
você tem algumas noções básicas de informática, é bem possível que saiba que
uma CPU trabalha em ciclos. Essa quantidade de atividades realizada em
repetição é chamada de frequência. Basicamente, quanto maior a frequência, mais
cálculos são realizados em um segundo e, consequentemente, mais tarefas são
realizadas no menor tempo possível.
Apesar
de frequências elevadas ajudarem na realização das atividades, isso não quer
dizer que um chip rodando a 20 GHz vá fazer grande diferença. Basicamente, a
maioria dos processadores opera com clocks (termo inglês para frequência) entre
2 e 4 GHz. Normalmente, esse valor é suficiente para a maioria das atividades.
É
importante notar, contudo, que nem todos os softwares se comportam de maneira
igual. Em algumas situações, um pouco de potência adicional pode ser
necessária. É nessa hora que entra a tecnologia “Turbo Boost”. Quando todos os
recursos da CPU já estão em uso, esse recurso realiza um overclock automático e
garante um desempenho extra.
O
valor especificado em “Máx Clock” é o limite da frequência de operação do
processador. É importante salientar que essa tecnologia não funciona de forma
igual para todos os chips. Esse clock turbinado geralmente é ajustado em apenas
um ou dois núcleos, pois poucos programas requisitam tamanha capacidade dos
quatro núcleos.
Detalhe:
o Turbo Boost também dá uma melhorada em quatro núcleos em casos extremos.
Sobre o TDP
O TDP (Energia Térmica de Projeto) indica a
quantidade máxima de energia liberada pela CPU. Tal valor também revela
qual deve ser a capacidade de dissipação do sistema de refrigeração. Vale ficar
ligado para não confundir o TDP com o consumo de energia do chip.
Quanto à memória
Os atuais
processadores Intel contam com três níveis de memória cache. O nível L1 é
divido em duas partes: instruções e dados. Cada parte é dividida em dois, algo
que propicia melhores resultados para as atuais arquiteturas da fabricante. Em
nossa tabela, somamos os valores, por isso você vê 128 KB (instruções) + 128 KB
(dados), mas o certo seria 64 KB x 2 + 64 KB x 2.
O
nível de cache L2 é composto por módulos que são utilizados de forma separada
por cada núcleo. É por isso que um processador de 2 núcleos conta com 2 x 256
KB de cache L2, da mesma forma que um chip de 4 núcleos utiliza 4 x 256 KB.
A
memória Smart Cache da Intel é o nível L3. Esse módulo é dividido entre todos
os núcleos e armazena dados que podem ser úteis a todos os cores. Como você
deve imaginar, quanto maior o cache L3, maior será o desempenho do processador.
Antes de comprar um novo processador, o usuário
deve verificar qual é o soquete existente em sua placa-mãe. Afinal, comprar um
modelo incompatível com a sua placa mãe pode não só causar transtornos como
também dar defeito no equipamento.
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