Tecnologias
de memórias
Várias tecnologias de memórias
foram (e são) criadas com o passar do tempo. É graças a isso que,
periodicamente, encontramos memórias mais rápidas, com maior capacidade e até
memórias que exigem cada vez menos energia. Eis uma breve descrição dos
principais tipos de memória RAM:
- FPM (Fast-Page
Mode): uma das primeiras tecnologias de memória RAM. Com o FPM, a primeira
leitura da memória tem um tempo de acesso maior que as leituras seguintes. Isso
porque são feitos, na verdade, quatro operações de leitura seguidas, ao invés
de apenas uma, em um esquema do tipo x-y-y-y, por exemplo: 3-2-2-2 ou 6-3-3-3.
A primeira leitura acaba sendo mais demorada, mas as três seguintes são mais
rápidas. Isso porque o controlador de memória trabalha apenas uma vez com o
endereço de uma linha (RAS) e, em seguida, trabalha com uma sequência de quatro
colunas (CAS), ao invés de trabalhar com um sinal de RAS e um de CAS para cada
bit. Memórias FPM utilizavam módulos SIMM, tanto de 30 quanto de 72 vias;
- EDO (Extended
Data Output): a sucessora da tecnologia FPM é a EDO, que possui como
destaque a capacidade de permitir que um endereço da memória seja acessado ao
mesmo tempo em que uma solicitação anterior ainda está em andamento. Esse tipo
foi aplicado principalmente em módulos SIMM, mas também chegou a ser encontrado
em módulos DIMM de 168 vias. Houve também uma tecnologia semelhante,
chamada BEDO (Burst EDO), que trabalhava
mais rapidamente por ter tempo de acesso menor, mas quase não foi utilizada,
pois tinha custo maior por ser de propriedade da empresa Micron. Além disso,
foi "ofuscada" pela chegada da tecnologia SDRAM;
Módulo de memória EDO
- SDRAM (Synchronous
Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e EDO são assíncronas, o
que significa que não trabalham de forma sincronizada com o processador. O
problema é que, com processadores cada vez mais rápidos, isso começou a se
tornar um problema, pois muitas vezes o processador tinha que esperar demais
para ter acesso aos dados da memória. As memórias SDRAM, por sua vez, trabalham
de forma sincronizada com o processador, evitando os problemas de atraso. A
partir dessa tecnologia, passou-se a considerar a frequência com a qual a
memória trabalha para medida de velocidade. Surgiam então as memórias SDR
SDRAM (Single Data Rate SDRAM), que podiam trabalhar com
66 MHz, 100 MHz e 133 MHz (também chamadas de PC66, PC100 e PC133,
respectivamente). Muitas pessoas se referem a essa memória apenas como
"memórias SDRAM" ou, ainda, como "memórias DIMM", por causa
de seu módulo. No entanto, a denominação SDR é a mais adequada;
Módulo
de memória SDR SDRAM -
Observe que neste tipo há duas divisões entre os terminais de contato
Observe que neste tipo há duas divisões entre os terminais de contato
- DDR SDRAM (Double
Data Rate SDRAM): as memórias DDR apresentam evolução significativa em relação
ao padrão SDR, isso porque elas são capazes de lidar com o dobro de dados em
cada ciclo de clock (memórias SDR trabalham apenas com uma operação por ciclo).
Assim, uma memória DDR que trabalha à frequência de 100 MHz, por exemplo, acaba
dobrando seu desempenho, como se trabalhasse à taxa de 200 MHz. Visualmente, é
possível identificá-las facilmente em relação aos módulos SDR, porque este
último contém duas divisões na parte inferior, onde estão seus contatos,
enquanto que as memórias DDR2 possuem apenas uma divisão.
- DDR2 SDRAM: como o nome indica, as memórias DDR2 são uma evolução das
memórias DDR. Sua principal característica é a capacidade de trabalhar com
quatro operações por ciclo de clock, portanto, o dobro do padrão anterior. Os
módulos DDR2 também contam com apenas uma divisão em sua parte inferior, no
entanto, essa abertura é um pouco mais deslocada para o lado.
m emória
DDR2 acima e DDR abaixo -
Note que a posição da divisão entre os terminais de contato é diferente
- DDR3 SDRAM: as memórias DDR3 são, obviamente, uma evolução das
memórias DDR2. Novamente, aqui dobra-se a quantidade de operações por ciclo de
clock, desta vez, de oito. Uma novidade aqui é a possibilidade de uso de Triple-Channel.
- Rambus (Rambus
DRAM): as memórias Rambus recebem esse nome por serem uma criação da
empresa Rambus Inc. e chegaram ao mercado com o apoio da Intel. Elas são
diferentes do padrão SDRAM, pois trabalham apenas com 16 bits por vez. Em
compensação, memórias Rambus trabalham com frequência de 400 MHz e com duas
operações por ciclo de clock. Tinham como desvantagens, no entanto, taxas de
latência muito altas, aquecimento elevado e maior custo. Memórias Rambus nunca
tiveram grande aceitação no mercado, mas também não foram um total fiasco:
foram utilizadas, por exemplo, no console de jogos Nintendo 64. Curiosamente,
as memórias Rambus trabalham em pares com "módulos vazios" ou
"pentes cegos". Isso significa que, para cada módulo Rambus
instalado, um "módulo vazio" tem que ser instalado em outro slot.
Essa tecnologia acabou perdendo espaço para as memórias DDR.
Finalizando
Com o passar do tempo, a evolução
das tecnologias de memórias não somente as torna mais rápidas, mas também faz
com que passem a contar com maior capacidade de armazenamento de dados.
Memórias ROM do tipo Flash, por exemplo, podem armazenar vários gigabytes. No
que se refere às memórias RAM, o mesmo ocorre.
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