FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
EDUCAÇÃO
CURSO:
PEDAGOGIA
SÉRIE:
7º PERÍODO B NOTURNO
PROFESSORA:
NÁDIA MARIA FARIAS VAZ
ALUNA:
ELAINE
CRISTINA MARIANO
ANÁPOLIS-GO
2015
O Arcabouço da Política Educacional Brasileira
Com a posse de Fernando Henrique Cardoso, em
1995, iniciou-se a Política Educacional, seguindo a cartilha de organismos
internacionais, como o Banco Mundial, alterando a LDB em seu curso democrático
para incluírem diretrizes impostas por agentes externos.
Reforma Educacional teve
amplas ações, porém sem o aumento de recursos financeiros.
A centralização dos recursos em nível
federal, no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério(Fundef), possibilitou melhoria nas áreas mais pobres,
perdendo padrão educacional em centros maiores.
O presidente apresentou o programa Acorda Brasil:
Está na Hora da Escola-Distribuição de verbas diretamente para as escolas; melhoria da qualidade dos livros didáticos;
formação de professores por meio da educação a distância; reforma curricular;
avaliação das escolas.
Analistas e pesquisadores educacionais
enfrentaram dificuldades para acompanhar
todas as ações, acontecendo em ritmo acelerado.
A ampla e exagerada divulgação de ações gerou
convicção de que a educação estava mudando, porém resultados negativos do
Sistema de Avaliação Nacional do Ensino Fundamental (Saeb) Minou o otimismo:
Falta de vagas para milhares de crianças, não melhoria dos salários levou os professores à síndrome
da desistência. Tudo isso com a crise econômica e o medo do desemprego
favoreceu a reeleição do presidente, fazendo com a política educacional tivesse
continuidade até 2002.
Nesse ano foi eleito Luiz Inácio Lula da
Silva, Fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), propõe Uma Escola do Tamanho
do Brasil, perspectiva de que a educação
será como prioridade e na transformação da realidade econômica e social do povo
brasileiro.
Organização Administrativa, Pedagógica e Curricular do Sistema de Ensino
Artigos 17, 18 e 19 da LDB/96, a educação
escolar no Brasil está organizada em três esferas administrativas: União,
Estados e Distrito Federal, e municípios. Cada um abriga um sistema de Ensino:
A União, o sistema federal de ensino, com as instituições de ensino médio
técnico e de nível superior (públicas e privadas); estados e Distrito Federal
abrigam o sistema estadual de ensino, com instituições de todos os níveis
(públicas e privadas; os municípios, o sistema municipal de ensino, com
instituições de educação infantil, incluindo as creches, e de ensino
fundamental).
De 1961 a 1996, a organização e a estrutura
da educação no Brasil foram regidas pela Lei 4.024/61, (primeira LDB), Lei
5.540/68(reforma do ensino superior), Lei 5.692/71(reforma de ensino do
primeiro e segundo grau). Lei 7.044/82, alterou artigos da Lei 5. 692/71(ensino
profissional do segundo grau).
A Constituição Federal de 1988 alterou o
existente como a terminologia dos ensinos de primeiro e de segundo graus de
fundamental e médio e a noção de sistemas e sua abrangência nas diferentes
esferas administrativas.
Decorrida mais de uma década pouco ou quase
nada mudou, a previsão de eliminar o analfabetismo e de universalizar o ensino
fundamental não foi cumprida.
A LDB de 1996, apesar de ficarem oito anos em
tramitação não trouxe mudanças, o sistema nacional de educação foi substituído
pela organização da educação nacional.
O atual Conselho Nacional de Educação foi
criado por medida provisória. Seu caráter deliberativo e sua representatividade
foram eliminados. O CNE tornou-se um órgão do governo, e não do Estado.
A não existência de um sistema nacional de
educação resulta de um jogo político de forças desiguais no Congresso Nacional
e as dificuldades de organizar os diferentes sistemas, principalmente os
municipais, devem-se também ao caráter impositivo de muitos sistemas estaduais
sobre os municípios.
Art. 211 da CF de 1988, reformulada pela
Emenda Constitucional 14, aprovada e promulgada em 12 de Setembro de 1996, o
sistema federal de ensino compõe-se das seguintes instituições mantidas pela
União:
Universidades federais; instituições isoladas
de ensino superior; centros federais de educação tecnológica (Cefets);
estabelecimento de ensino médio; escolas técnicas federais e agrotécnicas;
escolas de ensino fundamental e médio vinculadas às universidades (colégios de
aplicação); colégio Pedro II; instituições de educação especial, supervisiona e
inspeciona, por meio do MEC, diversas instituições superiores particulares. O
MEC é o órgão líder e executor do sistema federal de educação.
A Constituição Federal de 1988, art.24,
atribui à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre a educação,
cultura, ensino e desporto, excluindo dessa atribuição os municípios. Compete
às três esferas administrativas, União, estados e municípios, proporcionar os
meios de acesso á cultura, á educação e à ciência.
O sistema estadual de ensino mantem unidades
do pré-escolar, do ensino fundamental, do médio e do superior, disciplinar a
educação particular, fundamental e média em suas específicas unidades
federativas, exerce controle sobre o ensino supletivo e cursos livres que
ocorrem fora do âmbito da escola., exerce funções normativas, deliberativas,
consultivas e fiscalizadoras nas redes oficial e particular.
A Constituição Federal de
1988 prescreve que os municípios devem manter, com a cooperação técnica e financeira da União e dos estados,
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamenta (art.30, VI). A educação
das crianças até 6 anos, dever do Estado e responsabilidade do município, devem
administrar seus sistemas de ensino, podendo definir normas e procedimentos
pedagógicos que melhor se adaptem a suas peculiaridades.
As Áreas de Atuação da Organização e da Gestão Escolar para Melhor
Aprendizagem dos Alunos
Seis áreas de atuação da
organização e da gestão da escola:
Planejamento e o projeto
pedagógico-curricular; organização e o desenvolvimento do ensino; práticas de gestão
técnico-administrativa e pedagógico-curriculares; desenvolvimento profissional;
avaliação institucional e da aprendizagem.
O projeto pedagógico-curricular é um
documento que reflete as intenções, os objetivos, as aspirações e os ideais da
equipe escolar, tendo em vista um processo de escolarização que atenda a todos
os alunos.
Formulação do projeto pedagógico-curricular:
Contextualização e caracterização da escola;
concepção de educação e de práticas escolares; diagnóstico da situação atual;
objetivos gerais; estrutura de organização e gestão; proposta curricular;
proposta de formação continuada de professores; proposta de trabalho com pais,
com a comunidade e com outras escolas de uma mesma área geográfica; formas de
avaliação do projeto.
Currículo é a concretização, a viabilização
das intenções expressas no projeto pedagógico.
Currículo formal ou oficial: Estabelecido
pelos sistemas de ensino, expresso em diretrizes curriculares, nos objetivos e
nos conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo: Parâmetros Curriculares
Nacionais...
Currículo real: Acontece na sala de aula, em
decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
Currículo oculto: Influencias que afetam a
aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores e provenientes da
experiência cultural, dos valores e dos significados trazidos de seu meio
social de origem e vivenciados no ambiente escolar.
A distinção entre esses vários níveis de
currículo serve para mostrar que aquilo que os alunos aprendem na escola ou
deixam de aprender depende de muitos fatores, e não apenas das disciplinas
previstas na grade curricular.
Cultura organizacional:
Linguagem dos professores, atitudes que tomam com relação às diferenças
individuais dos alunos, modo como se relacionam entre si, atitudes nas
brincadeiras e nos jogos, higiene e limpeza nas dependências da escola... Portanto,
a construção e elaboração da proposta curricular implicam a compreensão de que o currículo é o
conjunto dos vários tipos de aprendizagem: Processo de escolarização, valores,
comportamentos, atitudes adquiridas nas vivências cotidianas na comunidade,
interação entre professores, alunos, funcionários, atividades concretas que
acontecem na escola.
Alguns princípios devem ser considerados
ao planejar o currículo da escola utilizando-se do currículo oficial tais como:
o currículo precisa ser democrático; o currículo escolar representa o
cruzamento de culturas, o que significa propiciar conhecimentos e experiências
diversificadas integrando a variedade de culturas que vai além da escola; interculturalidade
: valorização da diversidade cultural e diferenças de origens sociais dos
alunos. O currículo intercultural acolhe a diversidade e experiência particular
dos grupos de aluno e propicia um espaço de diálogo e comunicação entre grupos
sociais diversos; construção de um
projeto civilizatório; currículo tem que ver a organização espacial da cidade:
produção, circulação, moradia; um bom currículo ajuda a fortalecer a identidade
pessoal, promove competências distintas; enriquecer o currículo pela
interdisciplinaridade e coordenação de disciplinas.
Para um bom funcionamento da
escola é preciso investir em condições que favoreçam um bom ensino. O êxito da
escola depende também da qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens.
Atualmente, a metodologia de
ensino está assentada nas seguintes referencias básicas: Ligação entre a
cultura elaborada e a cultura experienciada do aluno; uma pedagogia do pensar,
que promova o aprender a pensar e o aprender a aprender; uma pedagogia
diferenciada; ensino e prática de valores e de atitudes na escola e na sala de
aula.
As crianças não aprendem
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores apenas na sala de aula; aprendem
também no cotidiano com a família, os colegas, no ambiente escolar.
As práticas de gestão dizem
respeito a ações de natureza técnico-administrativa como: a legislação escolar
e as normas administrativas; os recursos físicos, materiais, didáticos e
financeiros; a direção e a administração, incluindo as rotinas administrativas;
a secretaria escolar.
As práticas de gestão dizem
respeito também as ações de natureza
pedagógico-curricular tais como: do projeto pedagógico curricular, do
currículo, do ensino, do desenvolvimento profissional e da avaliação cuja
responsabilidade direta pertence à direção e à coordenação pedagógica.
O desenvolvimento
profissional refere-se ao aprimoramento profissional do docente e está muito ligada
à cultura organizacional. A escola como organização e contexto da ação dos
professores pode ajudar em sua vida pessoal e profissional. Os professores
aprendem com a escola e a escola aprende com seus professores.
A gestão, o projeto
político-pedagógico, a organização e articulação do currículo e o investimento
no desenvolvimento profissional dos professores interfere no seu
desenvolvimento profissional.
A avaliação institucional e
da aprendizagem é requisito para a melhoria das condições que afetam diretamente
a qualidade de ensino.
Uma proposta pedagógica
progressista pode assumir a avaliação dos estabelecimentos escolares, a
descentralização das escolas para identificação de necessidades locais, a
ênfase no desenvolvimento de capacidades básicas de aprendizagem.
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