terça-feira, 23 de dezembro de 2014
CONCEPÇÕES DA EJA
DIFERENTES CONCEPÇÕES DA EJA NA FORMAÇÃO E NAS PRÁTICAS DE SEUS SUJEITOS
O principal objetivo do presente trabalho é estimular reflexões sobre a existência de diferentes concepções de Educação de Jovens e Adultos coexistindo em suas propostas institucionais de escolarização, conseqüentemente, disputando posições nesse campo.
Os processos educativos escolares são efetuados nos estreitos limites da preparação da “mão-de-obra”, para suprir as necessidades do capital, distanciando-se das perspectivas que possibilitariam uma educação omnilateral (SAVIANI, 2007). Percebemos a permanência de vínculos relativos à teoria do capital humano, todavia, não mais em sintonia com o modelo de regulação fordista de acumulação de capital, que acenava com as teses do pleno emprego. Encontramos a teoria do capital humano reconfigurada e adaptada ao modelo atual de acumulação de capital, no qual o desemprego constitui um elemento estrutural do sistema capital e as desigualdades socioeconômicas entre indivíduos e nações são estruturais e estruturantes. Assim, efetua-se uma continuidade à tradição do pensamento liberal-conservador que estabelece unicamente o indivíduo como o âmago de todas as possibilidades do êxito ou do fracasso social, ocultando-se as implicações sociais presentes na constituição do próprio indivíduo. EJA, desafios da construção coletiva Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (FREIRE, 2006, p.58 e 78) Nas concepções descritas até aqui, a EJA dificilmente ultrapassa os limites de práticas caracterizadas pela negação das diversidades e de validação das desigualdades. Nessas limitadas perspectivas, a EJA constitui-se como forte obstáculo para a apropriação dos conhecimentos socialmente produzidos pelo trabalho humano, quando se restringe aos processos de certificação burocratizados, ou de apropriação mais equânime das riquezas materiais socialmente produzidas, quando oculta a dimensão política das suas práticas pedagógicas.
Autor: Luís Fernando Monteiro Mileto
O principal objetivo do presente trabalho é estimular reflexões sobre a existência de diferentes concepções de Educação de Jovens e Adultos coexistindo em suas propostas institucionais de escolarização, conseqüentemente, disputando posições nesse campo.
Os processos educativos escolares são efetuados nos estreitos limites da preparação da “mão-de-obra”, para suprir as necessidades do capital, distanciando-se das perspectivas que possibilitariam uma educação omnilateral (SAVIANI, 2007). Percebemos a permanência de vínculos relativos à teoria do capital humano, todavia, não mais em sintonia com o modelo de regulação fordista de acumulação de capital, que acenava com as teses do pleno emprego. Encontramos a teoria do capital humano reconfigurada e adaptada ao modelo atual de acumulação de capital, no qual o desemprego constitui um elemento estrutural do sistema capital e as desigualdades socioeconômicas entre indivíduos e nações são estruturais e estruturantes. Assim, efetua-se uma continuidade à tradição do pensamento liberal-conservador que estabelece unicamente o indivíduo como o âmago de todas as possibilidades do êxito ou do fracasso social, ocultando-se as implicações sociais presentes na constituição do próprio indivíduo. EJA, desafios da construção coletiva Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (FREIRE, 2006, p.58 e 78) Nas concepções descritas até aqui, a EJA dificilmente ultrapassa os limites de práticas caracterizadas pela negação das diversidades e de validação das desigualdades. Nessas limitadas perspectivas, a EJA constitui-se como forte obstáculo para a apropriação dos conhecimentos socialmente produzidos pelo trabalho humano, quando se restringe aos processos de certificação burocratizados, ou de apropriação mais equânime das riquezas materiais socialmente produzidas, quando oculta a dimensão política das suas práticas pedagógicas.
GADOTTI, Moacir. Escola Pública Popular: Educação popular e políticas públicas no Brasil, 1994.
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