quarta-feira, 22 de junho de 2016

FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE CIÊNCIAS1



Aulas práticas e a possibilidade de enculturação científica


PLT – Cap.4

Maio/2015


Reflexões Iniciais:
Como trabalhar com aulas práticas no ensino de Ciências?
Como aproximar o aluno da cultura científica?

Existem experimentos que dão “certo” ou dão “errado”? 




Aulas Práticas = Investigação científica
Atividades experimentais na perspectiva construtivista são organizadas levando em consideração o conhecimento prévio dos alunos. Adotar esta postura construtivista significa aceitar que nenhum conhecimento é assimilado do nada, mas deve ser construído ou reconstruído pela estrutura de conceitos já existentes. Deste modo, a discussão e o diálogo assumem um papel importante e as atividades experimentais combinam, intensamente, ação e reflexão.


Funções das Aulas Práticas em Ciências:
 Ler PLT pg. 71 e 72.
Fatores Limitantes: ausência de laboratório, tempo para preparação, equipamentos, verbas, formação.
Classificação das aulas Práticas: Ler PLT pg. 72 e 73 – Demonstração, Experimentos Ilustrativos, Descritivos e Investigativos (VIDE Exemplos – PLT pg 83 a 89)
•Qual usar????
•Experimentos – Antes ou Depois de Aulas teóricas?
•Aulas práticas ainda são de caráter superficial, mecânico e repetitivo em detrimento aos aprendizados teórico-práticos que se mostrem dinâmico, processuais e significativos.


LEITURA: As aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos. Além disso, as aulas práticas servem de estratégia e podem auxiliar o professor a retomar um assunto já abordado, construindo com seus alunos uma nova visão sobre um mesmo tema. Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar, consequentemente, discussões durante as aulas fazendo com que os alunos, além de exporem suas ideias, aprendam a respeitar as opiniões de seus colegas de sala.

LEITURA: As aulas práticas de Ciências proporcionam grandes espaços para que o aluno seja atuante, construtor do próprio conhecimento (autonomia), descobrindo que a ciência é mais do que mero aprendizado de fatos. Através de aulas práticas o aluno aprende a interagir com as suas próprias dúvidas, chegando a conclusões, à aplicação dos conhecimentos por ele obtidos, tornando-se agente do seu aprendizado. As aulas práticas de Ciências podem ser feitas através de trabalhos em campos, laboratórios, computadores, museus, zoológicos, jardins botânicos, filmes, jogos e etc.

VÍDEO: Ensino de Ciências – Métodos e Técnicas



•A investigação científica deve envolver reflexão, relatos, discussões, ponderações e explicações: o processo (“durante”) é tão importantes quanto o produto. Enculturação Científica:
•Identificar questões científicas;
•Explicar o funcionamento aplicando o conhecimento científico;
•Utilizar evidências científicas para elaborar e justificar suas conclusões.
Ciência = Forma de Cultura: construção social que possui práticas específicas, sustentadas pelo compartilhamento de regras e linguagem próprias. 

 Aluno => Aulas práticas => nova forma de explicar o mundo utilizando linguagem própria.
•O simples contato do aluno com aulas práticas não garante a enculturação científica: é necessária uma ciência problematizadora e investigativa.
Passos:
Problema
Reflexão
Discussão
Busca de explicações
Testagem
Explicar
Relatar

Professor – Mediação e orientação da aprendizagem dos alunos
    Senso comum => Conhecimento científico

Na experimentação também é importante: Falar, Observar e Escrever (Relatório) em linguagem científica: Treino para a Argumentação – Ponto chave na Ciência.
Dados
Argumentação
Registros científicos: textos ou desenhos
Legitimidade

Saber científico: voltado para a busca da melhoria de vida neste planeta. Em outras palavras este ensino deve servir para a formação da consciência crítica do cidadão, revertendo (seus conhecimentos científicos) em ações voltadas à melhoria de vida da sua comunidade.



Resumo da Construção do Saber Científico mediante aulas práticas:
Observação: todos os sentidos atuando visando à coleta de informações;
Inferência: a partir da posse das informações sobre o objeto ou evento, passa-se ao campo das suposições;
Medição: descrição através da manipulação física ou mental do objeto de estudo;
Comunicação: uso de palavras ou símbolos gráficos para descrever uma ação, um objeto, um fato, um fenômeno ou um evento;
Classificação: agrupar ou ordenar fatos ou eventos em categorias com base em propriedades ou critérios; 

Predição: previsão do resultado de um evento diante de um padrão de evidências.
Controle de variáveis: identificação e controle das variáveis do experimento;
Definição operacional: operacionalização do experimento;
Formulação de hipóteses: soluções ou explicações provisórias para um fato;
Interpretação de dados: definir tendências a partir dos resultados;
Conclusão: finalizar o experimento, através de conclusões e generalizações;

Uma vez finalizado, nada muda???


VÍDEO: Ensino de Ciências – Ambientes Educativos

 

FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE CIÊNCIAS



TELEVISÃO, CINEMA E MÍDIA IMPRESSA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

PLT – Cap. 3

Disciplina: Fundamentos e Metodologia de Ciências


Maio/2015

Reflexões Iniciais:
•Os programas de TV ajudam ou prejudicam o ensino de Ciências?
•Que elementos da cultura científica são incorporados pelos filmes comerciais?
•Devo usar filmes como material didático na educação científica de meus alunos? De que forma?
•Que veículos da mídia são formadores do imaginário social acerca da Ciência? 

VIDE – TRECHO DA NOVELA






•Utilização de Mídias na Educação: poucas pesquisas; Não se pode desconsiderar a interferência das Mídias na Educação.
Conhecimento científico: TV, Cinema, Novelas, Seriados, Programas jornalísticos, Materiais impressos em geral.
•Os saberes científicos são selecionados e reorganizados, para que possam ter sentido para a “grande massa”: nessa reorganização deturpam as informações científicas e tecnológicas com o intuito de torná-las mais atrativas para o espectador; LER PLT – PG 46.
Papel do Professor: 
MEDIAÇÃO: MÍDIA X CONHECIMENTO CIENTÍFICO
•Os alunos devem ter espaço na escola para falar e escrever sobre o que estão vendo na TV e no Cinema e ser incentivados a buscar outras fontes de informação.
•O professor deve saber trabalhar pontos positivos e negativos de cada Mídia.
Formação de Professores: Trabalhar com as diferentes Mídias carece de ampla formação (pedagógica e técnica) – PLT – pg 43.
•É necessário compreender a linguagem midiática: Professor deve saber “traduzi-la”.(Ver Reportagem JN)
•Professor X Mídias: Recepção e utilização adequada do material em uma perspectiva crítica e dialógica; Interpretação crítica das visões de Ciência apresentadas pela Mídia.
•Mídias não devem ser encaradas apenas como transmissão de conteúdo, como um complemento ou entretenimento esporádico.
•Trabalhando com Vídeos: VIDE SUGESTÕES DO PLT – pg 50 – 52.

Audiovisual: Ver desde o infinitamente pequeno até o imensamente grande; discutir vários pontos de vista; conhecer outras culturas e realidades etc;
VIDE – VÍDEO (Células)
Cinema: Também espetaculariza a Ciência; uma forma de entretenimento relativamente barata; a utilização de filmes do cinema comercial ‘aproxima e populariza’ a ciência no meio educacional. Abordar os conteúdos biológicos a partir de uma temática enfocada num filme tem grande potencial de suscitar curiosidade, interesse ou necessidade de entendimento de tal conteúdo por parte do aluno. VIDE – Trailer (Filme)

Observação: Um professor preparado para trabalhar com a recepção crítica pode transformar materiais “ruins” em aprendizagem significativa.










FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE CIÊNCIAS/QUESTÃO AMBIENTAL- ENS. FUND.



A QUESTÃO AMBIENTAL E SUA ABORDAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL

Cap. 2 – PLT


Março/2015

VÍDEO DE CONSCIENTIZAÇÃO:

5 ações que você pode fazer para praticar a Educação Ambiental

QUESTÕES LEGAIS: pontos principais


Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
 
Art. 1° - Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999
Art. 2° - A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.


Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999


Da Educação Ambiental no Ensino Formal

Art. 9° - Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;                                       
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.



Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999


Art. 11° - A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.


Objetivos: Formação de cidadãos mais conscientes do seu papel na sociedade, em relação aos outros e ao meio ambiente e de uma comunidade socialmente justa e ecologicamente equilibrada; Entender a importância de repensar nossa relação com a natureza

Histórico: Preocupações com perdas de qualidade ambiental devido à atividade predatória desde a Revolução Industrial. (Vide PLT pg 14 a 16).

Industrialização e Urbanização => Crescimento Econômico => escassez ou degradação dos recursos ambientais => tomada de consciência
=> Educação Ambiental

Conceito de Meio ambiente: 
Não é um conceito Científico! 
Aberto a várias interpretações 

PLT – pg. 17:

•Visão NATURALISTA
•Visão GLOBALIZANTE
•Visão ANTROPOCÊNTRICA 

Conceito de MA reflete na forma 
como trabalhamos a EA 


O Conceito de Educação Ambiental: 
Também VÁRIOS CONCEITOS

•Educação Ambiental é uma ação destinada a reformular comportamentos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados. É a busca da reflexão constante sobre o destino do homem face aos recursos naturais e ao futuro do planeta.
•Educação para uma vida sustentável envolve uma pedagogia centrada na compreensão da vida, uma experiência de aprendizagem no mundo real que supere a nossa alienação da natureza e reacenda o senso de participação e um currículo que ensine às nossas crianças os princípios básicos da sustentabilidade. 
•A Educação Ambiental por ser renovadora, induzir novas formas de conduta nos indivíduos e na sociedade, por lidar com as realidades locais, por adotar uma abordagem que considera todos os aspectos que compõem a questão ambiental – aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais, éticos, ecológicos,científicos e tecnológicos - , por ser catalisadora de uma educação para o exercício pleno e responsável de cidadania, pode e deve ser o agente otimizador de novos processos educativos que conduzam as pessoas por caminhos onde se vislumbre a possibilidade de mudanças e melhoria do seu ambiente total e da qualidade da sua experiência humana.


Concepções de Educação Ambiental

Vide PLT pg 19

Na Escola: Posição Crítica – Privilegia a dimensão política (esfera das decisões comuns) da questão ambiental e questiona o modelo econômico (capitalista-consumista) vigente. Apresenta a necessidade do fortalecimento da sociedade civil na busca coletiva de transformações sociais.

O PÚBLICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
Considera-se como objetivo da educação ambiental atingir o público em geral. Parte-se do princípio de que todas as pessoas devem ter oportunidade de acesso às informações que lhes permitam participar ativamente na busca de soluções para os problemas ambientais atuais.
O trabalho é lento, os resultados de longo prazo: A educação Ambiental engloba aspectos psicológicos, sociológicos políticos e filosóficos.
Cabe ressaltar a importância do respeito a si mesmo e ao todo; Levar a refletir sobre o papel único de cada ser na teia de relações que sustenta a vida.
Os conhecimentos científicos são a base para a construção de uma forma saudável de usar os recursos de que necessitamos.


Princípios e orientações para um programa internacional de educação Ambiental:
• Contínua;
• Multidisciplinar - Necessidade da abordagem Interdisciplinar: buscar apoio em outras disciplinas e áreas do conhecimento para abordar a questão do meio ambiente. Fácil??
• Integrada as diferenças regionais
• Voltada para os interesses nacionais.
• Aspectos que compões a questão ambiental: Aspectos políticos; Sociais; Econômicos; Científicos; Tecnológicos; Culturais; Ecológicos; Éticos.


Didaticamente, divide-se as demandas de Educação Ambiental em duas categorias básicas:
Educação Formal: Envolve estudantes em geral, desde a educação infantil até a fundamental, média e universitária, além de professores e demais profissionais envolvidos em cursos de treinamento em Educação Ambiental.
Educação Informal: Envolve todos os segmentos da população, como por exemplo: grupos de mulheres, de jovens, trabalhadores, políticos, empresários, associações de moradores, profissionais liberais, dentre outros.
Logo, a EA pode ser realizada em diferentes contextos: escola, empresa, parques, organizações governamentais e não governamentais, associações de bairro, condomínios, etc.

Metodologias:
•Análise do discurso escrito;
•Interpretação de imagens;
•Análise de textos de jornais, revistas;
•Discussões coletivas;
•Palestras com especialistas;
•Estudos de caso e/ou resolução de problemas;
•Projetos de Intervenção na realidade local;
•Visitas programadas e planejadas a usinas de reciclagem, indústrias, parques públicos, instituições de pesquisa, reservas ambientais: propiciam situações de observação, comparação e experimentação, favorecendo o estabelecimento de relações significativas entre o conhecimento, atividades produtivas e vida cotidiana de uma comunidade. 

Avaliação:
•Relatório de atividades;
•Desempenho na elaboração e aplicação de projetos, seminários, portfólios, auto avaliação. 

Auto avaliação - Perguntas:
•Qual o entendimento de meio ambiente após as discussões?
•O que mudou no meu cotidiano?
•Pretendo participar mais intensamente dos debates e atividades relacionadas à questão?
•Como vou agir em relação aos que estão ao meu redor?

Educação Ambiental e Datas Comemorativas

No intuito de que as unidades garantam o atendimento pleno aos requisitos legais referentes a Educação Ambiental, segue algumas datas:
ü 21 de março – Dia Internacional das Florestas e da Árvore; (21 de Setembro – Brasil – Início da Primavera)
ü 22 de março – Dia Mundial da Água;
ü 2 de abril – Dia Internacional da Mãe Terra, e; 
ü 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente.




Algumas reflexões:
Qual é o papel do professor de Ciências com relação ao trabalho com temas interdisciplinares?
Existe uma única forma de trabalhar com Educação Ambiental na escola básica?
Como incentivar professores e alunos a participar efetivamente de prática individuais e coletivas voltadas à minimização dos problemas ambientais?
Quais as possibilidades pedagógicas diante desta temática?
Você já vivenciou ou protagonizou alguma atividade de Educação Ambiental em sua escola ou em seu município? Como foi essa atividade? Que objetivos conseguiu atingir? Foi pontual ou contínua? 
VÍDEO: CAMINHOS DA ESCOLA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

IMAGENS