No
passado, processadores eram classificados basicamente pelo clock. Os GHz
disponíveis diziam muito sobre a CPU, uma forma rápida e fácil de diferenciar
dois modelos. Com o passar dos anos, eles passaram a contar com diversos
núcleos, gráficos integrados e tecnologias internas que tornaram a sua
diferenciação mais complexa. Isso fez com que a Intel trabalhasse com diversas
famílias de processadores, segmentando seus modelos conforme o público-alvo.
Atom
Intel
Atom é a marca de uma linha de microprocessadores x86 da Intel, conhecida durante seu desenvolvimento
como Silverthorne e/ou Diamondville. Seus
processadores foram desenvolvidos no processo de fabricação de 45 nm e projetados para utilização em PCs ultra-portáteis, smartphones e outros dispositivos portáteis e de
baixo consumo de energia, este hoje, adaptado para Pc estacionados e Notebooks,
com funções bem especializadas.
Projetados para netbooks e outros dispositivos de
uso em rede em que a vida da bateria e o consumo de energia são mais
importantes do que o poder de processamento. Existem vários tipos de
processador Atom. Processadores sem uma letra designadora antes do número são
voltados para dispositivos gerais de baixa potência. Processadores com um
designador N são projetados para netbooks. Processadores Atom projetados para
dispositivos móveis de internet têm um designador Z. O número que segue o
designador indica o nível do processador. Números mais altos indicam mais recursos
do processador.
A Intel
encerrou a produção do Atom este ano. Ele era o modelo mais básico da empresa.
Processadores Intel – Celeron
Este ano
a Intel anunciou o encerramento da linha Atom, fazendo do Celeron o modelo mais
básico
da empresa. As gerações atuais trabalham com 2 ou 4 núcleos, comumente
com clocks mais baixos, assim como TDPs menores. Essas características fazem do
Celeron uma opção ideal para máquinas mais simples e baratas, assim como mais
finas, como os Chromebooks. O mesmo vale para a distribuição de caches, as
menores disponíveis entre todos os modelos de processadores Intel.
As
características que fazem do Celeron um bom processador são as suas limitações
internas. Ele pode endereçar apenas 8 GB de memória RAM em algumas versões,
além de trazer os gráficos mais básicos da Intel. O próprio chipset também é
bastante limitado, suportando menos portas USB, SATA e linhas PCI Express. Ou
seja, é voltado para máquinas bastante básicas, onde o foco é manter o custo
mais acessível.
Lançado em 1998 é um processador
adequado para tarefas extremamente simples, seu baixo desempenho em aplicações
atuais é bem considerado.
A história do Celeron
ocorreu conjuntamente com a do Pentium. Sendo um processador com longo tempo de
vida, o Celeron sempre teve seu desempenho — e consumo de energia — reduzido,
porém foi e ainda é um processador muito bom para trabalhar com aplicativos de
escritório e para o uso diário. O Celeron era um processador de apenas um
núcleo, porém a fabricante notou que o processador logo sairia do mercado se
assim continuasse, e portanto, criaram Celerons de dois núcleos.
Os processadores Celeron são projetados para
computadores de mesa, utilizados principalmente para atividades na web e em
computação básica. Eles possuem um indicador numérico. Quanto maior o número,
mais recursos do processador. Há diferentes classes de processadores Celeron,
incluindo processadores de baixo consumo projetados para notebooks.
Dual Core
Não há como falar em Dual Core
sem falar em processador. O processador é a unidade central de processamento do
computador, ou como muitos dizem: é o cérebro do computador. É no processador
que é realizada todas as tarefas que você ordena. Além de ser um item
fundamental no computador, o processador é um item que trabalha com componentes
minúsculos e implementações de ponta, e provavelmente é a segunda peça que cada
vez mais recebe novas tecnologias.
Dois Núcleos
Uma das mais recentes inovações
que foi incorporada aos processadores foi a tecnologia “Dual Core”. Traduzindo
o termo literalmente para o português, obtém-se: Núcleo Duplo. E deste modo,
pode-se facilitar a compreensão do que faz a nova tecnologia.
Trabalhando com uma espécie de
“divisão de tarefas”, os processadores Dual Core possuem dois núcleos, ou
melhor dizendo, dois cérebros. Além disso, os novos processadores possuem
também dupla quantia de memória interna (em alguns casos eles utilizam a mesma
memória), e algumas tecnologias internas a mais.
Capazes de processar tarefas
múltiplas, os processadores de núcleo duplo atingem melhores resultados do que
os processadores comuns. Há de se frisar também que alguns aplicativos são
aprimorados evoltados especialmente para a utilização em processadores Dual
Core.
Modelos
Alguns dos nomes mais famosos
atualmente no mercado de processadores de núcleo duplo são:
AMD Athlon™ X2
AMD Turion™ X2
Intel® Pentium® D
Intel® Core™2 Duo
Evidentemente os nomes
supracitados não incluem os diversos modelos que cada linha de processadores
possui. E vale lembrar que na hora da compra de um processador com tecnologia
de núcleo duplo, é muito importante pesquisar previamente as características de
cada modelo.
Pentium
Dual Core
Lançado a partir de 2002 é um
processador de núcleo duplo considerado um modelo intermediário de hardware.
O Pentium Dual Core surgiu praticamente
na mesma época do Core 2 Duo. Tendo a arquitetura (sistema interno de peças)
baseada no Core 2 Duo, o Pentium Dual Core trouxe apenas algumas limitações. O
tão falado FSB (barramento frontal) tem velocidade menor, a memória interna
(cache) do processador é menor e os modelos disponíveis trazem clocks
(velocidades) mais baixos.
Para o usuário que procura apenas
navegar na internet e realizar tarefas simples, este processador pode ser uma
excelente escolha, visto que a relação custo-benefício dele é uma das melhores
quando se fala em processadores Intel de duplo núcleo.
Core
2 Duo
Lançado em 2006, o Core 2 Duo marcou o
retorno do título de processador mais rápido aos domínios da Intel. Muito
utilizado atualmente por usuários domésticos que procuram um processador com
uma boa relação custo x benefício.
Atualmente os Core 2
Duo estão entre os processadores mais cobiçados para jogos. Se comparado com os
antigos processadores de dois núcleos da empresa, os novos Core 2 Duo mostram
uma superioridade incrível. O grande motivo da diferença em desempenho é o novo
sistema de núcleo da Intel.
Os antigos Pentium D
trabalhavam com uma linha de processamento idêntica a dos Pentium 4, já os tais
Core 2 Duo funcionam com a nova tecnologia Core. Com uma frequência
(velocidade) mais baixa, um pouco mais de memória interna, modos mais eficiente
de compartilhamento de recursos e alguns outros detalhes, os Core 2 Duo são os
processadores mais potentes no ramo dos Dual Core.
O Intel Core 2 Duo é
indicado para jogos de última geração, edição de imagem e vídeo, programas
matemáticos ou de engenharia e tarefas que requisitem alto processamento. Há
vários modelos, sendo que os mais fortes não são viáveis para quem procura
montar um PC econômico.
Core
2 Quad
Os Core 2 Quad são formado por dois
processadores Core 2 Duo. O principal objetivo desta linha foi suportar melhor
aplicativos que necessitam de grande capacidade de processamento (como por
exemplo, carregamento de recursos gráficos e programas de imagem).
Descendentes dos Core
2 Duo, os novos Core 2 Quad nada mais são do que processadores com quatro
núcleos e um sistema interno muito semelhante aos seus antecessores. Ainda
novos no mercado, os Core 2 Quad apresentam desempenho relativamente alto,
porém em algumas tarefas eles perdem para os Dual Core.
O grande problema nos
“Quad Core” (termo adotado para falar a respeito de qualquer processador de
quatro núcleos) é a falta de programas aptos a trabalhar com os quatro núcleos.
Além disso, o custo destes processadores ainda não é ideal para os usuários
domésticos.
Core
2 Extreme Quad Core
Apesar da grande
performance apresentada pelos Core 2 Quad, a Intel conseguiu criar um
processador quase idêntico com maior velocidade. Apresentando dois modelos com
a velocidade de clock superior, a Intel criou estes processadores
especificamente para gamers e usuários fanáticos por overclock.
Modelos Extreme
prontos para overclockA relação custo-benefício é péssima, pois custam quase o
dobro dos Core 2 Quad e não fornecem o dobro de desempenho. Em jogos há um
pequeno ganho de desempenho, mas nada extraordinário que valha realmente a
pena.
Vale ressaltar que há
processadores Core 2 Extreme de dois e quatro núcleos. Ao comprar um Core 2
Extreme é importante averiguar se o processador é de dois ou quatro núcleos,
pois enganos acontecem e você pode acabar pagando por um processador Quad Core
e levar um Dual Core, muito cuidado!
Core i3
Recentemente a Intel lançou uma nova linha de
processadores e o Core i3 foi o primeiro dessa nova família. Indicado para
usuários menos exigentes, os processadores Core i3 parecem fracos, contudo eles
vieram para substituir a antiga linha Core2Duo.
Agora as
coisas começam a ficar mais interessantes. Tanto o Celeron quanto o Pentium
estão disponíveis em configurações de 2 ou 4 cores, enquanto o Core i3 é
limitado a 2 núcleos. Isso quer dizer que ele é inferior aos dois? Pode parecer
contraintuitivo, mas o Core i3 consegue ser mais potente mesmo com menos
núcleos. O principal motivo desse desempenho extra é o suporte ao
Hyperthreading, tecnologia que faz com que cada núcleo consiga processar duas
instruções iguais como se fossem uma.
O Core i3
já permite rodar jogos mais básicos, mas é limitado a dois núcleos.
Os
sistemas operacionais interpretam o Hyperthreading como se cada núcleo seja
“duplo”, mas não é isso que acontece na prática. A execução do sistema, ou de
qualquer programa ou jogo, possui diversas instruções idênticas e sequenciais.
Ao invés de usar dois ciclos de clock, o Hyperthreading as executa usando
somente um. Isso resulta, na prática, em uma melhoria de cerca de 30% em
média por núcleo.
Além
disso, o Core i3 suporta os chipsets mais recentes da Intel, compartilhando o
mesmo soquete do Core i5 e Core i7. Ou seja, não fica limitado em nenhum
quesito, seja quantidade (e tecnologia) de memória RAM, seja no suporte às
placas de vídeo mais recentes. Restritos a dois núcleos desde as primeiras
versões, o Core i3 é a opção mais balanceada da Intel, voltado para quem busca
uma máquina equilibrada para as tarefas do dia a dia e jogos ocasionais.
Core i5
É o intermediário da nova linha da Intel, enquanto
o i3 fica responsável por atender aos usuários menos exigentes, o Core i5 é
encarregado de suprir as necessidades do mercado de porte intermediário, ou
seja, aqueles mais exigentes que realizam tarefas mais pesadas.
Aqui já
começamos a entrar no território de alto desempenho dos processadores Intel.
Com o Core i5, voltamos a ter opções de 2 ou 4 núcleos. Mas há um porém: todos
os modelos – pelo menos até a sexta geração – são limitados a 4 threads. Ou
seja, modelos dual-core trazem o Hyperthreading. Os modelos quad-core, não,
focando no poder de fogo dos núcleos combinados.
O Core i5
é limitado a 4 threads, trazendo o Turbo Boost como diferencial em relação ao
Core i3.
De
qualquer forma, o Core i5 tem um diferencial importante em relação ao Core i3.
Trata-se do Turbo Boost, que aumenta a frequência de operação dos núcleos se o
processador está bem refrigerado. É uma espécie de overclock controlado de
fábrica, e o resultado é um ganho de performance perceptível na grande maioria
das aplicações.
O Turbo
Boost está presente nos modelos de dois núcleos e nos de quatro núcleos. E
funciona de uma forma bastante inteligente também. Algumas aplicações não podem
ser divididas em vários núcleos, tornando a eficiência single-core essencial.
Nesse caso, o Turbo Boost aumenta seletivamente a frequência de operação de um
núcleo individual, acelerando essas aplicações.
Tudo isso
acontece muito rápido, fazendo o Core i5
uma opção ideal para quem não quer deixar um excelente desempenho de lado.
Core i7
A última palavra em tecnologia de processamento é o
i7. A linha de processadores voltada ao público entusiasta e profissional traz
muitos benefícios e especificações de cair o queixo.
Nos modelos de processadores
Intel que vimos de até então, explicamos que cada uma das linhas é limitada em
algum aspecto. Já o Core i7 não é limitado a nada, sendo o modelo mais potente
da Intel em qualquer geração. Ele está disponível em versões de dois núcleos
(versões de baixa voltagem) até 10 núcleos. Independentemente disso, todos os
modelos trazem Turbo Boost e Hyperthreading. Ou seja, podem chegar até 20
threads, como é o caso do Core i7-6950X da série Extreme Edition.
Voltado para máquinas de alto
desempenho, o Core i7 garante a melhor experiência possível por parte da Intel.
E, claro, o Core i7 conta com
todas as tecnologias da Intel, sendo a melhor opção para quem prioriza
desempenho acima de tudo. Independentemente de geração, tamanho da máquina ou
qualquer outro quesito, ele é a escolha certa para gamers hardcore e
profissionais multimídia, que necessitam de um processador poderoso para rodar
programas CAD e editores de vídeo.
A última palavra em
tecnologia é o Core i7. A nova linha de processadores da Intel opera com quatro
núcleos, velocidade semelhante a dos Core 2 Quad e quantidade de memória cache
parecida. As mudanças são diversas, começando pelo suporte de memória DDR3 e
abrangendo até o modo de comunicação com os outros itens do PC.
Muito poder em um
único processador – Intel Core i7O novo Intel Core i7 traz a tecnologia HT, a
qual simula múltiplos núcleos e tende a aumentar o desempenho
significativamente para aplicações que trabalhem com a divisão de
processamento. Segundo o site da Intel, estes novos processadores podem simular
até oito núcleos, isso se o sistema operacional for compatível com a
tecnologia.
Como estes
processadores são lançamento, o preço deles é astronômico (dificilmente
encontra-se um processador dessa linha por menos de mil reais), sendo indicado
apenas para entusiastas e pessoas com muito dinheiro. A performance do Core i7
é sem dúvida superior a qualquer outro processador, no entanto talvez não seja
uma boa idéia comprar estes processadores agora, visto que não há programas que
exijam tamanho poder de processamento.
Interior de um
processador. Quatro núcleos dentro de um único chip
Core
M
Por fim,
temos o Core M, linha mais recente de processadores Intel. Com clocks bastante
reduzidos, mas um Turbo Boost poderoso, ele é voltado para máquinas
extremamente finas, como o Macbook. Seu foco está longe de ser desempenho, mas
sim uma experiência de uso equilibrada em modelos que não exigem coolers
ativos. Aliás, esse é o principal motivo de seu clock ser tão reduzido, ainda
que isso não comprometa a performance como pode parecer à primeira vista.
Projetado
para ultrafinos, o Core M dispensa o uso de coolers ativos.
Mesmo
com clocks menores, o Core M consegue níveis de desempenho maiores do que o
Celeron e o Pentium. Ainda assim, não é um modelo voltado para jogos, sendo
voltado especificamente para notebooks que não contam com placas de vídeo
dedicadas.
Há uma segunda forma de segmentação utilizada
pela Intel: as letras. Cada um dos processadores Intel vem com uma combinação
de letras que dizem muito sobre o que esperar dos
modelos.