sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

RESENHA CRÍTICA SOBRE OS ARTIGOS NO SITE


RESENHA CRÍTICA SOBRE OS ARTIGOS NO SITE
O texto de Moço (2014) aborda sobre o desenvolvimento de experiências científicas com crianças, onde relata que, quem convive ou leciona para os anos iniciais do ensino fundamental sabem que os pequenos não cansam de perguntar e esta é uma forma que utilizam para conhecer o mundo. Por isso, os professores devem ficar atentos e aproveitarem a força dos “por quês”?,como fez a professora Inês do 1º ano da Fundação Bradesco, que transformou seus alunos em pequenos cientistas, o que lhe rendeu o troféu de Educação Nota 10 no Prêmio Victor Civita de 2008, mostrando como o conhecimento científico explica problemas do dia-a-dia..
Moço (2014) ressalta que, ao ensinar Ciências nos anos iniciais, deve-se respeitar a faixa etária. Mas, isso não significa substituir os termos científicos ou deixar os textos com diminutivos esperando que as crianças entendam melhor. Pois, no trabalho de pesquisa pode incluir a leitura em livros e revistas antes mesmo de as crianças saberem ler. Além de ser uma atividade de alfabetização, a prática contribui para que todos aprendam a buscar informações específicas..
No artigo elaborado por Campos et al (2012), os mesmos afirma que os educadores, em sua maioria, não tem gosto pela física e segurança para ensinar conceitos relacionados a fenômenos da natureza. E, chamam a atenção para a situação incômoda que é aguardar a criança alcançar o último ano do Ensino Fundamental para estudar conceitos relacionados às ciências da natureza..
Diante disso, desenvolveram uma pesquisa, tendo como foco a abordagem da física nos anos iniciais, procurando saber: quais são as contribuições da utilização de situações-problema como metodologia para a abordagem de temas relacionados à física em aulas de ciências em salas dos anos iniciais?.
O estudo envolveu crianças, com idade entre 7 e 10 anos, e utilizaram situações-problema que evolvam atividades experimentais para oportunizar aos alunos um contato direto com o concreto através de possíveis manipulações de experimentos.
De acordo com Campos et al (2012), o trabalho teve como objetivo geral investigar a possibilidade de utilização de situação-problema envolvendo experimento como metodologia para o ensino e a aprendizagem de conceitos físicos nas séries iniciais do Ensino Fundamental........................................................................................................... 
Justificaram o estudo, alegando que, na literatura a importância de ensinar ciências nas séries iniciais tem sido justificada pela necessidade de superar várias dificuldades como a falta de integração entre várias disciplinas e conteúdos existentes no currículo escolar, a falta de interação do próprio conteúdo ministrado e problemas relacionados à formação do professor no momento de transpor as ideias do conhecimento científico, entre outros.
E, acham importante fazer com que as crianças discutam os fenômenos que as cercam, levando-as a estruturar conhecimentos e construir, com seu referencial lógico, significados dessa parte da realidade. Por isso, o professor deve trabalhar com problemas físicos que os alunos possam discutir e propor soluções compatíveis com seu desenvolvimento e sua visão de mundo, mas em um sentido que os levará, mais tarde, ao conhecimento científico.
Mas, deve-se usar a experimentação com intuito de contribuir para o desenvolvimento do aluno, "pois é da natureza da criança experimentar, testar, investigar e propor soluções, cabendo à escola incentivar e usufruir destas características, atuando como mediadora entre a experimentação espontânea e a científica". Para tanto, deve-se utilizar de metodologias diferenciadas, como por exemplo, a situação-problema aliada à experimentação, como meio de estratégias de ensino voltadas à construção e ao questionamento do saber, deve constituir a essência das suas atividades pedagógicas. É necessário incentivar os estudantes a compreenderem o conhecimento e a confrontá-lo constantemente, de modo a se tornarem sujeitos ativos cognitivamente (ROSA; DRUM, 2007).
Campos et al (2012), evidenciam que, no Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano as atividades baseadas na exploração de conceitos podem surgir como alternativa à forma como os professores têm tentado abordar conteúdos relacionados à física. Tais atividades, que devem ser incentivadoras e que podem instigar as crianças para o conhecimento científico, são as atividades investigativas, que visam o estímulo à experimentação, ao teste, ao pensamento lógico e à resolução de situações-problema.
Outro aspecto importante na resolução de situações-problema é sua capacidade motivadora, que instiga o aluno a buscar estratégias para solucionar determinado desafio, além dodesejo de alcançar um bom resultado, mesmo que isso não aconteça. As tomadas de decisões nem sempre são as melhores, mas abre possibilidades para refletir sobre os caminhos a serem seguidos, no sentido de visualizar as melhores estratégias, ou as escolhas não tão satisfatórias, o que valoriza as interações entre os sujeitos potencializando as suas opiniões (CAMPOS et al, 2012).
Em relação às atividades, tem-se que na primeira atividade escolhida o tema era "o problema da pressão", um conteúdo da física estudada pela mecânica dos fluidos, que envolve a compreensão de que a pressão no interior de um fluido aumenta de acordo com o aumento da profundidade.
A segunda atividade escolhida o tema foi "o problema do barquinho". Nessa atividade o aluno tem a oportunidade de se envolver os conceitos de dimensão, superfície de contato e equilíbrio. O problema a ser resolvido consistia em construir um barquinho de papel alumínio e distribuir massas (arruelas) sobre sua superfície sem que ele afundasse.
A terceira atividade tratava da existência do ar e do espaço ocupado por ele, e foi definida como "o problema do copinho". Essa atividade já é conhecida por professores e até por alguns alunos, quando levantam a discussão de que existe ar e que este ocupa lugar no espaço. Na realização da atividade o aluno deveria colocar uma bola de papel no fundo de um copo e afundá-lo dentro de uma bacia contendo água, sem que o papel se molhasse.
As atividades, cujo objetivo principal foi à utilização da situação-problema nos anos iniciais, o motivo da escolha do município e da escola está relacionado a uma boa aproximação do pesquisador, por ser morador da cidade e já conhecer a realidade da escola. Além disso, é alguém que os alunos já conhecem e isso poderia contribuir para que ficassem mais a vontade durante a realização das atividades.
Durante a realização das atividades foram postas aos alunos situações-problema para que pensassem interagindo, manuseando o aparato montado, resolvendo um problema dado e representassem sua solução através da escrita e desenhos. Em seguida, foram propostas discussões e, a partir delas e das representações escritas, realizou-se uma análise levando em conta alguns aspectos tipológicos como relatar, argumentar, expor, descrever ações. De acordo com alguns resultados encontrados foram incluídos dois novos aspectos tipológicos: (i) estabelecer relações e (ii) fazer inferências. Os resultados encontrados confirmam o pressuposto de que essas atividades contribuem para desenvolver certas habilidades nas crianças (CAMPOS et al, 2012)
Nas conclusões, Campos et al (2012) relatam que, embora os estudantes apresentassem dificuldades na escrita e a atividade ter sido realizada pela primeira vez, foi notório o grande número de estudantes expondo suas ideias. A partir da segunda atividade foi perceptível o interesse dos alunos em criar estratégias para solucionar o problema e, no momento do relato escrito, refletirem mais antes de escrever ou desenhar.
E, a partir das produções dos alunos o pesquisador e a professora puderam identificar conhecimentos básicos, iniciais e obviamente ainda em uma linguagem simples e própria da idade dos alunos. Na interação com o grupo os alunos demonstram ser capazes de, a partir de uma atividade prática, argumentar, tomar decisões, descrever ações, estabelecer relações entre fatos e, até mesmo, chegar a conclusões que são o início da construção do seu conhecimento científico..
As discussões feitas pelos grupos despertaram, além da curiosidade, o ato de pensar e de refletir sobre o problema proposto. Além disso, as crianças acabaram desenvolvendo estratégias nas quais as ações levaram à aquisição de outras habilidades de acordo com a situação provocada. A articulação de ideias durante a discussão oral, a representação escrita da atividade vivenciada, a interpretação, o questionamento, a autonomia nas falas, a liderança no grupo, entre outras, são habilidades desenvolvidas nos alunos e que estão além da simples compreensão do conteúdo científico.
Portanto, o ensino nos anos iniciais em ciências, com base nas referências abordadas, e partindo-se da importância da alfabetização científica e da curiosidade e interesse das crianças em compreender os fenômenos naturais, contribuem para levantar discussões acerca da inserção de conceitos físicos no ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.

EXPERIMENTO: CROMATOGRAFIA EM PAPEL
MATERIAIS:
•Filtro de café;
•  Tesoura;
• Copo transparente;
•  Canetinhas Coloridas;
• Álcool.-


Como fazer:
1° PASSO: Corte o papel de filtro em tiras de aproximadamente 5 x 15 mm;
2° PASSO: Com as canetinha façam pontos coloridos um encima da outra, dando um intervalo para que cada ponto possa secar antes que a outra seja feita;
3° PASSO: Pegue o copo transparente e despeje um pouco de álcool;
4° PASSO: Com a tira do filtro já com os pontos coloridos, mergulhe no copo com álcool e observe o efeito das cores.

FOTOS E ANEXOS-
Materiais utilizados.
Recorte o papel de filtro em tiras.
Faça os pontos coloridos. Um ponto encima do outro.
O ponto pronto. Coloque um pouco de álcool no copo transparente.
Coloque a tira no álcool. Algum tempo já no álcool.
O efeito final de cromatografia em papel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CAMPOS, B.S.; FERNANDES, S.A.; SOUZA, N.F. Física para crianças: abordando conceitos físicos a partir de situações problema. Rev. Bras. Ensino Fís. vol.34 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2012. Disponível em: Acesso em 08 mar. 2014.
MOÇO, Anderson. Iniciação científica nas séries iniciais. Disponível em: Acesso em
ROSA,C.W.; DRUM, C.A.S. Peres e C. Investigações em Ensino de Ciências. in: XVII Simpósio Nacional de Ensino de Física, São Luiz, 2007
www.cromatografialiquida.com.br.


Etapa 02 – Cromatografia
Cromatografia é um método físico – químico que se fundamenta na migração diferencial dos componentes de uma mistura devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis. A fase móvel ( gás, liquido ou fluido super critico) e fase estacionaria(fixa, colocada em uma superfície solida).-
Cromatografia em papel é uma das técnicas mais simples e que requer menos instrumentos para sua realização. Nesse tipo de cromatografia a amostra (álcool, ou agua – material liquido) flui por uma tira de papel absorvente disposto verticalmente. O papel é composto por moléculas de celulose que possuem uma forte afinidade pela agua presente na mistura do solvente, mas muito pouca afinidade pela fase orgânica, atuando como suporte sem inerte contendo a fase estacionaria aquosa. A medida que o liquido solvente flui no papel absorvente ocorre alterações físicas – químicas.

Nome do experimento: Cromatografia em papel
Material utilizado:
Papel de filtro de café
Tesoura
Álcool liquido.
-Álcool gel
Água
Canetinha hidrográfica colorida
Copo de vidro transparente
Procedimento de realização do experimento :
Cortamos o papel em tiras de 5x15 cm, utilizando a canetinha hidrocor desenhamos um ponto na cor amarela na base no papel , mais ou menos 1 cm de distancia, fizemos outro ponto de cor azul , e um terceiro ponto na cor vermelha. Escolhemos a principio essas cores porque são cores primarias e sabemos que as cores primárias são únicas, elas são cores puras que não pode se obter de nenhuma outra mistura de cores. Logo depois fizemos os experimentos com outras cores como a laranja, rosa, verde, roxo, preto que são conhecidas como cor secundaria que se originam das misturas das cores primarias.
Colocamos no copo primeiramente somente álcool liquido fizemos o experimento, depois fizemos com álcool em gel e em seguida com água pura.
Após colocar o liquido no copo, usamos a medida de 05 cm de liquido da base, mergulhamos as tiras de papel.

Resultado e conclusão cientifica:------------------------------------------------------------------------
Tanto o álcool puro , como em gel ou a mistura de álcool e agua quando em contato com o papel-filtro inicia-se o processo de puxar o liquido, ou seja, encharca o papel – filtro, a partir da base e , por capilaridade irá começar lentamente a subir o liquido ate a ponta do papel passando pela marcas coloridas.
Então quando o álcool liquido passa pelo ponto colorido demarcado no papel filtro o álcool dissolve a tinta, arrastando consigo pigmentos para a ponta do papel. Percebemos que para cada cor diferente o processo de encharca mento e alteração de cores são diferentes, isso acontece devido às diferenças composições químicas das cores e a interação do álcool serem diferentes.
Com o álcool em gel o processo ocorre o mesmo como citado acima porém as cores descem e se espalham.
Com mistura de agua e álcool liquido as cores sobem e desaparecem.
Independente das cores primárias ou secundárias o resultado do experimento é o mesmo com as cores.

Materiais utilizados Grupo atps

Experiência1 Experiência2 Experiência3 Experiência4

Grupo com as experiências Todas as experiências
Experiência 01 - Como fazer um arco íris
Publico : Educação Fundamenta

O objetivo de fazer essa experiência para o ensino fundamental........... Os alunos poderão aprender com estas aulas, de forma lúdica e interativa, como o arco-íris é formado e ainda sobre a cor branca.

Metodologia – Sandra

Material Utilizado:
1- Um copo transparente com água
2- Uma folha de papel em branco (papel sulfite)
3- Uma lanterna

Procedimento:
Coloca o papel em frente ao copo com água e acenda a lanterna em direção a esse copo.
O que acontece?
Aparece um arco-íris refletido no papel.

Fenômeno Físico:

Como o copo
Porque o copo d'água faz com a luz da lanterna exatamente o que a nuvem faz com a luz do Sol, ou seja, separa as cores da luz. A luz que parece não ter cor nenhuma, na verdade é uma mistura de cores coloridas. Juntas elas dão a luz invisível ou luz branca. Misturadas, a gente não vê cor nenhuma, mas se você faz passar por alguma coisa que separe as cores, por exemplo, um copo d'água, você vai ver as cores separadas ou um arco-íris.

Experiência 02 – O ovo que flutua e que não afunda
Publico: Educação de Jovens e Adultos

Objetivo:
O objetivo de fazer essa experiência para o Ensino de Jovens e Adultos é que para ensinar os adultos é necessário trazer a realidade que ele vive para dentro da sala de aula, pois para eles , os adultos, é necessário ensinar algo que seja ligado a sua realidade, ao seu dia a dia e a seu cotidiano. Desta maneira nos educando conseguiremos despertar o interesse desse aluno a aprender e ate mesmo reaprender.

Para inserir o Ensino de Ciências para os alunos do EJA, fizemos como metodologia a brincadeira dos porquês para pode explicar a experiência que utilizaremos como pratica de ensino. 
Fizemos as perguntas dos porquês....porque será que quando vamos a praia nos não afundamos quando boiamos? Porque será que quando entramos em uma piscina de agua doce nos afundamos? Porque será que bicabornato de sódio quando colocados em roupas brancas elas ficam mais branca?
Temos que pensar na Educação de Jovens e Adultos como uma aula reflexiva, ou seja, trazer a visão de mundo deles para dentro da sala de aula. Nosso desafio como educadores é fazer com que esse aluno tenha o interesse em vir para a sala de aula e aprender de verdade.

Metodologia:
Como metodologia para a realização dessa aula, utilizaremos o uso da internet como recurso de pesquisa da experiência e também para despertar a curiosidade desses alunos ao fazer o experimento em sala de aula. O aluno fara suas observações , o que entendeu, aprendeu. Depois faremos a experiência, isto é, faremos a pratica pedagógica que é o ato da experiência.
Após concluir a experiência faremos a socialização com todos os alunos com a reflexão, entendimento, aprendizado de cada um.

Materiais utilizados:
02 ovos crus
-02 copos transparentes
-01 colher
Água
Sal

Procedimento:
1- Pegue os dois copos, marca com uma caneta de retroprojetor, ou se preferir com uma fita crepe, um copo com a palavra com sal e outro copo com a palavra sem sal.

2- Encha os dois copos com água. É importante que os dois copos estejam com a mesma quantidade de água. Coloque água suficiente para cobrir o ovo. Em um dos copos que esta escrito sal, você deve adicionar duas colheres de sal e mexer bem ate dissolver o sal. OBSERVAÇÃO: para fazer essa experiência é necessário esperar um minuto para que o sal dilua todo na água. Isso fara sua experiência dar correto.

3- Coloque um ovo dentro de cada um dos copos.
O que acontece?
Um ovo que esta dentro da água com sal vai afundar e o outro ovo que esta dentro da água sem o sal vai afundar.

Fenômeno Físico:
O Ovo tem uma densidade maior que a água sem sal e afunda. Quando a água tem sal a densidade da água muda, ela fica mais densa que a água sem sal.
Densidade é uma relação entre massa e volume. Se utilizamos o mesmo volume de água nos dois copos e , depois de diluir bem o sal em um deles o volume não variou, no copo que tem sal, temos mais massa(água + sal) que no copo sem sal (água pura). Ou seja, a água com sal tem mais massa que a mesma quantidade de água sem sal e, por isso, é mais densa.

O USO DO LÚDICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS

O uso do Lúdico no ensino de Ciências Naturais
Luciane Rosseto (IC). lucianerosseto@brturbo.com.br
1 Instituto de Ciências Exatas e da Terra – UFMT

Palavras Chave: Lúdico, Ciências Naturais

A atividade lúdica proposta atua no sentido de educar, transformando e inovando e processo ensino aprendizagem voltada para as ciências naturais, sendo um instrumento de informação, observação e correlação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula com o cotidiano do aluno levando-o a perceber visualmente o que aprendeu na teoria.
A atividade, utilizando o lúdico no ensino de Ciências, tornou a aula mais agradável e dinâmica, motivando os alunos a participarem ativamente da construção do próprio conhecimento, trazendo mudanças significativas aos alunos, pois os mesmos expressam sentimentos e emoções, são capazes de resolver conflitos, aprendem sobre normas, regras e estruturam valores.
O jogo foi uma opção a mais na prática pedagógica e facilitou o trabalho em grupo, promoveu estímulo ao estudo e despertou a curiosidade bem como a aprendizagem dos conteúdos se deu de forma mais prazerosa.


  
Introdução
Segundo os PCNs, o ensino de Ciências Naturais deverá se organizar de forma que os alunos desenvolvam, entre outras capacidades, valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento e saber combinar leituras, observações, experimentações, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações, favorecendo uma postura reflexiva e investigativa,a fim de colaborar para a construção da autonomia de pensamento e ação e capacitando o aluno a exercer seu papel de cidadão no mundo.
Neste sentido trabalhar o lúdico permite ampliar a gama de possibilidades pedagógicas utilizadas para um determinado saber, de maneira significativa, não tendo o objetivo específico, lógico e pré-determinado, mas a busca, na efetivação das atividades pela satisfação das expectativas e pelo sucesso na realização das mesmas   
O lúdico influencia muito o desenvolvimento da criança, pois é através do jogo que a criança aprende a agir, tem a curiosidade estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, além de proporcionar o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. O lúdico também se origina na capacidade simbólica, visando a construção do conhecimento e sua socialização. Cria ambiente gratificante e atraente servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança2       
 A atividade lúdica proposta atua no sentido de educar, transformando e inovando e processo ensino aprendizagem voltada para as ciências naturais, sendo um instrumento de informação, observação e correlação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula com o cotidiano do aluno levando-o a perceber visualmente o que aprendeu na teoria.
  
Metodologia 
A atividade foi desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental oitava série única, na disciplina de Ciências Naturais, período Vespertino, da Escola Municipal de Educação Básica “Aristides Pompeo de Campos”, situada no município de Várzea Grande.
A estratégia utilizada foi no primeiro momento aula expositiva dialogada, posteriormente a confecção pelos alunos do jogo “o buraco químico” e em seguida a aplicação do jogo. Este jogo foi desenvolvido pela professora Lydia L.M.P. Santos e apresentado aos alunos do Curso de Licenciatura Plena em Ciência Naturais e Matemática (UFMT).
Os alunos foram organizados em grupo de dois componentes e todos trabalharam o mesmo conteúdo e o mesmo tipo de jogo. Na confecção do jogo os alunos utilizaram cartolinas, tesoura e pincel atômico.
O conteúdo trabalhado foi ligações químicas - ligação covalente ou molecular e o jogo foi o baralho (biriba) constituído de 52 cartas, cada carta contendo o símbolo do elemento químico e um número que corresponde ao número de ligações que ele poderá fazer.
As datas para a realização da atividade foram 16, 17 e 18 de novembro do ano de 2005, com carga horária de 3 horas.
A avaliação foi através da observação e teve como objetivos verificar a produção do aluno: participação e interesse; visualizar o que o aluno aprendeu na teoria através do jogo; verificar se o aluno foi capaz de resolver problemas com base na aplicação dos conceitos.

Resultados e Discussão
Os alunos demonstraram interesse e foram participativos diante a atividade proposta. No início do jogo alguns alunos apresentaram resistência, mas após observar os colegas envolvidos na atividade, também começaram a participar. Observou-se que os alunos conseguiram compreender e simular as ligações químicas realizadas entre os elementos mais simples da tabela periódica.
A escola não possui muitos recursos e laboratório de ciências para que o aprendizado possa ser significativo, portanto o jogo (lúdico) foi uma estratégia para fornecer novos mecanismos para o aprendizado do conteúdo programado e que obteve resultado satisfatório.

Conclusões
Acredito que esta atividade, utilizando o lúdico no ensino de Ciências, tornou a aula mais agradável e dinâmica, motivando os alunos a participarem ativamente da construção do próprio conhecimento, trazendo mudanças significativas aos alunos, pois os mesmos expressam sentimentos e emoções, são capazes de resolver conflitos, aprendem sobre normas, regras e estruturam valores.
Pude observar que o jogo foi uma opção a mais na prática pedagógica e facilitou o trabalho em grupo, promoveu estímulo ao estudo e despertou a curiosidade bem como a aprendizagem dos conteúdos se deu de forma mais prazerosa.
_________________________________
1 SOUZA, S.F. e ALVES, M.C. Texto apostilado apresentado no mini-curso A importância do lúdico no ensino de ciências – XIV ECODEQ – UFMT – Cuiabá – 2005.
2 MENEZES, E. T. e SANTOS, T. H. “Lúdici” (verbete). Dicionário interativo da Educação Brasileira – EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora,

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS


 BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS Cap. 1  PLT

                                                Março/2015

O Conceito de Ciência
“A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza”.
Conhecimento racional, isto é, que tem exigências de método e está constituído por uma série de elementos básicos, tais como sistema conceitual, hipóteses, definições; diferencia-se das sensações ou imagens que se refletem em um estado de ânimo, como o conhecimento poético, e da compreensão imediata, sem que se busquem os fundamentos, como é o caso do conhecimento intuitivo.

Certo ou provável, já que não se pode atribuir à ciência a certeza indiscutível de todo saber que a compõe. Ao lado dos conhecimentos certos, é grande a quantidade de prováveis. Antes de tudo, toda lei indutiva é meramente provável, por mais elevada que seja sua probabilidade.
Obtidos metodicamente, pois não se os adquire ao acaso ou na vida cotidiana, mas mediante regras lógicas e procedimentos técnicos.
Sistematizados, isto é, não se trata de conhecimentos dispersos e desconexos, mas de um saber ordenado logicamente, constituindo um sistema de ideias (teoria).
Verificáveis, pelo fato de que as afirmações, que não podem ser comprovadas ou que não passam pelo exame da experiência, não fazem parte do âmbito da ciência, que necessita, para incorporá-las, de afirmações comprovadas pela observação.

Relativos a objetos de uma mesma natureza, ou seja, objetos pertencentes a determinada realidade, que guardam entre si certos caracteres de homogeneidade.
O que impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou fenômenos (CURIOSIDADE), captadas pela percepção sensorial e analisadas de forma superficial, subjetiva e crítica pelo senso comum. O homem quer ir além dessa forma de ver a realidade imediatamente percebida e descobrir os princípios explicativos que servem de base para a compreensão da organização, classificação e ordenação da natureza em que está inserido. Através desses princípios, a realidade passa a ser percebida pelos olhos da ciência não de uma forma desordenada, esfacelada, fragmentada, como ocorre na visão subjetiva e a crítica do senso comum, mas sob o enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e proporciona a compreensão do tipo de relação que
se estabelece entre os fatos, coisas e fenômenos, unificando a visão de mundo.

                              MÉTODO CIENTÍFICO:






HISTÓRICO:

Relativamente recente na escola fundamental;
•Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição na lousa;
•Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, ministravam-se aulas de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial. Essa lei estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas as séries ginasiais, mas apenas a partir de 1971, com a Lei nº 5.692, Ciências passou a ter caráter obrigatório nas oito séries do antigo primeiro grau.
•Cenário: Ensino Tradicional – Transmissão de conteúdos (CIÊNCIA COMO PRODUTO)

Professores: transmissão de conhecimentos acumulados pela humanidade, por meio de aulas expositivas;
•Alunos: mera reprodução das informações;
•Verdade científica (Livros): tida como inquestionável;
•Qualidade = Muita Quantidade de Conteúdos (TEORIA); Não sobra tempo para a PRÁTICA.
•Principal recurso de estudo e avaliação era o questionário = Respostas idênticas às do Professor.
•Era necessária uma Renovação...

1960: chegada ao Brasil das teorias cognitivistas, que consideravam o conhecimento como sendo um produto da interação do homem com seu mundo e enfatizavam os processos mentais dos estudantes durante a aprendizagem. No entanto, somente no início dos anos 1980 é que essas teorias passaram a influenciar significativamente o ensino de ciências. As teorias de Bruner, Vygotsky e o construtivismo interacionista de Piaget valorizavam a aprendizagem pela descoberta; o desenvolvimento de habilidades cognitivas; sugeriam que os estudantes deveriam lidar diretamente com materiais e realizar experiências para aprender de modo significativo e que o professor não deveria ser um transmissor de informações, mas orientador do ensino e da aprendizagem.

•A partir de 1964, as propostas educativas para o ensino de ciências sofreram grande influência de projetos de renovação curricular desenvolvidos nos Estados Unidos e na Inglaterra: materiais mal adaptados. Ex: sugeria que os estudantes levassemum pouco de nevepara a sala de aula para a realização de determinadas atividades experimentais.
•Industrialização Brasileira e desenvolvimento científico e tecnológico: Temática chega à Escola e torna-se relevante: Mudanças curriculares, substituição dos métodos expositivos (aprender-fazendo), capacitação dos professores. 

•Nesse contexto, surgiu a escola tecnicista (importância do laboratório) na qual a apropriação do saber identificava-se com o poder e os sujeitos deveriam ser conduzidos como máquinas para que produzissem mais e melhor, tendo em vista garantir uma maior lucratividade para os donos das organizações.
•Década de 1980 e 1990: Surge a tendência Ciência, Tecnologia e Sociedade, levando às discussões sobre as relações entre educação e sociedade, identificando-se a necessidade de um ensino que integrasse os diferentes conteúdos, com um caráter também interdisciplinar (utilização de materiais simples e fatos do cotidiano)

•Ciência + Tecnologia = Desenvolvimento
•Especialmente a partir dos anos 80, o ensino das Ciências Naturais se aproxima das Ciências Humanas e Sociais, reforçando a percepção da Ciência como construção humana, e não como verdade natural, e nova importância é atribuída à História e à Filosofia da Ciência no processo educacional.
•Atualmente, o movimento educação científico-tecnológica para e a ideia de alfabetização científica para todos pressupõem a formação de cidadãos capazes de fazer opções de modo consciente, bem como a existência de amplas relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o meio ambiente.

Ciência: esperança para a solução dos problemas da humanidade e, paradoxalmente, problemas sociais e ambientais provocados pela atividade científica e tecnológica.
A construção de um ensino de ciências de qualidade pressupõe urgentemente romper com o modelo de formação docente que prevalece na maior parte das universidades brasileiras, no qual são ensinados os produtos da ciência e oferecidas possibilidades didáticas para o ensino dos mesmos nas escolas. Na formação do professor de ciências defende-se a articulação entre teoria e prática pedagógica, pesquisa e ensino, reflexão e ação didática. No entanto, a separação explícita entre ensino e pesquisa nas universidades e a valorização da pesquisa em detrimento das atividades de ensino ainda trazem enormes prejuízos a essa formação.




   Sai...




                    Entra...







As atividades práticas 
passaram a representar 
importante elemento para a 
compreensão ativa de 
conceitos.
O objetivo fundamental do 
ensino de Ciências Naturais 
passou a ser dar condições
para o aluno vivenciar o que se 
denominava método científico, 
   CIÊNCIA COMO                                           ou seja, a partir de 
              PROCESSO                                         observações, levantar 
                                                                            hipóteses, testá-las, refutá-las e 
                                                                            abandoná-las quando fosse o 
    caso, trabalhando de forma a 
    redescobrir conhecimentos

•Criou-se a ideia no professorado de que somente com laboratórios é possível alguma modificação no ensino de Ciências;
•O que mudou hoje?
•A experimentação, sem uma atitude investigativa mais ampla, não garante a aprendizagem dos conhecimentos científicos.
•A industrialização acelerada ignorou os custos sociais e ambientais desse desenvolvimento. Surgem problemas sociais e ambientais em todo o mundo.
•Os problemas relativos ao meio ambiente e à saúde começaram a ter presença nos currículos de Ciências Naturais, mesmo que abordados em diferentes níveis de profundidade.


Progresso Científico e Tecnológico = Problemas Sociais e Ambientais: equidade na distribuição dos custos ambientais provocados pelas inovações tecnológicas; ao uso inapropriado de determinadas descobertas científicas; às implicações éticas e à aceitação dos riscos de determinadas tecnologias; às mudanças provocadas no meio ambiente pelo exercício do poder e pela força do capital; “Um novo contrato social faz-se necessário, tendo em vista a construção de uma ciência socialmente comprometida com as reais necessidades da maioria da população brasileira e não limitada a acumular conhecimentos e avançar sem importar em que direção.”
                                          Educação Científica torna-se necessária


•Os estudantes possuíam ideias, muitas vezes bastante elaboradas, sobre os fenômenos naturais, tecnológicos e outros, e suas relações com os conceitos científicos. Essas ideias são independentes do ensino formal da escola, pois são construídas ativamente pelos estudantes em seu meio social. Esses conhecimentos dos estudantes, que anteriormente não eram levados em conta no contexto escolar, passaram a ser objeto de particular atenção e recomendações.
•Produção Científica: Afastada das escolas Somente nas Universidades: “Segredo Guardado”.
 •As pesquisas acerca do processo de ensino e aprendizagem levaram a várias propostas metodológicas, diversas delas reunidas sob a denominação de construtivismo. Pressupõem que o aprendizado se dá pela interação professor/estudantes/conhecimento, ao se estabelecer um diálogo entre as ideias prévias dos estudantes e a visão científica atual, com a mediação do professor, entendendo que o estudante reelabora sua percepção anterior de mundo ao entrar em contato com a visão trazida pelo conhecimento científico.
•Ciência deve ser apreendida em suas relações com a Tecnologia e com as demais questões sociais e ambientais;
•Na maior parte das salas de aula, na realidade, persistem velhas práticas...




VÍDEO: Ensino de Ciências história e situação atual

A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO NA ESCOLA

OBJETIVO DO ESTUDO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAS:

Os objetivos de Ciências Naturais no Ensino Fundamental pretendem que os alunos desenvolvam habilidades necessárias para entenderem a dinâmica da natureza, do mundo e possam atuar como cidadãos, utilizando os recursos tecnológicos e científicos para a construção de uma sociedade menos injusta e desigual. (CT&S)



 Pesquisa Científica           

                X
Prática do ensino de
  Ciências nas salas
            de aula

   REALIDADE UM
  TANTO QUANTO
       DISTANTE!


O gosto pela observação, pela investigação e pela pesquisa científica deve começar a ser cultivada desde cedo na escola, dentro da sala de aula. O berço de grandes cientistas deve ser a sala de aula! O professor deve promover a alfabetização científica”.



                     
                                       Deve-se propiciar ao aluno o contato com a pesquisa, colocando-o                     como participante, como
argumentador e como descobridor que “segue os     caminhos do conhecimento” sem perder sua curiosidade e pondo em ação inteligência e      imaginação.
O mundo atual reverencia a Ciência, valoriza suas descobertas e depende delas para progredir em diferentes campos!   

Senso Comum
(“achismos”)
X
Conhecimento Científico
(“certezas” e “evidências”)
Posição construtivista: o conhecimento não é diretamente transmitido, mas construído ativamente pelo aprendiz – Atividades práticas.

Conhecimento científico: conhecimento público, é construído e comunicado através da cultura e das instituições sociais da ciência.

   O Conhecimento Científico não deve ser apenas ser  

 “transmitido” nem tampouco “forçado”, mas sim 
estimulado nos alunos através de desafios na 
pesquisa, já tomando cuidado de inserir a questão
ÉTICA na pesquisa.
Só assim novos conhecimentos serão gerados.
 A chave para abrir a imaginação está nas mãos do 
professor!

Toda aprendizagem provém de um impulso, de uma 
deliberação de aprender, de uma energia que orienta o 
aprendiz e o leva a relacionar-se com
objetos, representações, ideias, eventos, regularidades.



                                                             O que ensinar em Ciências?
O Conteúdo se esgota e é imutável?
                                             Qual a relação do desenvolvimento tecnológico 
                                      com o estudo de ciências e a construção do conhecimento
                                                                          científico?   



Como a mediação do professor pode “construir” esse conhecimento científico?

Como o professor pode instigar a curiosidade e a capacidade de argumentação e questionamento frente aos fenômenos da natureza?

O estímulo passa a existir a partir do momento em que o educando liga o que já sabe com aquilo que vê que pode alcançar, mas que ainda não está sob o seu domínio.

A Didática das Ciências expressa intrinsecamente 
uma relação entre teoria e prática.

CONCLUSÕES:





“O processo da aprendizagem não se confunde com o
da produção científica mas que deve antecedê-lo
necessariamente”.




           

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