Refrigeração de gabinetes
Podemos dizer que o gabinete é a
casa do nosso computador, afinal, todos os demais componentes "moram"
nele. Esses componentes por sua vez, geram calor durante o funcionamento,
fazendo assim com que todo ambiente da "casa" fique bem acima da
temperatura ambiente.
Esse calor prejudica o desempenho
e também a vida útil das peças, por isso, é preciso refrigerar o gabinete para
que tudo funcione perfeitamente e por um longo tempo. Essa refrigeração é feita
com a instalação de coolers ou fans que serão responsáveis por jogar ar frio
pra dentro do gabinete e retirar o ar quente pra fora, simples assim.
Mas, apesar de simples, muitas
pessoas não tomam os devidos cuidados e acabam cometendo erros graves no
planejamento e instalação de fans, o que muitas vezes pode ocasionar o aumento
da temperatura ao invés da redução.
Direção do fluxo de ar
O
primeiro e mais básico conceito a ser entendido é a direção do fluxo de ar em
um gabinete. Para que um sistema de ventilação seja realmente eficiente, você
deve observar o fluxo conforme mostrado na imagem a seguir:
Note que as setas em azul indicam
os locais por onde deve entrar ar frio (de fora para dentro), enquanto as setas
em vermelho indicam a posição dos exaustores, ou seja, aqueles que irão tirar o
ar quente (de dentro para fora) do gabinete.
Esse direcionamento não acontece
por acaso, uma vez que a tendência do ar quente é sempre subir a instalação de
exaustores na parte superior é a melhor estratégia. Por outro lado, os
ventiladores frontais e no piso do gabinete sempre estarão captando ar frio
externo para jogar nos componentes.
Ventilador X Exaustor
Você deve saber que um fan pode
ser instalado de ambos os lados, podendo assim funcionar como ventilador ou
como exaustor. Caso você não saiba, segue uma rápida explicação:
O fluxo de ar de um fan sempre é
de frente para trás, por isso identificar esses lados é fundamental. Veja a
figura a seguir:
A parte da frente de um fan
sempre é onde você tem a visão das hélices livre de qualquer parte plástica ou
fio, já a parte de trás é onde há os suportes plásticos que fixam o motor de
rotação e também o fio de ligação do fan. Outra característica que ajuda a diferenciar
os lados é que na frente há (quase) sempre um adesivo com a marca do fan e na
parte de trás há indicações adicionais como tensão e corrente, por exemplo.
Sabendo disso, na hora de
instalar um fan no seu gabinete, basta direcionar a parte de trás dele para o
lado que deve ser o fluxo de ar, ou seja, para instalar um exaustor a parte de
trás deve ficar direcionada para fora do gabinete, enquanto para instalar um
ventilador deve ser o contrário.
Volume de ar
O volume de ar dentro de um
gabinete deve seguir uma equivalência entre entrada e saída, ou seja, nunca
deve entrar mais ar do que sair. Na verdade aqui aplica-se o contrário: é mais
importante tirar o ar quente do interior do gabinete do que jogar mais ar pra
dentro.
Isso acontece pois se mais ar for
jogado pra dentro, ele irá aquecer e transformar o ambiente interno em uma
verdadeira estufa, já que não há pra onde fugir. Pensando nisso, a ordem de
instalação SEMPRE deve seguir o seguinte conceito:
- O primeiro fan deve ser exaustor.
- O segundo deve ser ventilador.
- O terceiro exaustor
- O quarto ventilador e assim por diante.
Mas esse conceito é quebrado
quando o fluxo de ar gerado por um fan é diferente do outro. Cada fan tem um
fluxo de ar que é medido em CFM (pés cúbicos por minuto - medidas americanas),
e é justamente aqui que mora o segredo de tudo.
Se todos os fans que você comprou
tem o mesmo fluxo de ar, a regra acima pode ser seguida sem medo, mas caso
sejam diferentes é preciso um pouco de matemática para chegar a uma conclusão.
Para estes casos, deve-se somar
os CFM de todos os ventiladores e também de todos os exaustores. O resultado da
soma dos ventiladores SEMPRE deverá ser igual ou menor que a soma dos
exaustores. Mas, como eu falei anteriormente que é melhor tirar o ar quente do que
jogar mais ar pra ser aquecido, procure sempre manter a ventilação de 20 a 50
CFM menor que a exaustão, assim você terá um resultado melhor.
Organização dos cabos
Falamos muito sobre o ar que deve
circular no interior de um gabinete, mas pense comigo: como o ar terá liberdade
para circular se seu gabinete estiver uma verdadeira bagunça com cabos pra todo
lado? Aí é que entra o que os gringos chamam de "cable management" ou
simplesmente organização dos cabos.
Essa tarefa é crucial para ter
uma boa performance térmica no gabinete, pode até parecer bobagem, mas cabos
bem organizados podem ajudar na redução de alguns graus na temperatura. Além da
eficiência térmica, o PC fica muito mais bonito com tudo em ordem,
principalmente se o gabinete tiver laterais de acrílico transparente.
O local
onde o gabinete fica
Já cansei de ver gente lotar o
gabinete de fans e simplesmente esconder ele dentro de uma escrivaninha
apertada, fala sério. Se o segredo de tudo está na ventilação, obviamente que
precisa haver espaço para que o ar circule na parte externa do gabinete,
podendo assim ser captado pelos ventiladores para ser jogado pra dentro.
Procure manter o gabinete
afastado no mínimo 10 centímetros da parede, tanto na lateral, traseira e teto.
Evite cobrir o gabinete com capas quando estiver com seu computador ligado.
Outro detalhe interessante é
evitar manter seu gabinete próximo a paredes que recebem luz do sol diretamente
(na parte externa), pois a parede fará a temperatura do ambiente aumentar,
principalmente próximo a ela.
Dicas extras
- Ao comprar um gabinete, prefira modelos que
tenham algumas grades vazadas para auxiliar na passagem de ar.
- Preste atenção na quantidade e no tamanho dos
espaços para instalação de fans disponíveis no gabinete.
- Gabinetes com espaço para instalação da fonte
no piso tem eficiência térmica melhor.
- Procure usar filtros nos ventiladores para
evitar a entrada de poeira.
- Prefira fans maiores, eles tem fluxo de ar
maior e fazem menos barulho.
- Sempre que possível, opte por uma fonte
modular, assim os cabos que não serão usados podem ser removidos.
- Use um controlador de fans para otimizar a
ventilação ou reduzir o ruido conforme a necessidade.
O que foi apresentado até aqui
segue uma lógica que geralmente funciona, porém, devido a grande variedade de
gabinetes e fans disponível no mercado, fazer alguns testes nunca é demais.
Conectores da fonte
Uma das peças de
maior importância em um computador é a fonte de alimentação. Ela é a
responsável por converter a corrente alternada (AC), que chega à sua casa, em
corrente contínua (DC), permitindo assim o perfeito funcionamento do seu PC.
Se você já abriu o
seu computador, certamente deve ter localizado uma caixa grande, posicionada em
um dos cantos do gabinete. A partir dela saem diversos cabos com conectores
diferentes, cada um com a função específica de levar essa corrente contínua a
uma nova peça.
6 pinos PCI Express
Floppy drive
20 + 4 ATX
O conector 20 + 4
ATX conta com 24 pinos, podendo ser divididos em dois (20 + 4) ou dispostos em
uma peça única. Os sistemas antigos contavam com apenas 20 pinos, de forma que
nos PCs mais novos as peças inteiras com 24 pinos são mais comuns. Ele é
responsável por levar energia à placa-mãe.
4 + 4 EPS12V
As ATX 2.0 contam
com um conector de 8 pinos, enquanto as ATX 1.3 e inferiores dispõem de um
conector de 4 pinos. Na maioria dos casos, os 8 pinos são divididos em dois conectores,
de forma a manter a compatibilidade com as versões anteriores.
Os slots PCI
Express 2.0 entregam 75 W, o que não é suficiente para algumas placas de vídeo
funcionarem corretamente. Os conectores de 6 pinos dobram essa capacidade.
Algumas placas de vídeo necessitam de dois deles para obter melhor desempenho.
6+2 PCI Express
Similar aos
conectores 6 pinos PCI Express, o 6 +2 PCI Express consegue levar até 150 W de
energia para as placas de vídeo. Como os dois pinos adicionais são separados,
pode ser usado também em modelos mais antigos.
SATA power
Este conector é o
responsável por levar energia ao disco rígido. Eles podem levar 3,3, 5 ou 12 V
para as suas unidades. Se o fio laranja estiver ausente ou sem funcionamento
(como acontece em alguns cabos de força mais antigos), você ficará limitado.
Molex peripheral
Usado para levar
energia a drives do tipo IDE, este conector de 4 pinos foi padrão durante
muitos anos, mas nas máquinas de hoje já não é mais utilizado.
Você se lembra dos
antigos disquetes? Para que os drives funcionassem, era preciso que um conector
de floppy drive estivesse ligado a um deles. Embora esses dispositivos estejam
completamente defasados, algumas fontes atuais ainda podem ser encontradas com
esse tipo de cabo.
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