quarta-feira, 23 de julho de 2014

ATIVIDADE COLABORATIVA - FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

                                                    FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
                                                         

                                                      
                                                     Atividade colaborativa

                                        
                                     Fundamentos Sociológicos da Educação

                                                           
                                                             Anápolis
                                                                2013




                                      
                                   Sistema Escolar e Educacional Brasileira


                           Educação Escolar do ensino Fundamental e Médio








Escola Estadual Lions Melchior de Araujo – Anápolis-Go                                         Colégio Estadual Professor Faustino – Anápolis-Go
Fonte: Google Imagem                                                                                                                    Fonte: Google Imagem




                                                       Período Escolar 

A Educação é um  direito de todos, mas nem todos tem esse direito, pois ainda existem muitos analfabetos e os que frequentam não possuem um ensino de qualidade.
Antigamente o ensino era tradicional, onde o professor era o detentor do conhecimento.
Na minha época como de alguns colegas do grupo, a nossa educação era tradicional, onde a professora passava a matéria, explicava, depois passava  atividades, questionários, decorávamos tudo, fazíamos as provas e pronto, sem questionamento, sem dialogo. Eram rígidos e as vezes éramos humilhados e não se importavam com nossa vida,  quanto menos nossa aprendizagem.
Apesar de tudo, eu aprendia a matéria e tirava notas boas, diferente de alguns do grupo que não aprendiam nada e ficava por isso mesmo.
                                                          

                                                            Escola Tradicional

Escolas que trabalham com o sistema que privilegia a quantidade de informação, misturando os conteúdos significativos com os de pouco significado para aquele momento. Questionários são usados para reforçar o conteúdo e as avaliações servem apenas para medir a assimilação destes conteúdos.


Escola Tradicional



                                Modelo - Burocrático-disciplinador Website for this image
                      
Em nossa infância, no Ensino Fundamental tivemos vários professores ditatorial, burocrático – disciplinador, na qual não se importava com nossas opiniões, apenas chegavam em sala e despejavam a matéria, as vezes tirava nossas dúvidas as vezes não.
No Ensino Médio o professor fingia que ensinava e os alunos fingiam que aprendiam, mas não mudou muita coisa, prevalecia a opinião do professor.

                                             Fatos Sociais e a Educação

Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros.

Violência e Criminalidade                                                            Desemprego

                                                                                                                      www.suapesquisa.com/religiaosociais/problemas_sociais.htm

Desemprego 
Embora a geração de emprego tenha aumentado nos últimos anos, graças ao crescimento da economia, ainda existem milhões de brasileiros desempregados. A economia tem crescido, mas não o suficiente para gerar os empregos necessários no Brasil.
A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois estes trabalhadores ficam sem a garantia dos direitos trabalhistas.

Violência e Criminalidade
 A violência está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e tvs presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas.
A falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada as injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.

Analfabetismo no Brasil

O Brasil tem atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos e metade deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país, mostrou uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC).


                 Fonte: Google Imagem              


A Educação na Transformação da Sociedade de um País


O que existe atualmente é uma grande carência de integração entre aluno-escola-família, uma necessidade maior de participação da família no processo de apoio à escola, com o objetivo de melhorar o processo de ensino aprendizagem.
Deveria dar mais acesso a informatização para seus alunos, ter profissionais capacitados para auxilio dos estudantes. Pois um cidadão bem informado tende a ter críticas e seus pensamentos próprios.
O país só terá uma mudança significativa por meio da educação, que por sinal é deixada de lado pelos nossos governantes.

                          

                                                                                                               Sitehttp://jorge.carvalho.zip.net.
Segundo Norbert a sociedade se constitui no conjunto das relações entre os indivíduos.
A educação não pode permanecer no nível pessoal, individual, na preparação para o trabalho somente. Por isso é importante focar no desenvolvimento social, no engajamento numa sociedade mais justa, o compromisso do conhecimento pessoal.
A educação precisa que cada aluno se insira na comunidade, desenvolva a sua capacidade de assumir responsabilidades e direitos.


                                                Relações entre Sociedade e Escola

A educação sempre contribuiu para o desenvolvimento da sociedade, a qual busca nas raízes da educação o verdadeiro sentido para sua evolução. Pois, é através desta interação que existem contribuições, porque a sociedade só se torna moderna com a evolução da educação.
A própria sociedade tem seu papel nestas contribuições, porque é com seu respaldo que a educação tem procurado assimilar da melhor maneira possível o que está ao seu redor.
Nós como educadores precisamos inserir nossos alunos nessa comunidade, para desenvolverem a sua capacidade de assumir responsabilidades e direitos.


                                   Processo Civilizador e Mudanças na Sociedade


Processo Civilizador                                                 Mudanças na Sociedade
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                                                          Aprendendo a Aprender


                                         Futuras Educadoras - Fonte: Acervo Pessoal


                                                                Futuras Educadoras

Como educadoras precisamos ter consciência que para darmos um futuro promissor para as nossas crianças, é preciso amá-las e respeitá-las como um ser em desenvolvimento, que precisa de nós, como profissionais que somos, de nosso respeito, carinho e dedicação, ensinando-as a chegar no caminho que tão sonhamos para nós mesmos: Um caminho de perseverança e de vitória.


Referências Bibliográficas

www.suaoesquisa.com/educacaoesporte/escolamoderna.htm.
Site:http://jorge.carvalho.zip.ne.t
BURGUIÈRE, André. “Processo de civilização e processo nacional em Norbert Elias”. In: GARRIGOU, Alain e LACROIX, Bernard. Norbert Elias: a política e a história. São Paulo: Perspectiva, 2001.
www.suapesquisa.com/religiaosociais/problemas_sociais.htm.
desemprego_2.jpgfile:///home/professor/Documentos/violencia.jpg./www.projectsunlight.com.br/
www.pdt-rj.org.br.











domingo, 20 de julho de 2014

O PAPEL DO LIVRO DIDÁTICO



O PAPEL DO LIVRO DIDÁTICO

"O livro didático no Brasil atinge seu propósito quando estabelece uma forte parceria com o professor. Juntos eles podem converter em realidade os mais nobres ideais da Educação", afirma Sérgio Quadros (Fonte: Estado de Minas (MG)


O livro didático é um valioso recurso para o acesso à cultura e o desenvolvimento da Educação. Em muitos lares brasileiros, ele é o primeiro livro, abrindo caminho para o hábito da leitura e o aprendizado. 

Ao longo de dois séculos, quando começaram a ser produzidos no Brasil os primeiros didáticos, os livros passaram por inúmeras transformações, visando acompanhar as novas dinâmicas em sala de aula e contribuir para uma aprendizagem significativa. Tais investimentos refletem o empenho da indústria editorial na incorporação de novas tecnologias, avanços metodológicos, recursos gráficos, diretrizes governamentais e no atendimento à demanda de Educadores por materiais de qualidade e com valores para a cidadania. 

No cenário educacional brasileiro, o livro didático é importante instrumento de apoio ao trabalho do Professor e referência na formação dos mais de 50 milhões de crianças e adolescentes matriculados em Escolas públicas e privados. O Brasil tem um dos programas mais avançados de aquisição de livros Escolares, que assegura a distribuição gratuita de milhões de exemplares à rede pública de Ensino. Percorrer esse caminho, de escala e qualidade, exige da indústria editorial absorver as peculiaridades e necessidades do cotidiano Escolar no processo de concepção do livro, envolvendo o trabalho de uma equipe multidisciplinar de profissionais altamente capacitados e com experiência em sala de aula. 

O processo de elaboração do livro Escolar é mais complexo do que se imagina. Envolve etapas como a do desenvolvimento de um projeto pedagógico-editorial; elaboração dos originais; avaliação, preparação, revisão e edição do texto original; projeto gráfico; pesquisa iconográfica e de referências para ilustrações; produção editorial e produção gráfica. Todas elas conduzidas por especialistas que trabalham para transpor, em linguagem com propósito didático, conteúdos e atividades que levem à apropriação e construção do conhecimento e ao desenvolvimento de habilidades e competências nas diferentes áreas do saber.

A última edição da pesquisa Retratos da leitura no Brasil, divulgada em 2012, o mais abrangente estudo sobre o perfil do leitor do brasileiro realizado pelo Instituto Pró-Livro, também aponta a importância do livro didático para a formação de leitores. É o gênero mais frequentemente lido, exercendo, portanto, um relevante papel na difusão do hábito e do gosto pela leitura. A mesma pesquisa revela também o papel do Professor como incentivador da leitura: ele é apontado como o principal motivador, influenciador de crianças e jovens em idade Escolar. 

As mudanças que acontecem hoje em sala de aula, como o uso de novas tecnologias, revisões nas diretrizes curriculares e expectativas de aprendizagem, impõem desafios constantes à produção do livro Escolar, que acompanha com sucesso as transformações da Educação nacional. O livro didático no Brasil atinge seu propósito quando estabelece uma forte parceria com o Professor. Juntos eles podem converter em realidade os mais nobres ideais da Educação. 


HISTÓRIA

HISTÓRIA


História é a ciência humana básica na formação do aluno, pela possibilidade de fazê-lo compreender a realidade que o cerca e, consequentemente, dotá-lo de espírito crítico, que o capacitará a interpretar essa mesma realidade.
Os estudantes só aprendem a disciplina quando relacionam fatos, confrontam pontos de vista e consultam diversas fontes de pesquisa. Ana Rita Martins

Em todos os tempos, o ensino de História foi permeado por escolhas políticas. No Brasil, após a proclamação da República, em 1889, a construção da identidade do país tornou-se prioridade. As elites tinham de garantir a existência de um estado-nação, escolhendo para ser ensinado aos alunos conteúdos que exaltavam grandes "heróis" nacionais e feitos políticos gloriosos. Desde então, poucas mudanças aconteceram em termos do quê e como ensinar nessa área, e todas foram influenciadas, sobretudo, pelas visões de quem estava no poder. Para desenvolver a postura crítica da turma e dar aulas consistentes, é fundamental que o professor entenda esse processo. História é uma disciplina passível de múltiplas abordagens - que até há pouco tempo não estavam em sala de aula, mas que hoje devem ser vistas com destaque. Por isso, tornou-se premente o trabalho com diversas fontes e o relacionamento do passado com o presente para que se entenda que contra fatos há, sim, argumentos. Tudo depende do olhar que se lança sobre eles.

Antes de a República ser instaurada no Brasil, não se ensinava a disciplina. Os jesuítas, que chegaram em 1549 e fundaram as primeiras escolas, usavam os textos históricos com visões bíblicas somente para ensinar a ler e escrever. Os conteúdos não eram discutidos e existia apenas uma verdade histórica que nunca era contestada (leia sobre alguns mitos pedagógicos no quadro acima). Em 1837, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, História passou a ter presença obrigatória no currículo (leia a linha do tempo no box "O ensino de História no Brasil"). O foco se dava na formação da civilização ocidental e o estudo sobre o Brasil era apenas um de seus apêndices.

Mitos pedagógicos
As metodologias da disciplina levaram à construção de alguns mitos. São eles:

- História é decoreba: A concepção de Educação que está por trás disso é a de que a aprendizagem se dá pela repetição da fala do professor ou do conteúdo do material didático. Grande equívoco.

- Não é preciso memorizar: Em reação contrária à idéia anterior, alguns educadores defenderam que não era preciso decorar nada. Porém saber datas e nomes ajuda a relacionar os fatos. Memorizar significativamente é diferente de decoreba.

- Uma lição de moral: A História nasce como disciplina escolar no Brasil em um contexto de criação da identidade nacional. Daí a ideia de que ela serviria para incutir princípios e valores nacionalistas.

- Um fato depois do outro: Não se sustenta a ideia de que para entender um período é preciso estudar o que veio antes dele. O aluno aprende com base em questões do presente, relacionando ao passado o que lhe é mais próximo.

- Existe apenas uma verdade: De inspiração positivista, esse mito parte da ideia de que os documentos oficiais e os fatos políticos são os fiéis guardadores da realidade. A ideia foi sendo derrubada ao longo do século 20, quando os historiadores, recorrendo a outras fontes documentais, descobriram diferentes interpretações sobre períodos e fatos.

A maioria dos professores daquela escola era formada por membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado no mesmo ano e adepto de uma visão política e romantizada da formação do país. Além de pautar o ensino pela questão da identidade de maneira ufanista, acreditava-se que esse era o momento em que os educadores deveriam formar moral e civicamente as crianças e os jovens - um dos objetivos da disciplina na época e que está ultrapassado teoricamente.

A metodologia utilizada era a tradicional (conheça outros métodos no quadro da página ao lado), que tinha como princípio levar os alunos a saber datas e fatos na ponta da língua. Também houve a influência do historiador prussiano Leopold van Ranke (1795-1886), que via a história como uma sucessão de fatos que não aceitavam interpretação. Segundo ele, pesquisadores e educadores deveriam se manter neutros e se ater a passar os conhecimentos sem discuti-los, usando para isso a exposição cronológica. Na hora de avaliar, provas orais e escritas eram inspiradas nos livros de catequese - com perguntas objetivas e respostas diretas.

O ensino de História no Brasil
1549 - Os jesuítas chegam ao Brasil e fundam as primeiras escolas elementares brasileiras. Os textos históricos bíblicos eram usados apenas com o intuito de ensinar a ler e escrever.
1837 - O Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, inclui a disciplina como obrigatória. Nesse ano também é fundado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que defende uma visão nacionalista.
1870 - Com a diminuição da influência política da Igreja sobre as questões de Estado, os temas que têm como base as idéias bíblicas são abolidos do currículo.
1920 - Escolas abertas por operários anarquistas tentam implantar a ótica das lutas sociais para entender a história. Mas elas são reprimidas e fechadas durante o governo de Arthur Bernardes, alguns anos depois.
1934 - É criado o primeiro curso superior de História, na USP. A academia nasce com uma visão tradicionalista, reforçando a sucessão de fatos como a linha mestra.
1957 - Delgado Carvalho publica a obra Introdução Metodológica aos Estudos Sociais, que serve de base para o processo de esvaziamento da História como disciplina autônoma.
1971 - A História e a Geografia deixam de existir separadamente. No lugar delas é criada a disciplina de Estudos Sociais (empobrecendo os conteúdos escolares) e, ao mesmo tempo, a licenciatura na área.
1976 - O Ministério da Educação determina que, para dar aulas de Estudos Sociais, os professores precisam ser formados na área, fechando-se assim as portas para os graduados em História.
1986 - A Secretaria de Educação do Município de São Paulo propõe o ensino por eixos temáticos. A proposta não é efetivada, mas vira uma referência na elaboração dos PCNs, anos depois.
1997 - Abolição de Estudos Sociais dos currículos escolares. História e Geografia voltam a aparecer separadamente. Especialistas começam a pensar novamente sobre as atuais especificidades de cada uma das disciplinas.
1998 - Com a publicação dos PCNs, são definidos os objetivos da área. Entre eles está o de formar indivíduos de modo que eles se sintam parte da construção do processo histórico.
2003 - O Conselho Nacional da Educação determina que a história e a cultura afro-brasileira sejam abordadas em todas as escolas, o que mostra uma iniciativa oficial para desvincular o ensino da visão eurocêntrica.

Fonte: Ensinar História no século XXI: Em busca do tempo entendido, de Marcos Silva e Selva Guimarães Fonseca


Racionalidade x patriotismo


Essa postura em sala de aula só seria questionada no início do século 20, quando operários anarquistas de São Paulo e Porto Alegre, que lutavam por melhores condições de trabalho, criaram escolas inspiradas na pedagogia do espanhol Francisco Ferrer y Guardia (1849-1909). Nelas, valorizavam-se a racionalidade e o cientificismo e não havia espaço para a exacerbação do patriotismo. A História era explicada por meio das lutas sociais e não pela construção do Estado. Novas fontes de aprendizagem, como visitas a museus e exposições, foram incorporadas com o objetivo de fazer o aluno pensar e não apenas decorar o conteúdo. Além disso, eram abordados temas como a Revolução Francesa antes do estudo sobre a Antiguidade, quebrando assim o paradigma da linearidade. As idéias revolucionárias, no entanto, foram pontuais e de pouca duração. As dez escolas com esse perfil foram fechadas com a pressão do governo de Arthur Bernardes (1875-1955), que sufocou os movimentos trabalhistas.

O cenário ficou ainda mais complicado quando, em 1930, Getúlio Vargas, ferrenho nacionalista, subiu ao poder, ficando nele quase ininterruptamente até 1954. Nesse meio tempo, surgiram os primeiros cursos superiores de História, que nasciam compactuando com a visão tradicionalista. Os estudos de Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotstky (1896-1934), contudo, começaram a ser divulgados, trazendo teorias que influenciariam a Educação no geral, ao considerar as hipóteses prévias das crianças sobre os temas abordados na escola. Sendo assim, as aulas puramente expositivas não funcionariam mais e a idéia de que aprender é decorar começou a mostrar sinais de fragilidade.

A ditadura militar, nos anos 1960, faria com que as propostas mais avançadas demorassem para germinar. Em 1971, as autoridades substituíram História e Geografia por Estudos Sociais nas séries iniciais. Havia o medo de que o potencial político e crítico que o conhecimento mais profundo daquelas áreas poderia trazer pudesse gerar reações revolucionárias. Segundo Circe Maria Fernandes Bittencourt, professora de pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a fusão empobreceu os conteúdos de ambas as disciplinas, pois a ênfase agora estava no civismo.

Metodologias mais comuns
As maneiras de ensinar História que já estiveram ou ainda estão presentes na sala de aula são:

- Tradicional: Inspirada no método francês do século 19.

FOCO Memorizar os fatos em ordem cronológica, tendo como referência a construção dos estados-nação e a importância dos valores morais e cívicos.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO Aulas expositivas, apoio de livros didáticos e estímulo à decoreba de datas, fatos e nomes.

- Anarquista: Surgiu depois da Revolução Francesa e da Comuna de Paris, na Europa, e da proclamação da República, no Brasil. Foi introduzida em algumas escolas brasileiras nos anos 1920.
FOCO Conhecer o movimento histórico pelas lutas sociais, desconstruindo a visão política e romantizada.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO Visitas a museus para fazer pesquisas e estimular a reflexão crítica.

- Moderna: Baseada nas teorias cognitivas de Jean Piaget e Lev Vygotsky e na idéia de que se deve buscar abordagens diversas - sociais, econômicas, políticas e culturais.
FOCO Ensinar os alunos a ter uma visão crítica e a percepção de que não existe uma história verdadeira e única.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO Proposição de eixos temáticos, consultas a diversas fontes e perspectivas para estabelecer a relação entre o passado e o presente.

As mudanças mais significativas, entretanto, começaram a se desenhar com a influência da Psicologia cognitiva, da Antropologia e da Sociologia. Essas duas últimas trouxeram, respectivamente, novos conteúdos e outras visões de fatos históricos - o que influenciaria a metodologia moderna de ensinar História. Além de ampliar o espectro de temas escolares - introduzindo, por exemplo, manifestações culturais locais -- e de procurar diferentes versões, a metodologia moderna também se caracteriza pela ênfase na relação entre passado e presente, pelo rompimento com a linearidade e pela consulta a fontes de diversas naturezas. A partir dos anos 1980, cada vez mais professores foram tomando contato com essa nova forma de trabalhar.

Hoje não se concebe o estudo histórico sem que o professor apresente diferentes abordagens do mesmo tema, fato ou conceito - iniciativa importante para que o aluno perceba que, dependendo da visão e da intenção de quem conta a história, tudo muda. Basta pensar no exemplo de como entender o processo de formação de um bairro: pode-se vê-lo sob a ótica dos trabalhadores da região e das relações estabelecidas pelos modos de produção, dos que estiveram no poder, dos grupos minoritários que habitam o local ou das manifestações culturais, entre outras possibilidades. Durante as aulas, é impossível apresentar todas as maneiras de ver a história, mas é fundamental mostrar que ela não é constituída de uma única vertente (e que, até mesmo dentro de uma delas, pode haver várias interpretações). O professor deve favorecer o acesso a documentos oficiais, reportagens de jornais e revistas e a outras fontes. O contato com essa diversidade leva o estudante a ter uma visão ampla e integrada da história. Além de textos, é recomendável que a turma consulte sites confiáveis, assista a filmes e documentários, visite museus e entreviste os atores que vivenciaram os acontecimentos estudados. Tudo com planejamento e registro para que seja possível fazer uma avaliação minuciosa do processo.

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