sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

MEMÓRIA CACHE

É uma memória construída com circuitos estáticos denominada SRAM (Static Random Access Memory) que são bem mais rápidos que os circuitos utilizados para construir as memórias DRAM, e por este motivo, elas passaram a ser implementadas nos processadores e nas placa-mães para melhorar o desempenho final do micro.
Surgem dois tipos de memória cache: a memória cache L1 (Level 1 - Nível 1) e L2 (Level 2 - Nível 2) , no qual a memória cache L1 está fisicamente dentro do próprio processador e a memória cache L2 está fisicamente na placa-mãe.
A memória cache L1 é controlada por um "controlador de cache" existente no próprio processador e a memória cache L2 é controlada por um "controlador de cache", presente no chipset da placa-mãe.
Os controladores tem como função ler os dados contidos na memória RAM e copiá-los para  a memória cache, sendo assim, quando o processador precisar buscar algum dado, primeiramente ele o buscará na memória cache, o que é bem mais rápido, caso o dado não esteja na memória cache, ele buscará na memória RAM, contudo, isso é bem difícil de ocorrer,
pois 75% das vezes que o processador acessa algum dado, ele está na memória cache, e não na memória principal (RAM), ou seja, ele acessa mais a  memoria cache que a 
memória principal (RAM).

Mas por que surgiu a memória cache?
Como a velocidade dos processadores a partir do processador 80386, ultrapassou a frequência de operações das memórias convencionais, houve a necessidade de utilizar o wait states (estado de espera).
O wait states era utilizado porque a memória RAM ficava muito lenta em relação ao processador, pois o mesmo não conseguia enviar dois dados simultaneamente para serem armazenados na memória RAM, sendo assim, quando o segundo dado for enviado pelo processador para a memória RAM armazenar, ela ainda estava armazenando o primeiro dado, e com isso, ela não estará pronta para receber o segundo dado, fazendo com que o processador fique esperando ela ficar pronta para receber o segundo dado, o que chamamos de wait states (tempo de espera ou estado de espera). Esta espera impede o processador de realizar outras tarefas, e isso afeta diretamente o desempenho final do micro.
É por isso que surge a memória cache, que como dito anteriormente, seus circuitos são mais rápidos do que os das memórias convencionais, por exemplo a memória RAM.
Como o processador constantemente está acessando a memória RAM, ele sempre estará usando o wait states e como sabemos, a utilização constantes de wait states diminui o desempenho final do micro. Isso impede o processador de realizar outras tarefas até que a memória esteja pronta para receber o segundo dado.
Tanto a  memória cache L1 quanto a L2 passou a ser utilizada a partir do processador 486.



"DMA - Direct Memory Access - Acesso Direto a Memória "

Geralmente, o único componente que acessa a memória RAM é o processador.
Sendo assim, qualquer tipo de transferência de dados antes passavam pelo processador, ou seja, ele controlava e monitorava todo fluxo de dados.
Isso aumentava o tempo de resposta que consequentemente afetava o desempenho final do micro.
Para resolver este problema, cria-se então a tecnologia DMA. Esta tecnologia permite que outros dispositivos e/ou componentes acessem a memória RAM diretamente sem depender do processador"o que aumenta o desempenho na transferência de grande quantidade de dados" de acordo com Gabriel Torres (Fundador do clube do Hardware, maior site de Hardware da América Latina).
Como dito anteriormente, apenas o processador tinha acesso direto aos dados na memória RAM, sendo assim, se outro componente precisasse acessar um dado que estava na memória RAM, teria que fazer este acesso por meio do processador, isso deixava o processador mais ocupado.
Com o surgimento do recurso de DMA este problema foi extinto, pois ela deixa o processador mais livre para realizar outras operações, permitindo que o os componentes que utilizam interface IDE ou SATA realizam este acesso direto à memória RAM.
A partir do Windows XP, este recurso já vem ativado pelo próprio sistema operacional, (notamos que a própria Microsoft se preocupa com o desempenho final do micro de seus usuários), porém, nas versões anteriores este procedimento deve ser realizado manualmente.
Quando este recurso não está ativo, a transferência de dados é realizada em modo PIO (Programmed I/O), no qual o processador que faz a transferência de dados entre o HD e a memória RAM.
Concluindo, a tecnologia DMA influenciou diretamente no desempenho final do micro uma vez que o processador fica mais livre, realizando outras operações ao invés de ficar auxiliando outros componentes na transferência de dados com a memória RAM.


CPU

CPU (Central Processing Unit), em português UCP (Unidade Central de Processamento)
Antes de prosseguir com sua função, vale lembrar que a CPU não é a caixa metálica que abrange os componentes. Isso se chama gabinete e é, de forma errônea, comumente confundido com a CPU.
 Como o seu próprio nome diz, cabe ao processador executar uma série de cálculos que resultarão nas ações solicitadas ora pelo usuário, ora pela cadeia de códigos emitidos pelo sistema operacional ou algum outro software. A frequência de operação de uma CPU (Central Processing Unit) ou APU (Accelerated Processing Unit) é o que determinará a velocidade de concretização das tarefas solicitadas. Atualmente, essa frequência está na escala GHz (Gigahertz).
Cada processador é projetado para operar dentro de um intervalo suportável de temperatura. Do contrário, fatalmente ele irá sofrer danos. A solução encontrada para isso foi a adoção de sistemas de refrigeração cada vez mais sofisticados. O mais comum é que o processador esteja vinculado a um dissipador de calor por meio de uma pasta térmica. Em seguida, um cooler (uma espécie de mini ventilador) é introduzido por sobre o dissipador.
O processador pode ser considerado o principal item de um computador porque é a partir dele que se faz a seleção da placa mãe e, por fim, de todos os demais componentes da máquina 
O processador é o responsável por executar todas as tarefas de um computador.

Em comparação com o corpo humano, poderíamos facilmente compará-lo com nosso cérebro. Será o processador o principal responsável pela velocidade de operação da máquina ao executar tarefas, como, por exemplo, abrir algum programa e executá-lo.

Este pequeno gigante além de estar entre os cinco que mais trabalham dentro de um computador ainda se destaca dentre os cinco pelo seu excepcional trabalho.
Este pequenino corre atrás de tudo e todos.
Ele exerce a função principal, pois, em um sistema computacional, entram dados, processam-se dados e saem informações, e quem faz a parte de processamento de dados é o processador, além de controlar todo fluxo de dados e realizar cálculos, isto nada mais é o que chamamos de processamento de dados.
O processador é constituído por circuitos integrados e são programados para exercer uma determinada função, basicamente manipulando e processando dados.
É importante ressaltar que não só o computador possui processador, mas a maioria dos sistemas eletrônicos são microprocessados,  como carros, microondas, players de CD's, etc.
O processador é o componente que mais trabalha dentro do computador, isso faz com que o mesmo superaqueça muito, por isso ele vem acompanhado de um cooler que ajuda na refrigeração dele.
Quando abrimos um programa no computador, o processador busca as instruções necessárias na memória RAM, e basicamente esta é a função da memória RAM, armazenar os dados que estão sendo manipulados e processados pelo processador, isso acontece porque o processador não possui uma capacidade de armazenamento grande  internamente.
O processador foi criado nas décadas de 70 pela Intel, e a partir daí eles passaram a evoluir constantemente.
A cada evolução dos processadores novas tecnologias foram sendo implementadas, e estas novas tecnologias tornaram os microprocessadores cada vez mais rápidos e pequenos.
Em um de nossos artigos falamos sobre a Miniaturização no qual podemos observar que atualmente o foco não é apenas aumentar a qualidade e rapidez, eles estão focados em diminuir o tamanho de tudo para ocupar um menor espaço, tornando-se mais acessível.
Existem alguns fatores que ampliaram a velocidade de processamento, por exemplo a memória CACHE que antes vinha na placa-mãe e hoje encontra-se dentro do próprio processador.
O uso da tecnologia DMA também contribui para a velocidade de processamento, uma vez que o processador fica mais livre.

MEMÓRIA RAM

RAM (Random Acess Memory - Memória de acesso Randômico ou Aleatório)
Ao lado do processador e do disco rígido, a memória RAM (Random Acsess Memory) completa o conjunto dos principais elementos de um computador. A grosso modo, o seu papel se assemelha a de um quadro negro no qual o processador realiza todos os seus cálculos. Em outras palavras, quanto mais extenso for esse “quadro”, mais rapidamente os resultados serão apresentados ao usuário.
Módulos de memória com pouco espaço de armazenamento “obrigam” o processador a se utilizar da chamada memória virtual, que é um tipo de memória temporária e criada a partir do HD. Quando essa atividade acontece de modo contínuo e o HD não possui um tamanho adequado, pode ocorre lentidão. Por esse motivo, não se deve economizar na aquisição dos “pentes” de memória. O recomendável é que ela reúna, ao menos, 2 GB.

O processador processa os dados, porém, é necessário ter um dispositivo que armazena estes dados que estão sendo manipulados temporariamente, esta é a função da memória principal, ou seja, a memória RAM, ou seja, ela armazena os dados que estão sendo manipulados (alterados, executados) pelo processador.
Um problema é que a memória RAM é um dispositivo que armazena dados temporariamente, isto significa que ao desligar o computador estes dados são perdidos.
Isso ocorre pelo motivo da memória RAM ser uma memória "volátil", isto é, armazena os dados com impulsos elétricos, sendo assim, este tipo de memória depende da eletricidade  (energia) para armazenar.
Para resolver este problema, surgem as memórias auxiliares, também chamadas de secundárias que são aquelas "não voláteis", ou seja, não dependem de energia para armazenar, pois conseguem armazenar dados permanentemente.
Resumindo: O processador armazena um dado e depois acessa ele na memória RAM, para processar e depois, armazena estas informações em uma memória auxiliar, por exemplo no disco rígido (Hard Disk -HD).
Então a função da memória RAM é apenas carregar e armazenar os dados que estão/serão manipulados temporariamente.
Por que o processador não busca os dados diretamente no HD?
Porque o HD é uma memória muito lenta, sendo assim, gastaria maior tempo nas respostas, e o processador ficaria muito ocioso, por isso, antes ele armazena estes dados na memória RAM para depois acessá-los, pois a memória principal é bem mais rápida.
Concluindo: "Os módulos de memória, também conhecidos como "pentes de memória", são os responsáveis pelo armazenamento dos dados e instruções que o processador precisa para executar suas tarefas. Esses dados são fornecidos pelo usuário e/ou tirados do HD (Hard Disk- Disco Rígido) e existem vários tipos de memórias (DIM, SIMM, DDR)."

Explicando de uma outra forma, ela busca os dados no HD e carrega (armazena) estes dados que são solicitados pelo processador.


HARD DISK(DISCO RÍGIDO)

Hard Disk (Disco rígido)

Popularmente conhecido como “HD”, o hard disk tem um único e exclusivo papel que é armazenar todos os arquivos e informações necessárias para o funcionamento do seu computador, como, por exemplo, o sistema operacional, programas, jogos, músicas, vídeos, entre vários outros. Comparando com um celular, o HD seria a memória interna e quanto maior o espaço, melhor.
O disco rígido é um componente de armazenamento permanente, isto é, os dados não são apagados quando o computador é desligado, os dados são apagados manualmente pelo usuário, sendo assim uma memória de massa.
Também era conhecido como "Winchester", porém, esta é uma denominação antiga, hoje é mais conhecido por HD ou em português, disco Rígido.
É também considerado uma memória auxiliar ou secundária, pois armazena os dados  que já foram manipulados pelo processador de forma permanentemente já que a memória RAM não faz isso.
O HD está localizado dentro do Gabinete do computador, pode ser IDE, SATA ou SCSI, sendo este último mais utilizado em servidores.
Muitas pessoas que não possui um devido conhecimento sobre o mesmo, costumam  confundi-lo com a Memória RAM, apesar do HD ser uma memória também, porém quando as pessoas falam de "memória cheia" elas se referem à memória RAM, o que é errado.
Existem HDs com capacidade de armazenamento de 40 GB, 80 GB, 160 GB, 360 GB, 500 GB, e atualmente, 1 TB.
Assim como todos os periféricos, o HD é também muito sensível ao superaquecimento, o que pode resultar na queima do mesmo ou outras danificações, com isso, cabe a nós verificar se no Gabinete tem uma boa ventilação, caso contrário pode atrapalhar no desempenho do computador e causar danos aos componentes.

É nele que todas as informações, relevantes ou não, são armazenadas. Os dados permanecem aguardados no HD por um período indeterminado ou até que sejam deletados ou ainda, na pior das hipóteses, corrompidos por algum malware. Quanto maior o seu espaço de armazenamento, melhor será para o desempenho do PC.
Hoje em dia existem discos rígidos de 1TB (Terabyte), equivalente a 1.024 GB (Gigabyte). Mas, o HD possui um concorrente: o SSD (Solid-State Drive). Diferentemente do drive anterior, o SSD se mostra extremamente silencioso, além de ser mais rápido em comparação com primeiro. Devido a uma estrutura interna totalmente diversa do HD, o SSD também é altamente resistente e não apresenta avarias após uma queda, evento que seria mais do que suficiente para um HD ser inutilizado.



DISCOS RÍGIDOS

Quais as diferenças entre IDE, SATA e SATA II?
Se você fizer uma pesquisa por modelos de Discos Rígidos, certamente vai encontrar os termos IDE, IDE/ATA, SATA e SATA2. De uma forma geral, já é de conhecimento comum que isso tem alguma coisa a ver com velocidade, mas nem todos sabem exatamente o que significam. Estas siglas resumem-se a nomes de padrões para interfaces de controladores, que são responsáveis pelos dispositivos de armazenamento de dados do computador.

Nas Interfaces antigas a controladora (que em termos simples é uma espécie de padrão que faz a ligação e transferência de dados entre os dispositivos de armazenamento no computador) fazia parte da interface e não do próprio HD como é atualmente. 
Padrão IDE


O IDE, do inglês Integrated Drive Electronics, foi o primeiro padrão que integrou a controladora com o Disco Rígido. Os primeiros HDs com interface IDE foram lançados por volta de 1986 e na época isto já foi uma grande inovação porque os cabos utilizados já eram menores e havia menos problema de sincronismo, o que deixava os processos mais rápidos.
Inicialmente, não havia uma definição de padrão e os primeiros dispositivos IDE apresentavam problemas de compatibilidade entre os fabricantes. O ANSI (American National Standards Institute), em 1990, aplicou as devidas correções para padronização e foi criado o padrão ATA (Advanced Technology Attachment). Porém com o nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu, embora algumas vezes fosse chamado de IDE/ATA.
As primeiras placas tinham apenas uma porta IDE e uma FDD (do drive de disquete) e mais tarde passaram a ter ao menos duas (primária e secundária). Cada uma delas permite a instalação de dois drives, ou seja que podemos instalar até quatro Discos Rígidos ou CD/DVD-ROMs na mesma placa. Para diferenciar os drives instalados na mesma porta, existe um “jumper” para configurá-los como master (mestre) ou slave.
Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de Discos Rígidos e é por isso que há um tempo atrás os computadores ofereciam como diferencial os famosos "kits multimídia", que eram compostos por uma placa de som, CD-ROM, caixinhas e microfone. O protocolo ATAPI (AT Attachment Packet Interface) foi criado para fazer a integração deste tipo de drive com o IDE, de forma que se tornou rapidamente o padrão.


CARACTERÍSTICAS DE HD´S IDE
 IDE (Integrated Drive Electronics) é uma interface que foi criada para conectar dispositivos ao computador. Foi desenvolvida pela Western Digital e pela Compaq em 1986, inicialmente foi muito usada em discos rígidos, a ponto de hoje em dia as pessoas acharem que IDE é uma característica dos discos rígidos. .
Dentre outras características, uma bastante interessante é que seu padrão não exige que um controlador externo esteja atuando, por exemplo no disco rígido. Uma parte do próprio disco rígido é usado no seu controle e dessa forma é poupado desenvolvimento eletrônico.
A interface IDE usa as interrupções de 13 a 16 da BIOS (sistema básico de entrada e saída) para conseguir o interfaceamento entre dispositivo e sistema operacional. 

Um controlador ou adaptador de disco rígido IDE basicamente conecta diretamente o barramento ISA ao cabo de 40 pinos padrão IDE. Um máximo de dois discos rígidos (um master e outro slave) podem ser conectados a um mesmo controlador.
As taxas de transferência de dados variam de 1 a 3 Mbytes/s e são normalmente limitadas pelo barramento ISA (as taxas de transferência de dados nos dispositivos IDE são normalmente valores em torno de 5 Mbits/s sendo assim não são eles os responsáveis por eventuais demoras de transferência).
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No final dos anos 80 a interface IDE foi reconhecida pela ANSI e tomada como padrão, este fato levou a todos os fabricantes de discos rígidos a os fabricarem de acordo com as especificações fazendo com que eles possuíssem um design comum. O nome desta IDE reconhecida ficou como ATA IDE. ATA vem de AT attachment.
Esta é a forma IDE mais popular. Três companhias foram responsáveis pela criação da interface (CDC, Compaq e Western Digital) elas optaram por usar um conector de 40 pinos.
 

SATA
SATA ou Serial ATA, do inglês Serial Advanced Technology Attachment, foi o sucessor do IDE. Os Discos Rígidos que utilizam o padrão SATA transferem os dados em série e não em paralelo como o ATA. Como ele utiliza dois canais separados, um para enviar e outro para receber dados, isto reduz (ou quase elimina) os problemas de sincronização e interferência, permitindo que frequências mais altas sejam usadas nas transferências.
Os cabos possuem apenas sete fios, sendo um par para transmissão e outro para recepção de dados e três fios terra. Por eles serem mais finos, permitem inclusive uma melhor ventilação no gabinete. Um cabo SATA pode ter até um metro de comprimento e cada porta SATA suporta um único dispositivo (diferente do padrão master/slave do IDE).
Existem dois padrões de controladores SATA: o SATA 150 (ou SATA 1.5 Gbit/s ou SATA 1500), o SATA 300 (SATA 3.0 Gbit/s ou SATA 3000) e o SATA 600 (ou SATA 6.0 Gbit/s). Este último é a terceira geração desta tecnologia e foi lançado em Maio de 2009 e são melhor aproveitados por Discos rígidos de Estado Sólido.

E o SATA II?
É chamado de SATA II ou SATA 2, basicamente todos os produtos da segunda geração do SATA (aquela com especificação de 3.0Gbit/s). A diferença entre o SATA e o SATA II é a basicamente a velocidade para transferência de dados.

Pinos X Velocidade
Para uma melhor visualização, organizamos uma tabela com a quantidade de pinos e a velocidade da taxa de transferência de dados destes padrões.


Os computadores são constituídos por uma série de tecnologias que atuam em conjunto. Processadores, memórias, chips gráficos e outros dispositivos evoluem e melhoram a experiência do usuário. Com itens como discos rígidos, leitores de DVD ou Blu-ray e unidades SSD não poderia ser diferente. A interface SATA (Serial Advanced Technology Attachment) é prova disso.
Neste texto você saberá mais a respeito desta tecnologia, como seus diferenciais em relação ao padrão Paralell ATA (ou IDE), as diferenças básicas de suas versões, assim como suas principais características e suas vantagens.

SATA x IDE (PATA)

O padrão SATA (Serial ATA) é uma tecnologia para discos rígidos, unidades ópticas e outros dispositivos de armazenamento de dados que surgiu no mercado no ano 2000 para substituir a tradicional interface PATA (Paralell ATA, somente ATA ou, ainda, IDE).
O nome de ambas as tecnologias já indica a principal diferença entre elas: o PATA faz transferência de dados de forma paralela, ou seja, transmite vários bits por vez, como se estes estivessem lado a lado. No SATA, a transmissão ocorre em série, tal como se cada bit estivesse um atrás do outro.
Por causa disso, você pode imaginar que o PATA é mais rápido, não? Na verdade, não é. A transmissão paralela de dados (geralmente com 16 bits por vez) causa um problema conhecido como "ruído", que nada mais é do que a perda de dados ocasionada por interferências. Para lidar com o problema, os fabricantes implementaram mecanismos nos HDs PATA para diminuir o ruído. Um deles é a recomendação de uso de cabos flat (o cabo que liga o HD à placa-mãe) com 80 vias (ou seja, com oitenta fios) em vez dos tradicionais cabos com 40 vias. As vias a mais atuam como uma espécie de blindagem contra interferências.
No caso do padrão SATA, o ruído praticamente não existe, mesmo porque seu cabo de conexão ao computador geralmente possui apenas 4 vias e também é blindado. Isso acaba trazendo outro ponto de vantagem ao SATA, pois como o cabo tem dimensões reduzidas, o espaço interno do computador é melhor aproveitado, facilitando inclusive a circulação de ar. O cabo também pode ser maior, podendo trabalhar sem problemas tendo 1 metro, por exemplo.
Além disso, a tecnologia SATA trabalha com frequências (clock) maiores em comparação ao PATA. Frequências maiores resultam em mais dados transmitidos por vez, mas abrem mais espaço para ruídos (interferência). Todavia, a transferência serial serve de proteção contra este problema.
O padrão Paralell ATA tem sua velocidade de transmissão de dados limitada por causa do ruído. A
última especificação desta tecnologia é o ATA 133 que permite, no máximo, uma taxa de transferência de 133 MB por segundo. O Serial ATA, por sua vez, pode utilizar velocidades muito maiores.
Há outra característica interessante no padrão SATA: HDs que utilizam esta interface não precisam de jumpers para identificar o disco master (primário) ou slave (secundário). Isso ocorre porque cada dispositivo usa um único canal de transmissão (o PATA permite até dois dispositivos por canal), atrelando sua capacidade total a um único HD.
Para não haver incompatibilidade com dispositivos Paralell ATA, é possível instalar HDs do tipo em interfaces SATA por meio de placas adaptadoras. Além disso, muitos fabricantes lançaram modelos de placas-mãe com ambas as interfaces. Isso ocorreu principalmente durante o período de transição de uma tecnologia para outra. Hoje, é bastante difícil encontrar dispositivos novos com interface PATA.
Outra característica interessante do SATA é a possibilidade de uso da técnica hot-swap, que torna possível a troca de um dispositivo Serial ATA com o computador ligado. Por exemplo, é possível trocar um HD sem ser necessário desligar a máquina para isso. Este recurso é muito útil em servidores que precisam de manutenção/reparos, mas não podem parar de funcionar.
Vale frisar também que é possível encontrar equipamentos do tipo port multiplier que permitem a conexão de mais de um dispositivo em uma única porta SATA, semelhante ao que acontece com os hubs USB.

Versões da interface SATA
SATA I
A primeira versão do SATA trabalha com taxa máxima de transferência de dados de 150 MB por segundo (MB/s). Esta versão recebe também os seguintes nomes: SATA 150SATA 1.0SATA 1,5 Gb/s (1,5 gigabits por segundo) ou, como você já sabe, simplesmente SATA I.
Teoricamente, esta versão do SATA pode trabalhar com taxas de transferência de até 1,5 Gb/s, resultando em um alcance máximo de 192 MB/s (megabytes por segundo). No entanto, a interface utiliza um esquema de codificação de nome 8B/10B que limita esta velocidade a 1,2 Gb/s, algo em torno de 150 MB.
A codificação 8B/10B tem este nome porque cada conjunto de 8 bits é tratado em um pacote de 10 bits. Os dois bits adicionais são utilizados para fins de sincronização, tornando a transmissão de dados mais segura e menos complexa.
A frequência do SATA I é de 1,5 GHz.
SATA II
Não demorou muito para surgir uma versão denominada SATA II (SATA 3 Gb/sSATA 2.0 ou SATA 300) cuja principal característica é a velocidade de transmissão de dados de até 300 MB/s, o dobro do SATA I, não sendo um pouco maior por também utilizar codificação 8B/10B. Este ganho substancial de velocidade se deve principalmente ao clock desta versão, de 3 GHz.
Curiosamente, muitos discos rígidos que utilizam esta especificação podem contar com um jumper que limita a velocidade do dispositivo para 150 MB/s, uma medida aplicada para fazer com que estes HDs funcionem em placas-mãe que suportam apenas o SATA I.
Aqui vale a pena fazer uma observação: a entidade que controla o padrão SATA (formada por um grupo de fabricantes e empresas relacionadas) chama-se, atualmente, SATA-IO (SATA International Organization). O problema é que o nome anterior dessa organização era SATA-II, o que gerava certa confusão com a segunda versão da tecnologia.
Tirando proveito desta situação, muitos fabricantes inseriram selos da SATA-II em seus HDs SATA 1.0 em uma aparente tentativa de confundir os usuários menos atentos, fazendo-os pensar que tais discos eram, na verdade, da segunda geração de HDs SATA. Por isso é necessário olhar com cuidado as especificações técnicas do disco rígido no momento da compra.
Felizmente, poucos modelos de HDs se encaixaram neste contexto. De qualquer forma, esta situação evidencia o fato de que as denominações SATA I, SATA II e, posteriormente, SATA III, nunca foram oficialmente adotadas, apesar de seu uso no mercado ser comum.
SATA III
2009 foi o ano de lançamento do conjunto final de especificações da terceira versão da tecnologia Serial ATA, chamada de SATA III (SATA 6 Gb/sSATA 3.0 ou SATA 600). Este padrão permite, teoricamente, taxas de transferências de até 600 MB por segundo.
O SATA III também utiliza uma versão melhorada da tecnologia NCQ (abordada no próximo tópico), possui melhor gerenciamento de energia e é compatível com conectores de 1,8 polegadas específicos para dispositivos de porte pequeno. O padrão SATA III se mostra especialmente interessante para uso em unidades SSD, que por utilizarem memória do tipo Flash podem alcançar taxas de transferência mais elevadas que os discos rígidos.
A especificação SATA III trabalha com frequência de até 6 GHz, também fazendo uso da codificação 8B/10B.
Vale a pena frisar que, quanto ao aspecto de velocidade, dificilmente os valores mencionados (150 MB, 300 MB e 600 MB) são alcançados. Estas taxas indicam a capacidade máxima de transmissão de dados entre o HD e o computador, mas dificilmente são utilizadas em sua totalidade, já que isso depende de uma combinação de fatores, como conteúdo da memória, processamento, outras tecnologias aplicadas ao disco rígido, etc.
Tecnologias relacionadas ao SATA
Os fabricantes podem adicionar tecnologias em seus produtos para diferenciá-los no mercado ou para atender a uma determinada demanda, o que significa que certos recursos podem não ser, necessariamente, obrigatórios em um disco rígido só por este ser SATA. Vejamos alguns deles:
- NCQ (Native Command Queuing): o NCQ é tido como obrigatório no SATA II e no SATA III, mas era opcional no padrão SATA I. Trata-se de uma tecnologia que permite ao HD organizar as solicitações de gravação ou leitura de dados em uma ordem que faz com que as cabeças se movimentem o mínimo possível, aumentando (pelo menos teoricamente) o desempenho do dispositivo e a sua vida útil;
- Link Power Management: este recurso permite ao HD utilizar menos energia elétrica. Para isso, o disco rígido pode assumir três estados: ativo (active), parcialmente ativo (partial) ou inativo (slumber). Assim, o HD recebe energia de acordo com sua utilização no momento;
- Staggered Spin-Up: este é um recurso muito útil em sistemas RAID, por exemplo, pois permite ativar ou desativar HDs trabalhando em conjunto sem interferir no funcionamento do grupo de discos. Além disso, a tecnologia Staggered Spin-Up também melhora a distribuição de energia entre os discos;
- Hot Plug: em sua essência, esta funcionalidade permite conectar o disco ao computador com o sistema operacional em funcionamento. Este é um recurso muito utilizado em HDs do tipo removível.

Conectores e cabos SATA
Os conectores e cabos utilizados na tecnologia SATA oferecem duas grandes vantagens ao usuário: ocupam menos espaço dentro do computador; e possuem encaixe mais fácil e mais seguro (é praticamente impossível conectar um cabo SATA de maneira invertida). O mesmo vale para o conector de alimentação elétrica do HD (ou de outro dispositivo compatível). A imagem mostra um cabo SATA convencional e seus conectores:

Agora observe a foto. Ela mostra um conector SATA em um HD. Perceba que há também um conector maior, onde deve ser encaixado o cabo de alimentação elétrica. Este conector é mais fácil de ser manipulado que o encaixe de energia dos discos rígidos PATA




A foto mostra os cabos SATA e de alimentação elétrica conectados em um HD

O conector SATA é formado por sete vias:   
  1. Ground (terra)
  2. A+ (envio de dados)
  3. A- (envio de dados)
  4. Ground (terra)
  5. B+ (recepção de dados)
  6. B- (recepção de dados)                                              Conectores SATA em uma Placa-mãe 
  7. Ground (terra)                                          
Os canais A e B servem para o tráfego de dados em si. Os canais com símbolo de negativo (A- e B-) são "replicas invertidas" usadas como proteção contra interferências: na recepção dos dados, os sinais + e - são comparados e, a partir das diferenças, é possível identificar "ruídos" na transmissão. Os demais pinos servem para o aterramento.
Perceba que, como há vias para envio e recebimento de dados, a transmissão em uma conexão SATA ocorre nos dois sentidos, ou seja, trata-se de uma tecnologia full-duplex, onde é possível receber e enviar informações ao mesmo tempo.
mSATA
É possível que você veja a denominação mSATA (mini-SATA) em algum lugar. Não se trata necessariamente de uma especificação nova do SATA, mas sim de um padrão de conexão desenvolvido especialmente para unidades SSD de pequeno porte que pode ser utilizado, por exemplo, em ultrabooks (notebooks com espessura pequena) ou mesmo tablets.
Neste caso, a unidade SSD normalmente é fornecida no formato de uma placa, tendo dimensões semelhantes a de um cartão de crédito. (Unidade SSD mSATA (imagem por Intel)  A ideia aqui é a de amenizar o problema da fragmentação de formatos de conectores, uma vez que cada fabricante adotava um padrão diferente.

eSATA
Entrada eSATA
Proveniente do termo external SATA, o eSATA é um tipo de porta que permite a conexão de dispositivos externos a uma interface SATA do computador. Esta funcionalidade é particularmente interessante aos usuários que desejam aproveitar a compatibilidade de HDs externos com a tecnologia SATA para obter maiores taxas de transferência de dados.

Porta USB de um notebook compatível com eSATA
Muitos fabricantes oferecem placas-mãe e notebooks que contam com uma porta que funciona tanto como eSATA quanto como USB, além, é claro, de uma porta que é apenas eSATA. Para os casos onde não há esta porta, pode-se utilizar adaptadores que são instalados em slots PCI Express, por exemplo.
O eSATA oferece a vantagem de permitir o aproveitamento da velocidade da versão do SATA em uso, por outro lado, não fornece alimentação elétrica, o que significa que somente dispositivos com uma fonte de alimentação externa é que conseguem utilizá-lo.
Uma das soluções encontradas pela indústria para superar esta limitação é o eSATAp, que nada mais é do que um esquema que utiliza uma porta USB compatível com eSATA em conjunto com dois pinos de energia, normalmente de 12 V. Se for necessário o uso de pinos de 5 V, pode-se utilizar o que é já fornecido pela porta USB.

Finalizando
O padrão Serial ATA começou a ser desenvolvido oficialmente no ano de 1997 e surgiu a partir de uma iniciativa da Intel junto a 70 empresas, aproximadamente. A ideia foi formada pela previsão de que tecnologias futuras de armazenamento de dados exigiriam taxas de transferência até então não suportadas. A tecnologia SATA se mostrou como uma solução para esta questão sem, no entanto, ter custos de produção maiores como consequência, um dos fatores que foram determinantes para a sua ampla aceitação no mercado.
A placa-mãe também interfere no desempenho final de um micro, tudo depende da qualidade e dos recursos disponíveis na placa.
Sempre que for montar (instalar) um computador, sempre use o Manual da placa-mãe, ele é essencial neste momento, pois nele estão todas as informações precisas e necessárias para montar uma placa-mãe corretamente, pois cada uma tem sua forma de instalar, principalmente se referindo aos fios de LED, e entrada USB frontal que devem ser instalados manualmente e também auxilia em futuros Upgrades na placa.
Toda vez que comprar um computador exija o Manual de placa-mãe para evitar possíveis problemas futuramente.




IMAGENS