segunda-feira, 30 de maio de 2016

OFICINA DE MATEMÁTICA - CICLO l

[OFICINA DE MATEMÁTICA – CICLO I]



Esta oficina de matemática tem como objetivo apresentar as professoras do Ciclo I, alguns materiais didáticos disponíveis nesta Unidade Educacional assim como conversarmos sobre a oportunidade de seus usos com os alunos, visando maior riqueza que os mesmos nos oferecem no trabalho com os conteúdos desta disciplina.


Sumário


1 - COMO USAR BEM O MATERIAL CONCRETO EM SALA DE AULA

• Planeje seu trabalho. Determine os conteúdos a serem desenvolvidos durante o ano e como eles podem ser aprendidos com o uso de material concreto.

• Utilize o mesmo material para diferentes funções e em diferentes níveis, dependendo do objetivo. É interessante mostrar essa versatilidade aos estudantes.

• Permita que a turma explore bem o material antes de iniciar a atividade - o ideal é que cada aluno tenha o seu. Se isso não for possível, forme duplas.

Depois explique como ele será usado.

• Apresente uma situação-problema significativa para o aluno: ele precisa ter estímulo para resolvê-la.

• Observe as crianças: para perceber o raciocínio de cada uma, ajude-as a pensar sobre o que estão fazendo.

• Para saber se o estudante está de fato aprendendo, peça o registro das atividades realizadas com o material na forma de desenho ou na linguagem matemática.

• A turma fica mais agitada e conversa mais que o normal durante esse tipo de atividade. Interprete essa "bagunça saudável" como um momento de troca.


2 - MATERIAL DOURADO

O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem.
Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão.
Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.

2.1 – QUEM FOI MARIA MONTESSORI

Nos anos iniciais deste século, Maria Montessori dedicou-se à educação de crianças excepcionais, que, graças à sua orientação, rivalizavam nos exames de fim de ano com as crianças normais das escolas públicas de Roma. Esse fato levou Maria Montessori a analisar os métodos de ensino da época e a propor mudanças compatíveis com sua filosofia de educação.
Segundo Maria Montessori, a criança tem necessidade de mover-se com liberdade dentro de certos limites, desenvolvendo sua criatividade no enfrentamento pessoal com experiências e materiais. Um desses materiais era o chamado material das contas que, posteriormente, deu origem ao conhecido Material Dourado Montessori.

2.2 – O MATERIAL DOURADO MONTESSORI

O material Dourado ou Montessori é constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam:



Observe que o cubo é formado por 10 placas, que a placa é formada por 10 barras e a barra é formada por 10 cubinhos. Este material baseia-se em regras do nosso sistema de numeração.



Veja como representamos, com ele, o número 265:



Este material pedagógico, confeccionado em madeira, costuma ser comercializado com o nome de material dourado. Você pode construir um material semelhante, usando cartolina. Os cubinhos são substituídos por quadradinhos de lado igual a 2 cm, por exemplo. As barrinhas são substituídas por retângulos de 2 cm por 20 cm a as placas são substituídas por quadrados de lado igual a 20 cm.


Embora seja possível representar o milhar, vamos evitá-lo trabalhando com números menores.
Damos a seguir sugestões para o uso do Material Dourado Montessori.
As atividades propostas foram testadas e mostraram-se eficazes desde a primeira até a quinta série. Muitas delas foram concebidas pelos grupos de alunos, recomendando-se que os grupos não tenham mais do que 6 alunos.
O professor, com o conhecimento que tem de seus alunos, saberá em que série cada atividade poderá ser aplicada com melhor rendimento. Várias das atividades podem ser aplicadas em mais de uma série, bastando, para isso, pequenas modificações.
Utilizando o material, o professor notará em seus alunos um significativo avanço de aprendizagem. Em pouco tempo, estará enriquecendo nossas sugestões e criando novas atividades adequadas a seus alunos, explorando assim as inúmeras possibilidades deste notável recurso didático.

2.3- SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM MATERIAL DOURADO

2.3.1 - JOGOS LIVRES

Objetivo: tomar contato com o material, de maneira livre, sem regras.
Durante algum tempo, os alunos brincam com o material de forma livre, fazendo construções.
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!

2.3.2 – MONTAGEM

Objetivo: perceber as relações que há entre as peças.
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;

O professor estimula os alunos a obterem conclusões com perguntas como estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar conceitos geométricos, propondo desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?

2.3.3 – DITADO

Objetivo: relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico.
O professor mostra, um de cada vez, cartões com números. As crianças devem mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor quantidade delas.


Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.

2.3.4 – FAZENDO TROCAS

Objetivo: compreender as características do sistema decimal.
- fazer agrupamentos de 10 em 10;
- fazer reagrupamentos;
- fazer trocas;
- estimular o cálculo mental.
Para esta atividade, cada grupo deve ter um dado marcado de 4 a 9.
Cada criança do grupo, na sua vez de jogar, lança o dado e retira para si a quantidade de cubinhos correspondente ao número que sair no dado.
Veja bem: o número que sai no dado dá direito a retirar somente cubinhos.

Toda vez que uma criança juntar 10 cubinhos, ela deve trocar os 10 cubinhos por uma barra. E aí ela tem direito de jogar novamente.
Da mesma maneira, quando tiver 10 barrinhas, pode trocar as 10 barrinhas por uma placa e então jogar novamente.
O jogo termina, por exemplo, quando algum aluno consegue formar duas placas.
O professor então pergunta:
- Quem ganhou o jogo?
- Por quê?
Se houver dúvida, fazer as "destrocas".
O objetivo do jogo das trocas é a compreensão dos agrupamentos de dez em dez (dez unidades formam uma dezena, dez dezenas formam uma centena, etc.),
característicos do sistema decimal.
A compreensão dos agrupamentos na base 10 é muito importante para o real entendimento das técnicas operatórias das operações fundamentais.
O fato de a troca ser premiada com o direito de jogar novamente aumenta a atenção da criança no jogo. Ao mesmo tempo, estimula seu cálculo mental. Ela começa a calcular mentalmente quanto falta para juntar 10, ou seja, quanto falta para que ela consiga fazer uma nova troca.
cada placa será destrocada por 10 barras;
cada barra será destrocada por 10 cubinhos.
Variações:
Pode-se jogar com dois dados e o aluno pega tantos cubinhos quanto for a soma dos números que tirar dos dados.
Pode-se utilizar também uma roleta indicando de 1 a 9.

2.3.5 – PREENCHENDO TABELAS

Objetivo: os mesmos das atividades 5.3 e 5.4
- preencher tabelas respeitando o valor posicional;
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.
As regras são as mesmas da atividade 4. Na apuração, cada criança escreve em uma tabela a quantidade conseguida.


Olhando a tabela, devem responder perguntas como estas:
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
Olhando a tabela à procura do vencedor, a criança compara os números e percebe o valor posicional de cada algarismo.
Por exemplo: na posição das dezenas, o 2 vale 20; na posição das centenas vale 200.
Ao tentar determinar os demais colocados (segundo, terceiro e quarto lugares) a criança começa a ordenar os números.

2.3.6 – PARTINDO DE CUBINHOS

Objetivo: os mesmos da atividade 5.3, 5.4 e 5.5.
Cada criança recebe certo número de cubinhos para trocar por barras e depois por placas.
A seguir deve escrever na tabela os números correspondentes às quantidades de placas, barras e cubinhos obtidos após as trocas.
Esta atividade torna-se interessante na medida em que se aumenta o número de cubinhos.

2.3.7 – VAMOS FAZER UM TREM?

Objetivo: compreender que o sucessor é o que tem "1 a mais" na seqüência numérica.
O professor combina com os alunos:
- Vamos fazer um trem. O primeiro vagão é um cubinho. O vagão seguinte terá um cubinho a mais que o anterior e assim por diante. O último vagão será formado por duas barras.


Quando as crianças terminarem de montar o trem, recebem papeletas nas quais devem escrever o código de cada vagão.
Esta atividade leva à formação da ideia de sucessor. Fica claro para a criança o "mais um", na seqüência dos números. Ela contribui também para a melhor compreensão do valor posicional dos algarismos na escrita dos números.

2.3.8 – UM TREM ESPECIAL

Objetivo: compreender que o antecessor é o que tem "1 a menos" na seqüência numérica.
O professor combina com os alunos:
- Vamos fazer um trem especial. O primeiro vagão é formado por duas barras (desenha as barras na lousa). O vagão seguinte tem um cubo a menos e assim por diante. O último vagão será um cubinho.


Quando as crianças terminam de montar o trem, recebem papeletas nas quais devem escrever o código de cada vagão.
Esta atividade trabalha a ideia de antecessor. Fica claro para a criança o "menos um" na seqüência dos números. Ela contribui também para uma melhor compreensão do valor posicional dos algarismos na escrita dos números.

2.3.9 – JOGO DOS CARTÕES

Objetivos: compreender o mecanismo do "vai um" nas adições; estimular o cálculo mental.
O professor coloca no centro do grupo alguns cartões virados para baixo. Nestes cartões estão escritos números entre 50 e 70.
1º sorteio: Um alunos do grupo sorteia um cartão. Os demais devem pegar as peças correspondentes ao número sorteado.
Em seguida, um representante do grupo vai à lousa e registra em uma tabela os números correspondentes às quantidades de peças.
2º sorteio: Um outro aluno sorteia um segundo cartão. Os demais devem pegar as peças correspondentes a esse segundo número sorteado.
Em seguida, o representante do grupo vai à tabela registrar a nova quantidade.
Nesse ponto, juntam-se as duas quantidades de peças, fazem-se as trocas e novamente completa-se a tabela.
Ela pode ficar assim:


Isto encerra uma rodada e vence o grupo que tiver conseguido maior total.
Depois são feitas mais algumas rodadas e o vencedor do dia é o grupo que mais rodadas venceu.
Os números dos cartões podem ser outros. Por exemplo, números entre 10 e 30, na primeira série; entre 145 e 165, na segunda série.
Depois que os alunos estiverem realizando as trocas e os registros com desenvoltura, o professor pode apresentar a técnica do "vai um" a partir de uma adição como, por exemplo, 15 + 16.
Observe que somar 15 com 16 corresponde a juntar estes conjuntos de peças.



Fazendo as trocas necessárias,





Compare, agora, a operação:
com o material


com os números


Ao aplicar o "vai um", o professor pode concretizar cada passagem do cálculo usando o material ou desenhos do material, como os que mostramos.
O "vai um" também pode indicar a troca de 10 dezenas por uma centena, ou 10 centenas por 1 milhar, etc.
Veja um exemplo:


No exemplo que acabamos de ver, o "vai um" indicou a troca de 10 dezenas por uma centena.
É importante que a criança perceba a relação entre sua ação com o material e os passos efetuados na operação.

2.3.10 – O JOGO DE RETIRAR

Objetivos: compreender o mecanismo do "empresta um" nas subtrações com recurso; estimular o cálculo mental.
Esta atividade pode ser realizada como um jogo de várias rodadas. Em cada rodada, os grupos sorteiam um cartão e uma papeleta. No cartão há um número e eles devem pegar as peças correspondentes a essa quantia. Na papeleta há uma ordem que indica quanto devem tirar da quantidade que têm.

Por exemplo: cartão com número 41 e papeleta com a ordem: TIRE 28.


Vence a rodada o grupo que ficar com as peças que representam o menor número. Vence o jogo o grupo que ganhar mais rodadas.
É importante que, primeiro, a criança faça várias atividades do tipo: "retire um tanto", só com o material. Depois que ela dominar o processo de "destroca", pode-se propor que registre o que acontece no jogo em uma tabela na lousa.
Isto irá proporcionar melhor entendimento do "empresta um" na subtração com recurso. Quando o professor apresentar essa técnica, poderá concretizar os passos do cálculo com auxílio do material ou desenhos do material.
O "empresta um" também pode indicar a "destroca" de uma centena por 10 dezenas ou um milhar por 10 centenas, etc. Veja o jogo seguinte:


2.3.11 – DESTROCA

Objetivos: os mesmos da atividade 10.
Cada grupo de alunos recebe um dado marcado de 4 a 9 e uma placa.
Quando o jogador começa, todos os participantes têm à sua frente uma placa.
Cada criança, na sua vez de jogar, lança o dado e faz as "destrocas" para retirar a quantidade de cubinhos correspondente ao número que sair no dado. Veja bem: esse número dá direito a retirar somente cubinhos.
Na quarta rodada, vence quem ficar com as peças que representam o menor número.
Exemplo: Suponha que um aluno tenha tirado 7 no dado. Primeiro ele troca uma placa por 10 barras e uma barra por 10 cubinhos:


Depois, retira 7 cubinhos:


Salientamos novamente a importância de se proporem várias atividades como essa, utilizando, de início, só o material. Quando o processo de "destroca" estiver dominado, pode-se propor que as crianças façam as subtrações envolvidas também com números.

3 – MATERIAL CUISENAIRE



O Material Cuisenaire tem mais de 50 anos de utilização em todo o mundo.
Foi criado pelo professor belga Georges Cuisenaire Hottelet (1891-1980) depois de ter observado o desespero de um aluno, numa das suas aulas.
Decidiu criar um material que ajudasse no ensino dos conceitos básicos da Matemática tais como: explorar seqüência numérica; frações (o aluno identifica as relações entre a parte e o todo); coordenação motora; memória; análise-síntese;
constância de percepção de forma, tamanho e cores.
Então cortou algumas réguas de madeira em 10 tamanhos diferentes e pintou cada peça de uma cor tendo assim surgido a Escala de Cuisenaire.
Durante 23 anos, Cuisenaire estudou e experimentou o material que criara na aldeia belga de Thuin.
Só 23 anos depois da sua criação (a partir de um encontro com outro professor – o egípcio Caleb Gattegno), é que o seu uso se difundiu com enorme êxito. O egípcio, radicado na Inglaterra, passou a divulgar o trabalho de Cuisenaire – a quem chamava de Senhor Barrinhas.
Levou apenas 13 anos para passar a ser conhecido nas escolas de quase todo o mundo.
Feito originalmente de madeira, o Cuisenaire é constituído por modelos de prismas quadrangulares com alturas múltiplas da do cubo – representante do número 1 – em 10 cores diferentes e 10 alturas proporcionais.


COR
NÚMERO REPRESENTADO
Branco (ou cor de madeira)
1
Vermelho
2
Verde-claro
3
Rosa (ou lilás)
4
Amarelo
5
Verde-escuro
6
Preto
7
Castanho
8
Azul
9
Cor de laranja (ou cor de madeira)
10


3.1- SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM MATERIAL CUISENAIRE

3.1.1 - PINTAR DA COR CORRESPONDENTE AS BARRAS QUE FALTAM PINTAR E RESPONDER:


Pega numa barra de cada cor.
Colocar na mesa essas barras pela ordem de tamanho, da menor até a maior.
• De que cor é a barra menor?
• De que cor é a barra maior?
• De que cor são as barras menores que a amarela?
• Qual a barra imediatamente menor que a amarela?
• Quais são as barras maiores que a preta?
• Qual a barra que é imediatamente maior que a preta?
• Qual a barra que está entre a verde-escuro e a castanha?
• Quais são as barras que estão entre a amarela e a verde-escura?
• Quantas barras brancas são necessárias para formar uma barra do mesmo tamanho que a vermelha?
• Quantas barras brancas são necessárias para formar uma barra do mesmo tamanho que a verde-clara?
• Quantas barras brancas são necessárias para formar uma barra do mesmo tamanho que a cor-de-rosa?
• Quantas barras brancas são necessárias para formar uma barra do mesmo tamanho que a amarela?

3.1.2 - CONSIDERA A BARRA BRANCA COMO UNIDADE DE MEDIDA (A BARRA BRANCA VALE 1).

Quanto vale a barra vermelha?
Quanto vale a barra amarela?
Quanto vale a barra castanha?

3.1.3 – REPRESENTAR NÚMEROS

Construir o número 7 com duas barras.































































































































Sem repetir barras da mesma cor, de quantas maneiras diferentes podes representar o número 9. Representa-as na folha.



















































































































































Forma o número 8, só com barras vermelhas e brancas.
Quantas soluções encontrou? ____________________




















































































































































3.1.4 – COBRIR SUPERFÍCIES

Com o material Cuisenaire cobre a superfície ocupada pela girafa da figura.

3.1.5 - JOGOS DE INICIAÇÃO À ADIÇÃO

Amarela + Verde-clara = Castanha”




3.1.6- INÍCIO DO ESTUDO E COMPARAÇÃO DE “PARTES DE”

A mãe da Joana e do Pedro comprou-lhes dois chocolates iguais num supermercado.
No dia seguinte, ambos repararam que cada chocolate podia dividir-se em dez pedacinhos iguais. Enquanto que o Pedro decidiu comer de manhã sete desses dez pedacinhos, guardando os restantes três para depois do almoço, a Joana decidiu guardar a maior parte do chocolate para essa altura, comendo somente de manhã, três dos dez pedacinhos do seu chocolate.
Que parte do chocolate comeu o Pedro de manhã?


b) Que parte do chocolate comeu a Joana de manhã?

c) Quem comeu mais chocolate nessa parte do dia, o Pedro ou a Joana?


d) A quem sobrou mais chocolate para comer da parte de tarde?


3.1.7 - INICIAÇÃO AO ESTUDO DA PROPRIEDADE COMUTATIVA DA ADIÇÃO

a) Quem comeu mais chocolate no final desse dia?


3.1.8 - INICIAÇÃO AO ESTUDO DAS FRAÇÕES EQUIVALENTES

Numa Segunda-feira, Ricardo tentava explicar ao seu melhor amigo,Rui, um problema que se lhe tinha colocado à hora de almoço do dia anterior, a propósito de um bolo que comeram nesse dia. Então, contava Ricardo:
A minha mãe Irene, ao pegar na faca para partir o bolo disse que iria ser a pessoa que iria comer mais bolo, pois, das doze fatias que o compunham, pretendia comer metade.
O meu pai Artur, interrompeu-a dizendo que seria ele o que iria comer mais, uma vez que pretendia comer a terça parte do bolo.
A minha irmã Mónica, como é muito gulosa disse que ela é que iria comer mais fatias, pois iria comer quatro fatias.
Depois de muito pensar, disse-lhes que seria eu quem comeria mais bolo, pois pretendia comer seis fatias.
Você consegue adivinhar, Rui, quem de nós comeu mais fatias inteiras do bolo?


Analisando o esquema anterior e, tendo em conta o tamanho do bolo, alguma dúvida ainda a haver estaria entre o que a sua mãe comeu e aquilo que você comeu. Por um lado a sua mãe disse que dividia o bolo em duas partes iguais e comia uma delas. Por outro lado, você comia seis das doze fatias. Tenho necessidade de comparar essas duas quantidades:


Posso concluir que se assim fosse ambos teriam comido igual quantidade de bolo, pois seria igual dizer que comiam metade do bolo ou seis das doze fatias desse bolo.


Não acredito é que isso tenha ocorrido, pois o seu pai e a sua irmã não comeriam nada desse bolo! Já agora deixa-me perguntar-te quem pretendia comer mais bolo, o seu pai ou a sua irmã?



Tal como você concluiu antes, também eu posso concluir que, se assim fosse, ambos teriam comido igual quantidade de bolo, pois seria igual dizer que comiam a terça parte do bolo ou quatro das doze fatias desse bolo.


3.1.9 - JOGOS ENVOLVENDO OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

Estando-se discutindo sobre as contribuições que cada membro da família deveria dar para pagar o bolo, o pai referiu que contribuiria para pagar um quarto do bolo e a Mónica pagaria a sexta parte. Se o Ricardo pagasse o dobro da quantia paga pela irmã, que parte do custo do bolo ficaria para a mãe pagar?



4- BIBLIOGRAFIA

Kátia Stocco Smole, tel. (11) 5548-6912, www.mathema.com.br

Aprendendo e Ensinando Geometria, Ivonny Lindquist, 320 págs., Ed. Atual.

Jogando e Construindo Matemática, Maria Verônica Rezende de Azevedo, 142 págs. Ed. VAP.

INTERNET

Nos sites:

www.educlique.com.br/ead

www.revistaescola.abril.com.br

WWW.somatematica.com.br

www.mathema.com.br

domingo, 29 de maio de 2016

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO


FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

  

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO

 

CURSO: PEDAGOGIA

SÉRIE: 7º PERÍODO B NOTURNO

PROFESSORA: NÁDIA MARIA FARIAS VAZ


ALUNA:

ELAINE CRISTINA MARIANO                 

 

ANÁPOLIS-GO

2015

 
 

O Arcabouço da Política Educacional Brasileira

 

Com a posse de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, iniciou-se a Política Educacional, seguindo a cartilha de organismos internacionais, como o Banco Mundial, alterando a LDB em seu curso democrático para incluírem diretrizes impostas por agentes externos.
Reforma Educacional teve amplas ações, porém sem o aumento de recursos financeiros.
A centralização dos recursos em nível federal, no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério(Fundef), possibilitou melhoria nas áreas mais pobres, perdendo padrão educacional em centros maiores.
O presidente apresentou o programa Acorda Brasil: Está na Hora da Escola-Distribuição de verbas diretamente para as escolas;  melhoria da qualidade dos livros didáticos; formação de professores por meio da educação a distância; reforma curricular; avaliação das escolas.
Analistas e pesquisadores educacionais enfrentaram dificuldades  para acompanhar todas as ações, acontecendo em ritmo acelerado.
A ampla e exagerada divulgação de ações gerou convicção de que a educação estava mudando, porém resultados negativos do Sistema de Avaliação Nacional do Ensino Fundamental (Saeb) Minou o otimismo: Falta de vagas para milhares de crianças, não melhoria  dos salários levou os professores à síndrome da desistência. Tudo isso com a crise econômica e o medo do desemprego favoreceu a reeleição do presidente, fazendo com a política educacional tivesse continuidade até 2002.
Nesse ano foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), propõe Uma Escola do Tamanho do Brasil, perspectiva de que  a educação será como prioridade e na transformação da realidade econômica e social do povo brasileiro.

Organização Administrativa, Pedagógica e Curricular do Sistema de Ensino

Artigos 17, 18 e 19 da LDB/96, a educação escolar no Brasil está organizada em três esferas administrativas: União, Estados e Distrito Federal, e municípios. Cada um abriga um sistema de Ensino: A União, o sistema federal de ensino, com as instituições de ensino médio técnico e de nível superior (públicas e privadas); estados e Distrito Federal abrigam o sistema estadual de ensino, com instituições de todos os níveis (públicas e privadas; os municípios, o sistema municipal de ensino, com instituições de educação infantil, incluindo as creches, e de ensino fundamental).
De 1961 a 1996, a organização e a estrutura da educação no Brasil foram regidas pela Lei 4.024/61, (primeira LDB), Lei 5.540/68(reforma do ensino superior), Lei 5.692/71(reforma de ensino do primeiro e segundo grau). Lei 7.044/82, alterou artigos da Lei 5. 692/71(ensino profissional do segundo grau).
A Constituição Federal de 1988 alterou o existente como a terminologia dos ensinos de primeiro e de segundo graus de fundamental e médio e a noção de sistemas e sua abrangência nas diferentes esferas administrativas.  
Decorrida mais de uma década pouco ou quase nada mudou, a previsão de eliminar o analfabetismo e de universalizar o ensino fundamental não foi cumprida.
A LDB de 1996, apesar de ficarem oito anos em tramitação não trouxe mudanças, o sistema nacional de educação foi substituído pela organização da educação nacional.
O atual Conselho Nacional de Educação foi criado por medida provisória. Seu caráter deliberativo e sua representatividade foram eliminados. O CNE tornou-se um órgão do governo, e não do Estado.
A não existência de um sistema nacional de educação resulta de um jogo político de forças desiguais no Congresso Nacional e as dificuldades de organizar os diferentes sistemas, principalmente os municipais, devem-se também ao caráter impositivo de muitos sistemas estaduais sobre os municípios.
Art. 211 da CF de 1988, reformulada pela Emenda Constitucional 14, aprovada e promulgada em 12 de Setembro de 1996, o sistema federal de ensino compõe-se das seguintes instituições mantidas pela União:
Universidades federais; instituições isoladas de ensino superior; centros federais de educação tecnológica (Cefets); estabelecimento de ensino médio; escolas técnicas federais e agrotécnicas; escolas de ensino fundamental e médio vinculadas às universidades (colégios de aplicação); colégio Pedro II; instituições de educação especial, supervisiona e inspeciona, por meio do MEC, diversas instituições superiores particulares. O MEC é o órgão líder e executor do sistema federal de educação.
A Constituição Federal de 1988, art.24, atribui à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre a educação, cultura, ensino e desporto, excluindo dessa atribuição os municípios. Compete às três esferas administrativas, União, estados e municípios, proporcionar os meios de acesso á cultura, á educação e à ciência.
O sistema estadual de ensino mantem unidades do pré-escolar, do ensino fundamental, do médio e do superior, disciplinar a educação particular, fundamental e média em suas específicas unidades federativas, exerce controle sobre o ensino supletivo e cursos livres que ocorrem fora do âmbito da escola., exerce funções normativas, deliberativas, consultivas e fiscalizadoras nas redes oficial e particular.
A Constituição Federal de 1988 prescreve que os municípios devem manter, com a cooperação  técnica e financeira da União e dos estados, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamenta (art.30, VI). A educação das crianças até 6 anos, dever do Estado e responsabilidade do município, devem administrar seus sistemas de ensino, podendo definir normas e procedimentos pedagógicos que melhor se adaptem a suas peculiaridades.

As Áreas de Atuação da Organização e da Gestão Escolar para Melhor Aprendizagem dos Alunos

Seis áreas de atuação da organização e da gestão da escola:
Planejamento e o projeto pedagógico-curricular; organização e o desenvolvimento do ensino; práticas de gestão técnico-administrativa e pedagógico-curriculares; desenvolvimento profissional; avaliação institucional e da aprendizagem.
O projeto pedagógico-curricular é um documento que reflete as intenções, os objetivos, as aspirações e os ideais da equipe escolar, tendo em vista um processo de escolarização que atenda a todos os alunos.
Formulação do projeto pedagógico-curricular:
Contextualização e caracterização da escola; concepção de educação e de práticas escolares; diagnóstico da situação atual; objetivos gerais; estrutura de organização e gestão; proposta curricular; proposta de formação continuada de professores; proposta de trabalho com pais, com a comunidade e com outras escolas de uma mesma área geográfica; formas de avaliação do projeto.
Currículo é a concretização, a viabilização das intenções expressas no projeto pedagógico.
Currículo formal ou oficial: Estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso em diretrizes curriculares, nos objetivos e nos conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo: Parâmetros Curriculares Nacionais...
Currículo real: Acontece na sala de aula, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
Currículo oculto: Influencias que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores e provenientes da experiência cultural, dos valores e dos significados trazidos de seu meio social de origem  e vivenciados  no ambiente escolar.
A distinção entre esses vários níveis de currículo serve para mostrar que aquilo que os alunos aprendem na escola ou deixam de aprender depende de muitos fatores, e não apenas das disciplinas previstas na grade curricular.
Cultura organizacional: Linguagem dos professores, atitudes que tomam com relação às diferenças individuais dos alunos, modo como se relacionam entre si, atitudes nas brincadeiras e nos jogos, higiene e limpeza nas dependências da escola... Portanto, a construção e elaboração da proposta curricular  implicam a compreensão de que o currículo é o conjunto dos vários tipos de aprendizagem: Processo de escolarização, valores, comportamentos, atitudes adquiridas nas vivências cotidianas na comunidade, interação entre professores, alunos, funcionários, atividades concretas que acontecem na escola.
Alguns princípios devem ser considerados ao planejar o currículo da escola utilizando-se do currículo oficial tais como: o currículo precisa ser democrático; o currículo escolar representa o cruzamento de culturas, o que significa propiciar conhecimentos e experiências diversificadas integrando a variedade de culturas que vai além da escola; interculturalidade : valorização da diversidade cultural e diferenças de origens sociais dos alunos. O currículo intercultural acolhe a diversidade e experiência particular dos grupos de aluno e propicia um espaço de diálogo e comunicação entre grupos sociais diversos;  construção de um projeto civilizatório; currículo tem que ver a organização espacial da cidade: produção, circulação, moradia; um bom currículo ajuda a fortalecer a identidade pessoal, promove competências distintas; enriquecer o currículo pela interdisciplinaridade e coordenação de disciplinas.
Para um bom funcionamento da escola é preciso investir em condições que favoreçam um bom ensino. O êxito da escola depende também da qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens.
Atualmente, a metodologia de ensino está assentada nas seguintes referencias básicas: Ligação entre a cultura elaborada e a cultura experienciada do aluno; uma pedagogia do pensar, que promova o aprender a pensar e o aprender a aprender; uma pedagogia diferenciada; ensino e prática de valores e de atitudes na escola e na sala de aula.
As crianças não aprendem conhecimentos, habilidades, atitudes e valores apenas na sala de aula; aprendem também no cotidiano com a família, os colegas, no ambiente escolar.
As práticas de gestão dizem respeito a ações de natureza técnico-administrativa como: a legislação escolar e as normas administrativas; os recursos físicos, materiais, didáticos e financeiros; a direção e a administração, incluindo as rotinas administrativas; a secretaria escolar.
As práticas de gestão dizem respeito também as  ações de natureza pedagógico-curricular tais como: do projeto pedagógico curricular, do currículo, do ensino, do desenvolvimento profissional e da avaliação cuja responsabilidade direta pertence à direção e à coordenação pedagógica.
O desenvolvimento profissional refere-se ao aprimoramento profissional do docente e está muito ligada à cultura organizacional. A escola como organização e contexto da ação dos professores pode ajudar em sua vida pessoal e profissional. Os professores aprendem com a escola e a escola aprende com seus professores.
A gestão, o projeto político-pedagógico, a organização e articulação do currículo e o investimento no desenvolvimento profissional dos professores interfere no seu desenvolvimento profissional.
A avaliação institucional e da aprendizagem é requisito para a melhoria das condições que afetam diretamente a qualidade de ensino.
Uma proposta pedagógica progressista pode assumir a avaliação dos estabelecimentos escolares, a descentralização das escolas para identificação de necessidades locais, a ênfase no desenvolvimento de capacidades básicas de aprendizagem.

sábado, 28 de maio de 2016

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO





FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
PEDAGOGIA





ACADÊMICAS

ELAINE CRISTINA MARIANO                                      
FERNANDA DA S. FERREIRA                                     
JULIANA CASTRO DE O. FERNANDES                          
LÉIA DE JESUS S. DUTRA                                          
MARIA RUÊNIA F. RODRIGUES                                
SIRLENE MENDES R. DE LIMA                              
ZÉLIA APARECIDA DOS S. OLIVEIRA                      

PROFESSORA: NÁDIA MARIA FARIAS VAZ
7º PERÍODO A



  

ANÁPOLIS – GOIÁS
2015


Sumário

1. Introdução...............................................................................................................04
2. Objetivos.................................................................................................................05
2.1. Objetivo Geral......................................................................................................05
2.2. Objetivos Especificos..........................................................................................05
3. Justificativa.............................................................................................................06
4. Metodologia............................................................................................................07
4.1. “O Problema do Menor é o Maior”.......................................................................07
4.2. Políticas Públicas do Neoliberalismo – Dermeval Saviani..................................10
5. Conclusão...............................................................................................................14
6. Referências Bibliográficas......................................................................................15

Introdução
O presente trabalho fala sobre a redução da maioridade penal, onde divide opiniões, não se sabendo ao certo o caminho a seguir.
Fala também sobre o Neoliberalismo, onde são ressaltados os impactos que está corrente causa, sendo agente regulador e controlador dos serviços públicos.
A importância deste trabalho é a conscientização da população que se encontra em meio a tantas divergências de opiniões e também serem capazes de distinguir o que está por traz de cada lei, de cada plano político, tornando pessoas críticas e observadoras, para assim lutarem pelos seus direitos.
As pesquisas foram feitas em sites da Internet.

Objetivos Gerais
Tornar o cidadão consciente das decisões que são tomadas em relação à política, á educação de nosso país.

Objetivos Específicos
Levar pessoas a tomarem posições frente às ordens impostas na política e na educação;
Tornar cidadãos críticos e desafiadores do próprio saber;
Instigar a procura de novos meios de se apropriar da realidade que nos cerca.

 
Justificativa
Este trabalho se dá pela importância de uma política justa, voltada para os interesses da população, da igualdade de direitos e de uma educação clara e objetiva, com condições de trabalho para os educadores e uma educação de qualidade para os educandos.
 

Metodologia


“O Problema do Menor é o Maior”
 
Em uma matéria da conceituada revista Le mond, traz uma matéria sobre um assunto que está gerando uma polemica muito grande no país e que está dividindo opiniões em toda a população.
A redução da maioridade penal, o assunto tomou uma repercussão maior no final de maio, quando um médico foi esfaqueado na lagoa Rodrigo de Freitas, local nobre do Rio de Janeiro e um dos cartões postais da cidade.
Após o fato ocorrido e da impressa ter dado grande ênfase, e grande divulgação ao caso, o representante de segurança pública disse que é um problema de policiamento no local e não um problema social, Já que os infratores eram menores.
Em uma reportagem do jornal o globo, o Secretário de Segurança Pública do Estado disse ser inadmissível um fato assim acontecer em um local nobre da cidade. Vemos com isso, uma ação apenas de fachada da Segurança Pública.
Como pode uma ocorrência desse nível ser mais grave que fatores ocorridos com a mesma gravidade em locais menos privilegiados? A segurança faz parte de um estado mínimo, onde todos tem direito a educação, saúde, segurança, moradia, e por que dar importância a alguns e não a todos. Perante a lei não somos todos iguais?
O fato de uma pessoa ser negra, ou pobre a torna menor que um rico e branco. Não deveria mas é o que acontece infelizmente em nosso país.
Um dos fatores que levam a incidência de menores cometerem delitos começa com a educação, ou a falta de oportunidades a eles oferecida.
Sem ter uma ocupação vão para as ruas, ou para a escola do mundo.
Está para ser votada a lei de redução da maioridade penal.
Em uma pesquisa realizada pela data folha 87% da população é favorável à redução e acham que a saída para o fim da violência é superlotar ainda mais os presídios com menores delinquentes, que na verdade não tiveram muita opção e se envolveram com o crime como alternativo.
A desigualdade social é uma realidade e longe de ser extinta enquanto não se der importância às classes menos favorecidas e ofertar a eles um plano elaborado de políticas públicas, esses fatores irão se repetir e intensificar.
Querendo ou não existe ainda uma segregação racial e social, em nosso país, que impede o desenvolvimento, e devido à tão grande desigualdade, jovens entre 16 e 17 anos são os mais afetados, e faz o país o quarto no ranking de criminalidade e em números de encarcerados, com isso, a superlotação dos presídios, a falta de estrutura do ministério público e judiciário que não fiscalizam as condições de comprimento da pena, torna essa situação mais difícil, o menor não é levado à reeducação, volta às ruas, cometendo novamente outros delitos, e cada vez piores.
Um outro ponto importantíssimo a ser analisado é a questão do tráfico de drogas, que contribui para o crescimento da marginalidade entre os menores de idade, devido a ser uma oportunidade de rápida ascensão e status, e através do tráfico diversos outros crimes são cometidos como homicídios por não pagamento de dívidas do tráfico, competição entre facções para comandar o crime, porte de arma de fogo, estupros e muitos outros.
É preciso uma mudança de estratégia, prevenir para não ser necessário punir, no lugar de investir, tanto em policiamento e construção de presídios novos, elaborar e traçar metas para recuperar esses jovens, acompanhar e oferecer um atendimento multidisciplinar, com o envolvimento de diversos setores como a família, a escola, a comunidade.
Se a ECA fosse colocado em pratica na sua totalidade, com medidas socioeducativas, os menores infratores sairiam de lá após 2 anos com uma profissão e com uma outra abordagem pra vida social, mas o que vemos são, internações precárias, agentes mal preparados e até denúncias de tortura e maus tratos, onde saem mais violentos e prontos para cometer as mesmas infrações e até mesmo crimes mais graves.
Uma pesquisa do IPEA publicou um estudo onde mostra que a maiorias dos adolescentes ou com 16 anos não haviam completado o ensino fundamental, percebemos novamente o quão importante é a educação de qualidade para mudanças de um modo geral em uma nação.
É necessária uma política de segurança pública seria e transparente que haja em conjunto com a sociedade cível e a justiça. É preciso incentivar e investir no aprimoramento dos policiais e agentes, e pensar em alternativas penais, e erradicar a tortura.
Os culpados pela violência no país não são os jovens, mas sim o Estado, omisso na função de garantir os direitos de igualdade a todos e de oferecer uma educação de qualidade. Mas as autoridades temem em oferecer educação, porque povo ignorante não luta pelos seus direitos, é mais fácil de serem manipulados, e em consequência toda a população sofre principalmente os jovens, sem esperança sem visão de um futuro promissor, como dizia Carlito Maia, “O problema do menor é o maior”.
 
Políticas Públicas do Neoliberalismo – Dermeval Saviani

Entendese por política educacional as decisões que o Poder Público, isto é, o Estado, toma em relação à educação. No Brasil, ela é marcada por uma sucessão de reformas que visam solucionar os problemas encontrados na área, e acabam por caracterizála como descontínua e pouco efetiva (SAVIANI, 2008).  
Estudos apontam que as políticas públicas destinadas à educação são reflexos da contradição própria do ajuste neoliberal que tem norteado a educação latino-americana e brasileira, especialmente após o chamado Consenso de Washington (1989). Tal contradição se manifesta quando o Estado se torna mínimo no que concerne à gestão dos recursos e à descentralização financeiro-administrativa. No entanto, este mesmo Estado mínimo cumpre o papel de agente regulador e controlador dos serviços públicos, como a educação, na medida em que norteia o trabalho e o currículo realizado pelos professores, realiza avaliações, por meio das quais supostamente verifica a qualidade da Educação e distribui prêmios para as escolas e docentes com melhor desempenho nestas avaliações, praticando uma política meritocrática, que em nada contribui para as reais condições de trabalho dos professores e nem para a melhoria da qualidade da educação para os educandos.
Ao propor que a educação, assim como tantos outros elementos, é uma mercadoria, o neoliberalismo também interfere nas práticas pedagógicas, no entanto, não cria nada de novo neste campo, apenas recria o produtivismo, o escolanovismo, o construtivismo e o tecnicismo (Saviani 2007).
Como o importante no momento é dar aos indivíduos o status de empregabilidade basta uma formação superficial e de caráter utilitarista, portanto, os professores estão sendo formados sob esta lógica e formam seus alunos da Educação Básica sob o mesmo parâmetro. Portanto, o neoliberalismo já imprimiu suas marcas na educação brasileira e suas contradições se fazem presentes cada dia mais em nossas escolas.
A partir da década de 1990, políticas educacionais semelhantes e homogeneizadoras têm sido aplicadas a diferentes países da América Latina, sem levar em conta as suas especificidades e com o apoio das elites locais, conforme afirma Saviani (2007).
Outro aspecto importante desta nova lógica que mercantiliza um direito social como a educação, se manifesta em novas formas de atuação pedagógica que recriam o antigo e o condiciona à nova lógica. Estamos nos referindo àquilo que Saviani (2007) nomeou como neoprodutivismo, neoescolanivismo, neoconstrutivismo.
Saviani analisa como os preceitos da pós-modernidade e do neoliberalismo se manifestam nas ideias pedagógicas. O autor parte da alteração que ocorreu, a partir da década de 1990, nas bases produtivas, ou seja, na substituição do modelo fordista/taylorista pelo modelo toyotista, e explica como isso se manifesta na educação. Assim, no atual modelo produtivo, no qual já não existe mais a estabilidade no emprego, nem a instalação de grandes conglomerados industriais com produção em larga escala visando à estocagem de produtos, o que prevalece é o Just in time, ou seja, um sistema produtivo que requer trabalhadores polivalentes que trabalhem sob a dependência da chamada flexibilidade e da empregabilidade – flexibilidade que esvazia os direitos trabalhistas e empregabilidade que força o trabalhador a se tornar competitivo no mercado de trabalho, ou seja, o trabalhador precisa o tempo todo buscar adquirir as novas competências que o mercado oferece para manter-se empregado.
Como a educação, na ótica neoliberal é encarada como um produto a ser consumido com retorno no mercado de trabalho e não como um direito social, a escolarização passou a ser adequado a esse novo paradigma, ou seja, à escola cabe a tarefa de oferecer a seus alunos um “preparo polivalente apoiado no domínio de conceitos gerais, abstratos, de modo especial aqueles de ordem matemática” (SAVIANI, 2007, p.427).
 Essa busca pela empregabilidade via escolarização, é o que Saviani (2007) denomina de neoprodutivismo, que, por sua vez é uma consequência da exclusão que o capitalismo gera – não existe emprego para todos e o crescimento econômico pode perfeitamente coexistir com altas taxas de desemprego – assim é, pois, que se configura a chamada “pedagogia da exclusão”.
O que diferencia o construtivismo do neoconstrutivismo na análise de Saviani (2007) é que enquanto o primeiro se pautava na compreensão científica do desenvolvimento da inteligência, o segundo, em sintonia com a pós-modernidade, valoriza essencialmente o pragmatismo e o espontaneísmo. Daí o verdadeiro abandono de muitos professores neoconstrutivistas para com seus alunos, os quais se veem obrigados a “construir” sozinhos o seu próprio conhecimento – como se isso fosse possível. O neoconstrutivismo também se manifesta na formação de professores – tanto na formação inicial quanto na continuada. É do neoconstrutivismo que emerge, por exemplo, a “teoria do professor reflexivo”. Tal teoria considera mais importante o refletir sobre a prática cotidiana do que a aquisição de pressupostos teóricos na formação do professor. daí os muitos cursos de formação continuada serem fundamentalmente reflexões sobre a prática cotidiana em sala de aula. Talvez nem coubesse o termo reflexão para muitos dos cursos e reuniões que dizem contribuir para a formação continuada e em serviço dos professores, reflexão é um processo de esforço e coerência em relação a uma determinada ação. A partir desta noção de reflexão, fica claro que muitas ações de formação continuada que dizem estimular a reflexão não passam de simples desabafos e trocas de experiências e não estimulam a reflexividade do professor sobre sua ação e sua prática.
Mais uma vez, o objetivo é a adaptação do sujeito às forças produtivas que se encontram no jogo de mercado. Mais uma vez a ênfase está na aquisição individual das tais competências que habilitam o indivíduo a encontrar espaço no disputado mercado de trabalho e, mais uma vez, o sucesso ou o fracasso escolar, profissional e pessoal são colocados como problemas individuais e não sociais.
Originalmente, o tecnicismo, tem como base a racionalidade e maximização dos resultados com o mínimo de recursos e tempo. No Brasil, tal função foi posta como responsabilidade do Estado entre os anos de 1970 e 1990, porém com a adoção do neoliberalismo como política de Estado, o desenvolvimento de técnicas de produção foi transferido para a iniciativa privada e para as organizações não-governamentais – dessa forma o Estado se minimizava, bem como as suas responsabilidades para com o setor social. Em Educação, esta passagem do tecnicismo para o neotecnicismo fica clara em programas e propagandas do próprio Governo Federal que estimulam a participação da sociedade civil, o trabalho voluntário e parcerias de escolas com empresas, ou seja, a sociedade civil assume “voluntariamente” responsabilidades que seriam do Estado e as empresas investem recursos e desenvolvem técnicas em um espaço que é público tendo em vista um retorno privado. Outro reflexo do neotecnicismo está no deslocamento do processo para o resultado (Saviani, 2007), ou seja, o Estado não tem mais tanta responsabilidade em financiar o desenvolvimento do setor educacional, pois divide esta responsabilidade com outras instâncias como a sociedade civil, as empresas, as ONGs, os organismos multilaterais, etc., mas têm em suas mãos os resultados deste processo por meio das avaliações que aplica sobre todo o sistema educacional em nome da qualidade do ensino, vale dizer, da “qualidade total” – termo tomado do setor de produção de mercadorias e que para os neoliberais pode tranquilamente ser aplicado à avaliação da educação, pois, estes têm “ a tendência a considerar aqueles que ensinam como prestadores de serviço, os que aprendem como clientes e a educação como produto que pode ser produzido com qualidade variável. No entanto, sob a égide da qualidade total, o verdadeiro cliente das escolas é a empresa ou a sociedade e os alunos são produtos que os estabelecimentos de ensino fornecem a seus clientes. (SAVIANI, 2007, p.438)
Novamente a educação, a escola, os educadores, os alunos são postos à mercê da força do mercado, que, com sua “mão-invisível”, exerce enorme peso, ao ponto de ofuscar o educador quando o transforma em mero treinador e de fazer da educação um trabalho de doutrinação, convencimento e treinamento para a eficácia no mercado de trabalho, quando na verdade, a função da educação é realizar um trabalho de esclarecimento, de abertura das consciências (SAVIANI, 2007).

Conclusão
O mundo será melhor quando não houver desigualdade, onde todos têm direito à educação, saúde, respeito, moradia, segurança, trabalho..., E tais mudanças necessitam elevar a distribuição de renda, onde as políticas educacionais estão atreladas às políticas públicas sociais, ganhando o cidadão e a sociedade.  
É preciso leis que garantam ao cidadão direito de trabalhar, estudar, se qualificar como direito social e não como uma mercadoria sujeita ás ordens de uma política voltada ao lucro, onde quem comanda é o capitalismo, onde a educação é encarada como um produto a ser consumido com retorno no mercado de trabalho e cabendo a escola a tarefa de oferecer a seus alunos um “preparo polivalente apoiado no domínio de conceitos gerais, abstratos, de modo especial àqueles de ordem matemática”, segundo SAVIANI, 2007, p.427.
 
Referências Bibliográficas
https://www.facebook.com/diplobrasil
SAVIANI, Dermeval. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores e Associados, 2007.

POLÍTICA EDUCACIONAL

POLÍTICA EDUCACIONAL

Entendese por política educacional as decisões que o Poder Público, isto é, o Estado, toma em relação à educação. No Brasil, ela é marcada por uma sucessão de reformas que visam solucionar os problemas encontrados na área, e acabam por caracterizála como descontínua e pouco efetiva (SAVIANI, 2008).  
Estudos apontam que as políticas públicas destinadas à educação são reflexos da contradição própria do ajuste neoliberal que tem norteado a educação latino-americana e brasileira, especialmente após o chamado Consenso de Washington (1989). Tal contradição se manifesta quando o Estado se torna mínimo no que concerne à gestão dos recursos e à descentralização financeiro-administrativa. No entanto, este mesmo Estado mínimo cumpre o papel de agente regulador e controlador dos serviços públicos, como a educação, na medida em que norteia o trabalho e o currículo realizado pelos professores, realiza avaliações, por meio das quais supostamente verifica a qualidade da Educação e distribui prêmios para as escolas e docentes com melhor desempenho nestas avaliações, praticando uma política meritocrática, que em nada contribui para as reais condições de trabalho dos professores e nem para a melhoria da qualidade da educação para os educandos.
Ao propor que a educação, assim como tantos outros elementos, é uma mercadoria, o neoliberalismo também interfere nas práticas pedagógicas, no entanto, não cria nada de novo neste campo, apenas recria o produtivismo, o escolanovismo, o construtivismo e o tecnicismo (Saviani 2007)
Como o importante no momento é dar aos indivíduos o status de empregabilidade basta uma formação superficial e de caráter utilitarista, portanto, os professores estão sendo formados sob esta lógica e formam seus alunos da Educação Básica sob o mesmo parâmetro. Portanto, o neoliberalismo já imprimiu suas marcas na educação brasileira e suas contradições se fazem presentes cada dia mais em nossas escolas.
A partir da década de 1990, políticas educacionais semelhantes e homogeinizadoras têm sido aplicadas a diferentes países da América Latina, sem levar em conta as suas especificidades e com o apoio das elites locais, conforme afirma Saviani (2007).
Outro aspecto importante desta nova lógica que mercantiliza um direito social como a educação, se manifesta em novas formas de atuação pedagógica que recriam o antigo e o condiciona à nova lógica. Estamos nos referindo àquilo que Saviani (2007) nomeou como neoprodutivismo, neo-escolanivismo, neoconstrutivismo.
Saviani analisa como os preceitos da pós-modernidade e do neoliberalismo se manifestam nas ideias pedagógicas. O autor parte da alteração que ocorreu, a partir da década de 1990, nas bases produtivas, ou seja, na substituição do modelo fordista/taylorista pelo modelo toyotista, e explica como isso se manifesta na educação. Assim, no atual modelo produtivo, no qual já não existe mais a estabilidade no emprego, nem a instalação de grandes conglomerados industriais com produção em larga escala visando à estocagem de produtos, o que prevalece é o Just in time, ou seja, um sistema produtivo que requer trabalhadores polivalentes que trabalhem sob a dependência da chamada flexibilidade e da empregabilidade – flexibilidade que esvazia os direitos trabalhistas e empregabilidade que força o trabalhador a se tornar competitivo no mercado de trabalho, ou seja, o trabalhador precisa o tempo todo buscar adquirir as novas competências que o mercado oferece para manter-se empregado.
Como a educação, na ótica neoliberal é encarada como um produto a ser consumido com retorno no mercado de trabalho e não como um direito social, a escolarização passou a ser adequada a esse novo paradigma, ou seja, à escola cabe a tarefa de oferecer a seus alunos um “preparo polivalente apoiado no domínio de conceitos gerais, abstratos, de modo especial aqueles de ordem matemática” (SAVIANI, 2007, p.427).
 Essa busca pela empregabilidade via escolarização, é o que Saviani (2007) denomina de neoprodutivismo, que, por sua vez é uma consequência da exclusão que o capitalismo gera – não existe emprego para todos e o crescimento econômico pode perfeitamente coexistir com altas taxas de desemprego – assim é, pois, que se configura a chamada “pedagogia da exclusão”.
O que diferencia o construtivismo do neoconstrutivismo na análise de Saviani (2007) é que enquanto o primeiro se pautava na compreensão científica do desenvolvimento da inteligência, o segundo, em sintonia com a pósmodernidade, valoriza essencialmente o pragmatismo e o espontaneísmo. Daí o verdadeiro abandono de muitos professores neoconstrutivistas para com seus alunos, os quais se vêem obrigados a “construir” sozinhos o seu próprio conhecimento – como se isso fosse possível. O neoconstrutivismo também se manifesta na formação de professores – tanto na formação inicial quanto na continuada. É do neoconstrutivismo que emerge, por exemplo, a “teoria do professor reflexivo”. Tal teoria considera mais importante o refletir sobre a prática cotidiana do que a aquisição de pressupostos teóricos na formação do professor. daí os muitos cursos de formação continuada serem fundamentalmente reflexões sobre a prática cotidiana em sala de aula. Talvez nem coubesse o termo reflexão para muitos dos cursos e reuniões que dizem contribuir para a formação continuada e em serviço dos professores, reflexão é um processo de esforço e coerência em relação a uma determinada ação. A partir desta noção de reflexão, fica claro que muitas ações de formação continuada que dizem estimular a reflexão não passam de simples desabafos e trocas de experiências e não estimulam a reflexividade do professor sobre sua ação e sua prática.
Mais uma vez, o objetivo é a adaptação do sujeito às forças produtivas que se encontram no jogo de mercado. Mais uma vez a ênfase está na aquisição individual das tais competências que habilitam o indivíduo a encontrar espaço no disputado mercado de trabalho e, mais uma vez, o sucesso ou o fracasso escolar, profissional e pessoal são colocados como problemas individuais e não sociais.
Originalmente, o tecnicismo, tem como base a racionalidade e maximização dos resultados com o mínimo de recursos e tempo. No Brasil, tal função foi posta como responsabilidade do Estado entre os anos de 1970 e 1990, porém com a adoção do neoliberalismo como política de Estado, o desenvolvimento de técnicas de produção foi transferido para a iniciativa privada e para as organizações não-governamentais – dessa forma o Estado se minimizava, bem como as suas responsabilidades para com o setor social. Em Educação, esta passagem do tecnicismo para o neotecnicismo fica clara em programas e propagandas do próprio Governo Federal que estimulam a participação da sociedade civil, o trabalho voluntário e parcerias de escolas com empresas, ou seja, a sociedade civil assume “voluntariamente” responsabilidades que seriam do Estado e as empresas investem recursos e desenvolvem técnicas em um espaço que é público tendo em vista um retorno privado. Outro reflexo do neotecnicismo está no deslocamento do processo para o resultado (Saviani, 2007), ou seja, o Estado não tem mais tanta responsabilidade em financiar o desenvolvimento do setor educacional, pois divide esta responsabilidade com outras instâncias como a sociedade civil, as empresas, as ONGs, os organismos multilaterais, etc., mas tem em suas mãos os resultados deste processo por meio das avaliações que aplica sobre todo o sistema educacional em nome da qualidade do ensino, vale dizer, da “qualidade total” – termo tomado do setor de produção de mercadorias e que para os neoliberais pode tranquilamente ser aplicado à avaliação da educação, pois, estes têm “... a tendência a considerar aqueles que ensinam como prestadores de serviço, os que aprendem como clientes e a educação como produto que pode ser produzido com qualidade variável. No entanto, sob a égide da qualidade total, o verdadeiro cliente das escolas é a empresa ou a sociedade e os alunos são produtos que os estabelecimentos de ensino fornecem a seus clientes. (SAVIANI, 2007, p.438)
Novamente a educação, a escola, os educadores, os alunos são postos à mercê da força do mercado, que, com sua “mão-invisível”, exerce enorme peso, ao ponto de ofuscar o educador quando o transforma em mero treinador e de fazer da educação um trabalho de doutrinação, convencimento e treinamento para a eficácia no mercado de trabalho, quando na verdade, a função da educação é realizar um trabalho de esclarecimento, de abertura das consciências (SAVIANI, 2007).


SAVIANI, Dermeval. História das Idéias Pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores e Associados, 2007.

SÍMBOLOS NACIONAIS

SÍMBOLOS NACIONAIS






VÍDEOS 69




VÍDEOS 68






IMAGENS