quinta-feira, 19 de junho de 2014

ASPECTOS HISTÓRICOS, SOCIAIS E CULTURAIS DE ANÁPOLIS


ASPECTOS HISTÓRICOS, SOCIAIS E CULTURAIS DE ANÁPOLIS


FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS





CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
SÉRIE: 4º e 5º PERÍODO B
PROFESSORA: ADRIANA RIBEIRO


ALUNA(S):
ELAINE CRISTINA MARIANO
JAQUELINE DE SOUZA BORGES
LÉIA DE JESUS SIQUEIRA DUTRA                       
SIRLENE MENDES R. DE LIMA 
ZÉLIA A. DOS SANTOS OLIVEIRA 


         
           
                                                                          
                         
ANÁPOLIS – GO
2014


Introdução
                       
O presente trabalho  é sobre os Aspectos Culturais e Sociais, História e migração da cidade de Anápolis no passado.
Este trabalho tem como objetivo nos  mostrar como se deu a construção de Anápolis nos primórdios de sua existência.
Foram feito pesquisas na Internet, jornais, biblioteca.

    
Desenvolvimento

 HISTÓRIA DE ANÁPOLIS

Etimologia
A origem etimológica do nome está ligado a Sant´Anna, cuja capela em louvor a ela foi edificada em 1871 por Gomes de Sousa Ramos, se tornando um fator de agregação da população local.

O sufixo Polis (πολις) é originário da língua grega e significa cidade. Assim, Anápolis significa literalmente cidade de Ana. Este nome foi sugerido pelo deputado Abílio Wolney em 1896 em substituição ao nome Vila de Sant´Anna das Antas, porém só foi adotado oficialmente quando a Vila foi elevada à categoria de cidade em 31/07/1907.
                      
História
De acordo com a tradição oral sobre a história local, em 1859 Dona Ana das Dores de Almeida partiu de Jaraguá para Bonfim (Silvânia) numa viagem com tropa de burros. Um dos animais levava a imagem de Sant'Anna, de quem era muito devota. Pararam para descansar nas proximidades do Ribeirão das Antas, quando por motivo desconhecido o animal com a imagem da santa sai em desabalada carreira pelas matas da região. Como já anoitecia, na manhã seguinte dona Ana determina aos peões a busca pelo animal, que encontrado, estava com sua carga espalhada pelo chão. Ao tentar recolocar a mala com a imagem no lombo do burro, os peões não conseguiram retirá-la do chão, levando Dona Ana a interpretar o fato como o sinal de que a santa desejava permanecer no local. Faz então a promessa de erguer ou mandar erguer no local uma capela para abrigar a santa, fato este que foi concretizado por seu filho Gomes de Sousa Ramos no ano de 1871.   
                                                           
Migração 

Surgimento e povoação

Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.
Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda "que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos", e deslocara entre Bonfim (Silvânia) e Meia-Ponte, hospeda-se na Fazenda das Antas. Em 1824, um conhecido desbravador da região, o marechal português Raimundo de Cunha Matos, também cita a propriedade em seu diário, fazenda que era encravada no Rio das Antas, nome pela qual a região era conhecida por causa da abundância deste animal nas redondezas. O também francês Conde de Castelnau, relata visita à região em março de 1844. O primeiro documento oficial foi redigido em 25 de abril de 1870, quando um grupo de moradores fazem doação de parte de suas terras para a formação do Patrimônio de Nossa Senhora de Sant'Anna.
O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.
A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roriz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roriz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.                           
No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.


Emancipação

José da Silva Batista
 mudou-se para a região das Antas em 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia-Ponte (Pirenópolis) como professor. Zeca Batista, como era conhecido, exercia também o comércio. Nesta época, a Freguesia fazia parte do território da Intendência de Meia Ponte e junto com Gomes de Sousa Ramos, lutam e conseguem a emancipação política e administrativa da Freguesia na categoria de Vila por força da Lei n° 811, de 15 de dezembro de 1887.
Devido a múltiplos obstáculos, sobretudo, pelas dificuldades levantadas pelas autoridades meia-pontenses, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação oficial da Vila só se concretizou em 10 de março de 1892, com José da Silva Batista sendo nomeado presidente da Junta Administrativa da Vila de Santana das Antas.

Infelizmente, Gomes de Souza Ramos falecera em 22 de Setembro de 1889 e não viu a concretização de seu sonho. Em um depoimento de 1887, o pernambucano Oscar Leal escreve:

Antas!... Sepultada no meio do deserto, longe das grandes estradas que ligam a capital goiana às principais praças do sul do Estado a vila ou povoação das Antas, surge à vista do forasteiro, depois que se desce a chapada, em extenso vale, cercado de um mutismo tão belo e sedutor que seria o bastante para ali fundarem um estado os poetas da antiga Babilônia. Na vila das Antas há meia dúzia de pessoas com as quais se pode travar conversação e uma destas é o Sr. José Batista... Consta de duas ruas paralelas que atravessam o largo da matriz, a qual fica situada bem no centro da povoação... Sua população, segundo os meus cálculos na falta de estatística, orça por uns 800 habitantes... Tem umas seis lojas de fazendas mal sortidas e algumas tabernas que vendem fumo, cachaça e mantimentos. O clima é saudável e as águas magníficas.

Escreveu o viajante português Oscar Leal, em 1887.
Através de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente Gomes de Sousa Ramos, e o primeiro conselho municipal, formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira.
Já contando com autonomia administrativa e base territorial, a Vila de Santana das Antas foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto-Lei 320 de 31 de julho de 1907, assinado pelo então presidente do estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, passando a ser denominada de Anápolis, sendo considerado hoje, de forma errada, como a data natalícia da cidade.
Na verdade, a vila passou a ter independência político e administrativa em 15 de dezembro de 1887, quando foi transformada em Vila de Santana das Antas, instalada em 10 de março de 1892.                                                             
Através do pioneirismo de Francisco Silvério de Faria e do engenheiro Ralf Colleman, a cidade passa a contar com a energia elétrica em 9 de janeiro de 1924, sendo a primeira cidade do estado a contar com este benefício. A instalação do telégrafo deu-se em 1926, a ferrovia chegou em 07 de setembro de 1935 e os telefones em 1938. Em 1927 foi fundado o Hospital Evangélico Goiano, pelo médico e missionário evangélico pernambucano de origem inglesa, Dr. James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro-oeste brasileiro. Em 1939 foi fundado o Hospital Nossa Senhora Aparecida e em 1943 surge o primeiro bairro, oJundiaí, lançado pela Companhia Imobiliária de Anápolis, de Jonas Duarte, Plácido de Campos e José Cândido Louza.


Imagem secular

A imagem da santa padroeira de Anápolis - que segundo relatos pertenceu a Dona Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza Ramos - esteve por muitos anos preservada fora da cidade. Localizada em Pirenópolis foi trazida para Anápolis onde é guardada como relíquia histórico-religiosa, na Matriz de Santana.                  
A imagem tem uma saga que remonta a 142 anos, portanto quase sesquicentenária. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, cujo onomástico se celebra a 26 de julho, quando a imagem centenária pode ser admirada durante a novena precedente àquela data que se celebra na Matriz de Santana, todos os anos.

 Dois expoentes

Foi mediante os esforços liderados pelos dois chefes políticos Gomes de Sousa Ramos e José da Silva Batista (Zeca Batista), ambos homens de espírito empreendedor, que a antiga povoação de Santana das Antas é hoje a mais imponente cidade do interior do Estado de Goiás. Gomes de Sousa Ramos deu origem à primeira construção que foi o marco de todo o desenvolvimento: a Capela de Nossa Senhora Santana.

O professor Zeca Batista soube ser exímio no trato e na ação política, chegando a ocupar a Presidência da Província de Goiás e desfrutando de grande prestígio.

Fundador

Seu filho Gomes de Sousa Ramos veio para o local em 1870, aos 33 anos, atraído pela fertilidade da terra e pelo clima. Empreendedor, conseguiu dos moradores, bastante devotos de Santa Ana, a doação de terras para a construção da capela e formação do patrimônio. O início da construção da capela se deu no começo de 1871.Já em 1872, um documento pedido a elevação da povoação à categoria de Freguesia foi redigido pelo padre local e assinado pelo padre, por Gomes de Sousa Ramos e mais 265 pessoas. Datado de 2 de maio de 1872, foi encaminhado ao presidente da Província de Goiás, Sr. Antero Cícero de Assis, por Gomes de Sousa, que enfrentou vários dias de viagem a cavalo para entregar o abaixo assinado na capital da província, Vila Boa, hoje Cidade de Goiás.
Em 06 de agosto de 1873, o povoado foi elevado à Freguesia através da Lei Provincial nº 514, com o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas.
Gomes de Sousa Ramos foi um dos fundadores de Anápolis. Ele nasceu a 17 de setembro de 1837, em Arraias, filho de Gomes Pereira Ramos e de Dona Ana das Dores de Almeida. Aos 33 anos de idade, mudou-se de Bonfim para o lugarejo que mais tarde seria a Freguesia de Santana das Antas. Veio atraído pela fertilidade da terra e pelo clima.
Chegando aqui no ano de 1870, homem empreendedor que era, criado por sua mãe cultivando os preceitos católicos na devoção a Nossa Senhora de Santana, erigiu uma capela, porque encontrou vários devotos da padroeira do lugar.
Foi pois sob o entusiasmo de Gomes de Souza Ramos que alguns moradores fizeram doação das terras onde se localiza parte da cidade, à Santa.
Gomes de Sousa Ramos iniciou a construção da capela nos primeiros meses do ano de 1871. A 3 de novembro do mesmo ano, foi designado capelão, o padre Francisco Inácio da Luz. Era um passo importante para o desenvolvimento demográfico e político do lugar, pois em 1872, esse padre redigiu um documento pedindo a elevação da povoação à categoria de Freguesia.
O documento foi assinado por ele, por Gomes de Souza Ramos e por outras 265 pessoas. Esse documento datado de 2 de maio de 1872, foi encaminhado ao presidente da Província de Goiás, Antero Cícero de Assis, e levado à então capital, Goiás Velho (hoje Cidade de Goiás), por Gomes de Sousa Ramos. Uma penosa viagem, já pela distância a ser percorrida, já pela falta de meios de transporte e de conforto da época, e sobretudo pelos perigos nos locais ermos em que se devia circular,  enfrentou vários dias de viagem a cavalo para entregar o abaixo assinado na capital da província, Vila Boa, hoje Cidade de Goiás. Em 06 de agosto de 1873, o povoado foi elevado à Freguesia através da Lei Provincial nº 514, com o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas.
O requerimento dos moradores foi então encaminhado à Assembleia Legislativa, acompanhado de um ofício de Gomes de Sousa Ramos. Nesse requerimento ele descrevia a situação, a localização e os limites da capela. Mediante os esforços de Gomes de Sousa Ramos e de Zeca Batista, chefes políticos de então, foi que a Freguesia, alguns anos depois, se elevava à categoria de Vila - mais precisamente, no ano de 1887. No entanto, devido a alguns fatos de abrangência nacional à época, a vila só viria a ser instalada cinco anos mais tarde.

Gomes de Sousa Ramos não chegou a alcançar essa nova etapa da história da cidade que ajudou a fundar. Ele adoeceu em junho de 1889, vindo a falecer em 22 de setembro daquele mesmo ano, deixando viúva a Sra. Messias Gomes Pereira (que sua era sobrinha) com quem tinha seis filhos: Maria, Sebastião, Gomes, Benedito, Francisco e Manuel, tendo nascido, posteriormente a seu falecimento, em 5 de janeiro de 1890, outra filha do casal, de nome Ana. Gomes era casado em primeiras núpcias com Vitoriana Maria de Jesus, da qual se enviuvou e com quem não teve filhos.

 José da Silva Batista
                       
O nome do coronel Zeca Batista está intimamente relacionado à história de Anápolis, para onde se mudou a 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia Ponte (Pirenópolis), cidade em que nasceu a 1º de setembro de 1856. Zeca Batista era filho do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Batista. Estudou no Colégio Senhor do Bonfim, de sua terra natal.
Em 9 de outubro de 1875 casou-se com Francisca de Siqueira, filha de Manuel Barbo de Siqueira e de Maria Luíza Abrantes. O casal teve dez filhos, dos quais, os três primeiros nascidos em Pirenópolis: Isaura, Vespasiano e Alcebíades - este ultimo falecido ainda criança. Os outros sete nasceram todos em Anápolis (então Santana das Antas): Segismundo, Diana, Semíramis, Naiá, Genaro, Ninfa e Nicanor, todos já falecidos.
Veio para a então Freguesia de Santana das Antas como professor. Mas à falta de médicos e de farmacêuticos, exercia também essas atividades, além de ser comerciante. Residiu inicialmente no chamado Largo da Igreja, numa casa que ficava fronteira à atual Escola Normal e onde hoje existe um posto de gasolina, na confluência da Avenida Goiás com a rua que atualmente leva o seu nome. Somente no ano de 1907, Zeca Batista construiu a casa que hoje abriga o Museu Histórico de Anápolis.
Foi graças aos esforços conjuntos de Zeca Batista e de Gomes de Sousa Ramos que a Freguesia de Santana das Antas foi elevada a vila, mediante a Lei 811, de 15 de dezembro de 1887 - cinco anos após a chegada de Zeca Batista ao lugar. Entretanto a instalação oficial da vila só aconteceria cinco anos mais tarde. Vários acontecimentos se deram nesse ínterim: em nível nacional a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, e em nível local o falecimento de Gomes de Sousa Ramos, em setembro de 1889.
Nos preparativos para a instalação da vila, os antenses formaram a sua primeira Junta Administrativa, em fevereiro de 1892, escolhendo para presidi-la, o coronel José da Silva Batista. É que o valor e o prestígio de Zeca Batista cresceram de tal modo nos dez anos em que residira no lugar, que ele se tornou chefe supremo da política local. Em 1905, José da Silva Batista elegeu-se à terceira vice-presidência do Estado e depois, por vacância de cargo, chegou à presidência. Em 27 de abril de 1909, deposto o primeiro vice-presidente do Estado, coronel Francisco Bertoldo de Sousa, que se encontrava então na chefia do Poder Executivo, por um movimento revolucionário, foi entregue a direção do governo, em 12 de abril daquele ano, ao comendador Joaquim Rufino Ramos Jubé, presidente do senado estadual, o qual o transmitiu, a 1º de maio, ao segundo vice-presidente, coronel Zeca Batista, que esteve à frente da chefia da administração de Goiás, até o dia 24 de junho seguinte, quando assumiu, por eleição, Urbano Coelho de Gouveia. Zeca Batista foi escolhido 1° vice-presidente do novo Executivo estadual.
Em Anápolis e como em todo o Estado de Goiás, o coronel Zeca Batista desfrutava de grande prestígio e popularidade. Faleceu a 7 de dezembro de 1910, às duas horas da tarde, por consequência de grave doença que há tempos o havia acometido.




















Conclusão
Neste trabalho abordamos o assunto sobre a cidade de Anápolis no passado, seu  aspecto social, cultural, história e migração e concluímos que Anápolis tem avançado em todos esses aspectos, com vários eventos culturais, crescimento  populacional e demográfico, polos industriais e muito mais.
Foi cumprido todas as etapas deste trabalho, que foi feito com muita dedicação por todos nós.

Este trabalho contribui para o nosso conhecimento e para a socialização, interatividade e respeito mútuo.

Referencias bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1polis
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=520944
http://anapolis-aberta-mus5.blogspot.com.br/2009/05/historia-de-anapolis.html
http://www.anapolis.go.gov.br/portal/anapolis/historia-da-cidade/
Rivalino A. Freitas – Anápolis-história-geografia-economia-passado-e-presente.
Humberto Crispim Borges – História de Anápolis.

Jornal Contexto de 30 de Julho a 04 de Agosto de 2005

MANUAL DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA



MANUAL DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Projeto

Titulo: O Patinho Feio

Faixa etária: 6 (seis) a 9 (nove) anos (Séries Iniciais do Ensino Fundamental).

Objetivo compartilhado com os alunos (produto final)
Ler a história do patinho feio, junto com os alunos fazendo-os entender a importância da aceitação do outro mesmo com suas diferenças, mostrar que nas nossas diferenças nos tornamos únicos e assim cada um tem a sua beleza. Realizar a reescrita da história substituindo os trechos em que o pato feio é menosprezado baseando-se na aceitação do outro.

Justificativa
A intenção do trabalho com este projeto e propiciar ao aluno o contato com a leitura e a escrita a priori. No segundo momento demonstrar a importância de valores como o respeito, aceitação e as diferenças.

O que se espera que os alunos aprendam
1. Realizar uma leitura com compreensão;
2. Aprender as características de uma fábula como, por exemplo, a moral da história, os animais falantes e etc;
3. Saber reconhecer os falantes;
4. Produção de textos individuais para apresentação do conhecimento adquirido;
5. Procedimentos de revisão de texto;
6. Execução do trabalho pedido.

O que o professor deve garantir no decorrer do projeto
1. Compreensão e entendimento;
2. Incentivo a leitura e a escrita;
3. Disponibilizar os materiais necessários;
4. Inclusão e participação de todos os alunos;
5. Analise e entendimento do conteúdo desenvolvido.

Etapas previstas
1. Apresentação da história;
2. Leitura da história
3. Discussão dos pontos principais da história;
4. Explicação de porque ocorrem os fatos na história;
5. Roda de conversa para discussão dos trechos a serem retirados.
6. Reescrita do texto, sem os trechos negativos;
7. Leitura dos novos textos produzidos.

Aula-tema 06: Procedimentos que auxiliam a avaliação do professor ao trabalhar com as histórias.

Texto: As finalidades dos procedimentos de avaliação para o professor.
Para o professor os procedimentos de avaliação devem ser de acordo com a modalidade de educação em que está inserido. Desta forma o professor quando na educação infantil a avaliação é feita através de registros e observação do desenvolvimento dos alunos, sem a cobrança de notas pelo mesmo.
Quando no ensino fundamental o papel do professor continua sendo o de registro observação, porém nesta etapa de ensino exige-se do aluno a nota para a sua avaliação desta forma o professor deve realizar avaliação escritas, para a composição da nota.

Texto: As finalidades dos procedimentos de avaliação para a criança.
Para a criança a avaliação é de fundamental importância no que se trata do aprendizado é na avaliação que o aluno toma consciência do que aprendeu ou não.
A avaliação não deve ser feita apenas de uma forma mais a diversificação das avaliações mostrará o concreto do aprendizado, por exemplo: existem crianças que não escrevem bem, porém são capazes de interpretar corretamente, desta forma a falha está na transcrição do que a criança aprendeu, então não se pode dizer que este aluno nada sabe, ele tem sim o seu conhecimento, para estes casos para que o aluno não saia prejudicado o ideal é que haja uma avaliação escrita e outra oral.
É de extrema importância mostrar ao aluno o seu erro, avaliar apenas com notas sem passar a eles o Feedback não ajudará na compreensão de nenhuma matéria.

Texto: As finalidades do Portfólio para os procedimentos de avaliação.
O uso do portifólio na educação tem como objetivo acompanhar o processo de aprendizagem e desenvolvimento de cada aluno levando a participar do processo avaliativo. O Portifólio é construído ao longo do ano como estratégia tem o seu fechamento bimestral.
O portifólio deve ser organizado em pasta com folhas plásticas, nele fazem parte os seguintes documentos: Ficha de identificação da criança, lista e foto com os nomes de todas as crianças da turma, relatório dos trabalhos realizados em cada bimestre, amostra dos trabalhos da criança com os comentários da professora e relatos do desenvolvimento afetivo de cada criança.
Com tudo isto o portifólio contribui na prática pedagógica, é bom enfatizar que construir portifólio é muito mais do que organizar uma pasta com amostras de trabalhos das crianças. Se todos da comunidade escolar estiverem conscientes da sua importância, terá em mãos um valioso instrumento de avaliação do processo de crescimento das crianças, das professoras, e da escola como um todo.

Bibliografia:
HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré-escola: um olhar reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Editora Mediação, 2000.
PERRENOUD, P. Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999.
HERNÁNDEZ, F. A avaliação na educação artística In Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
SHORES, E. e CATHY, G. Manual de Portifólio - Um guia passo a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

Site:
https://docs.google.com/file/d/0B1lfOtr2UH-EOTlmMWVlNjYtNGFjMy00ZDM4LThjMGMtOWRhZGY0NDdiYzVh/edit?hl=pt_BR
https://docs.google.com/file/d/0B1lfOtr2UH-EMmE5ZGM0ZTAtMjlhYS00YTBkLWFjM2ItOTEyZTU2M2M0OTU0/edit?hl=pt_BR

Artigo científico a importância do contar histórias para crianças.
A Importância do Saber Contar Histórias Na Educação Infantil Ler histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, excitar o imaginário, é ter curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar idéias para solucionar questões. É uma possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes como a tristeza, o pavor, a insegurança,a tranqüilidade e tantas outras mais.“É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica...É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia,sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula...”.( ABRAMOVICH,1995, p. 17).A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo. A exposição à leitura das histórias no seio familiar durante os anos pré-escolares, leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças que vivem num ambiente letrado desenvolvem um interesse lúdico com respeito às atividades de leitura e escrita, praticadas pelos adultos que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo com a qualidade, freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos interessantes e com boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele informações variadas sobre a língua escrita e sobre o mundo. Isso é de suma importância para a criança, pois irá levá-la a interessarem-se cada vez mais pela leitura das histórias suas vidas. Ao adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na família, devendo sofrer modificações que são vitais para o desenvolvimento da aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma visão clara do que se está lendo, o professor deverá ter algumas atitudes, tais como: Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras; Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;• Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de comentários sobre o texto lido.

O QUE DEVEMOS LER PARA AS CRIANÇAS
Nas transformações da leitura de histórias em atividades pedagógicas, a nossa preocupação maior é com a qualidade da leitura que iremos realizar para as crianças. Assim, a escolha dos livros deve ter alguns princípios básicos que possam garantir a eficiência do trabalho pedagógico, ou seja: a) qualidade de criação; b) estrutura da narrativa; c) adequação às convenções do português escrito; d) despertar o interesse da criança; e) simplicidade do texto;Isso nos garantirá, além de oportunizar o contato da criança com o uso real da escrita, levar a mesma a conhecer novas palavras, discutir valores como o amor e o trabalho, levá-los a usar a imaginação,tornando-os criativos e capazes de pensar.

Bibliografia
Site
http://pt.scribd.com/doc/6836020/a-importancia-de-saber-contar-historias-na-educacao-infantil

Projeto Griô: contação de histórias africanas
A professora Rita, citada no início desta reportagem, acredita piamente nisso. Ela criou o projeto Griô, palavra de origem africana que significa "contador de histórias", para valorizar a identidade racial das crianças. Em sua escola, 89 dos 150 matriculados são afro-descendentes, mas poucos conheciam a cultura de seus antepassados. De início, ela promoveu rodas de conversa, localizou a África num globo terrestre e apresentou Vovô Zezinho e Maria Chiquinha, um casal de bonecos pretos que virou mascote da turma. Rita escolheu sete contos que exploram a africanidade e associou cada um deles a uma atividade diferente.

Para o primeiro conto, Aguemon (Carolina Cunha, 54 págs., Ed. Martins Fontes), que trata do nascimento da Terra, ela trouxe para a escola sementes de várias texturas, cores e tamanhos.

Na segunda história, Xangô e o Trovão (Reginaldo Prandi, 64 págs., Ed. Cia. das Letrinhas), cada criança identificou as partes do corpo e as diferenças entre meninos e meninas.

Duas histórias do livro Irê Ayô: Mitos Afro-brasileiros, (Vanda Machado e Carlos Petrovich, 123 págs., EDUFBA) deram origem às seguintes atividades: após a fartura de A Terra Mexida e Plantada Dá Frutos, todos plantaram sementes no jardim para aprender que também as pessoas precisam de respeito e cuidados, e a história Ossain, o Protetor das Folhas, inspirou uma tarde de chás, produzidos com ervas da flora brasileira, com a participação dos pais.
Os familiares também foram mobilizados para ajudar na produção de panôs (um tipo de artesanato de origem africana em que vários retalhos, de diferentes tamanhos e cores, são reunidos para representar a diversidade) inspirados por Bruna e a Galinha d'Angola (Gercilga de Almeida, 24 págs., Ed. Pallas).
E funcionárias da escola ajudaram a fazer birotes nos cabelos das meninas depois que a professora leu para as crianças o livro As Tranças de Bintou (Sylviane Diouf, 32 págs,. Ed. Cosac Naify). Brenda, a que se achava feia, logo percebeu que existem vários padrões de beleza. O projeto exigiu muita dedicação de Rita, mas lhe rendeu o primeiro lugar no prêmio Educar para a Igualdade Social, promovido pelo Centro de Estudos das Relações do Trabalho e da Desigualdade em 2006. "Hoje, os pequenos se sentem mais seguros e respeitam mais os funcionários da casa", afirma a professora.

Bibliografia:
Site:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao-preconceito-422890.shtml?page=1

Recursos materiais que auxiliam o professor a contar histórias
Usar o próprio livro: Se a história for baseada em um livro com boas e fartas ilustrações, este poderá ser apresentado, apontando-se as figuras correspondentes ao momento da narrativa. O livro poderá ser utilizado com ajuda de um recurso que o exponha melhor. O cineminha que apresentamos em "Projetos" é um exemplo disso. “As folhas (originais ou cópias) são anexadas umas às outras, formando um ‘‘rolo de filme”, que é apresentado às crianças através da "tela" de uma caixa de madeira.

Gravuras: fazer uma seqüência de quadros (cópias ampliadas do próprio livro ou fotografadas, sendo nesse caso projetados em slides), que serão expostos à medida que a narração evolua.

Figuras sobre o cenário: o cenário será um quadro básico, e as figuras (talvez cada personagem em algumas posições diferentes) irão compondo as cenas conforme o desenrolar. As figuras poderão ser presas com tachinhas, ou ser do tipo velcômetro (modernização do flanelógrafo, também apresentada em "Projetos").

Fantoches: São muito apreciados pelas crianças e podem ser usadas por mais de um narrador. Outra vantagem é que se pode ter o roteiro escrito, o que facilitará a tarefa. Os fantoches também podem ser usados de forma interativa com as crianças, elas mesmo manuseando-os, ou mesmo fazendo os bonecos de cartolina com roupas de papel crepom.

Teatro de sombras: Uma luz projeta figuras em uma superfície opaca. A sombra de bichinhos feita com as mãos exerce grande fascínio sobre as crianças e com figuras recortadas não é diferente. Elas são muito fáceis de fazer e a apresentação pode conter músicas e efeitos especiais.

Dobraduras: Outra arte que pode representar tantas figuras quanto nossa imaginação 
possa alcançar. É verdade que não é uma técnica acessível a todos, mas há os que fazem... e o efeito é surpreendente! Proporciona uma boa interação com as crianças quando a narrativa acompanha a sucessão de dobraduras feitas por elas.

Maquete: Também alcança resultado. E é mais simples do que parece: uma floresta de papel crepom, uma casinha de papelão e pequenos bonecos de feltro comandados por um contador habilidoso operarão maravilhas.

Bocões: (tipo ventríloquo): São bonecos grandes que ficam sentadas no colo do narrador. Pode ser só um (uma vovó, um duende, etc.), que contará a história. Ou tantos personagens quantos houver na história. As crianças ficam encantadas com o efeito e praticamente esquecem-se do narrador, que pode se aproveitar deste efeito de forma hábil.

Marionetes: São bonecos comandados por fios presos na cabeça, nas mãos e nos pés. A cena desenrola-se no chão e os operadores ficam colocados atrás de um pequeno cenário. As histórias com bastante movimento, engraçadas, são as que melhor se ajustam a esta técnica. Como os bonecos são esguios, eles se prestam às mais diversas caracterizações e podem, inclusive, trocar de roupa conforme a cena.

Bibliografia
Site
http://alfabetizacaoecia.blogspot.com.br/2009/10/recursos-para-contacao-de-historias.html

IMAGENS