sexta-feira, 28 de agosto de 2015

VALOR POSICIONAL E DECOMPOSIÇÃO NÚMERICA

Valor posicional e decomposição numérica

Objetivo(s) 
Interpretar a informação contida numa escrita numérica

Conteúdo(s) 

Ano(s) 

Tempo estimado 
6 aulas

Material necessário 
Cópias das tabelas

Desenvolvimento 
1ª etapa 
Em geral, estudantes com deficiência intelectual têm menos vivência social. Por isso, costumam ser mais privados de casos que envolvem o uso do dinheiro (como identificar o preço de produtos, utilizar cédulas, calcular o troco etc.). Sendo assim, é interessante orientar a família do aluno para que ele seja incluído em situações desse tipo. Planeje também com o AEE atividades em que o estudante possa vivenciar situações de compra e venda, seja na lanchonete da escola ou em situações escolarizadas com o uso de cédulas que imitam as verdadeiras. É importante que essas orientações sejam feitas antes de esta proposta ser apresentada para toda a classe. Assim, o aluno com necessidades especiais pode ter melhores condições de aprender e participar.

Um caixa eletrônico entrega notas de R$1, R$10 e R$100 quando os clientes fazem um saque. O caixa sempre entrega a menor quantidade possível de notas. Complete o seguinte quadro para saber quantas notas de cada tipo o caixa entregou em cada um dos casos:

Valor solicitado
Notas de R$100,00
Notas de
R$10,00
Notas de
R$1,00
R$398,00



R$204,00



R$360,00




2ª etapa Após o quadro ser preenchido, analise com os alunos as respostas dadas. Eles podem reparar que os algarismos usados para responder ao problema são os mesmos que compõem os valores (por exemplo, 3, 9 e 8).

Uma segunda questão para discutir com as crianças é interpretar a informação que uma escrita numérica oferece. Por exemplo, basta olhar o número 398 para saber que uma decomposição possível é 3 x 100 + 9 x 10 + 8.
 
Pedir para que os alunos resolvam um problema um pouco mais complexo, envolvendo números maiores. Veja o exemplo:

Um caixa eletrônico entrega notas de R$1, R$10 e R$100 quando os clientes fazem um saque. O caixa sempre entrega a menor quantidade possível de notas. Completem o seguinte quadro para saber quantas notas de cada tipo o caixa entregou em cada um dos casos:

Valor solicitado
Notas de R$100,00
Notas de
R$10,00
Notas de
R$1,00
R$1.538,00



R$3.207,00



R$7.203,00



R$2.730,00



R$3.270,00




3ª etapa No problema 1, as crianças puderam discutir que em nosso sistema de numeração, o valor das dezenas representa 10 unidades e as centenas, 100 unidades. Com base no problema 2, elas vão colocar em jogo as relações entre as diferentes posições: 1 de 1.000 é igual a 10 de 100; 1 de 100 equivale a 10 de 10, e assim por diante. 
O terceiro problema desta sequência retoma as relações analisadas no problema 2 e as estende ao restringir o uso de notas, obrigando os alunos a explorar outras possibilidades de decomposição. Veja o exemplo:

a) Um caixa eletrônico só entrega notas de R$1 e de R$100, porque acabaram as notas de R$10. O caixa sempre entrega a menor quantidade de notas possível. Como poderia pagar as seguintes quantidades?

R$ 3.241 - R$ 8.097 - R$ 1.045

b) Agora, o caixa só tem notas de R$1 e de R$10. Ele sempre entrega a menor quantidade de notas possível. Como poderia pagar as seguintes quantidades?

R$ 1.475 - R$ 30.038 - R$ 42.125

Na prática, é possível que as crianças descubram que, nos três casos, os dois algarismos da esquerda indicam quantas notas de R$100 são necessárias para obter a quantidade desejada e os dois da direita, quantas de R$1. A relação entre essas propriedades e a multiplicação (dizer que 32 de 100 é equivalente a dizer 32 x 100 = 3.200) não é evidente para muitos alunos. Aprendendo a expressar em um cálculo a decomposição do dinheiro, o aluno poderá aprender esse conteúdo.

Observação: para que cada problema ofereça elementos para abordar a questão seguinte, o professor deve explicitar as relações em jogo dentro de cada um deles.

Avaliação 
Neste problema, os alunos podem analisar que existem diferentes decomposições possíveis para um mesmo número, nos problemas anteriores há apenas uma decomposição para cada número. O desenvolvimento desta atividade retoma as relações estabelecidas na atividade anterior e as aprofunda.

Circule qual ou quais das opções que aparecem para cada número são corretas.



Proposta adaptada do documento Plan Plurianual para el Mejoramiento de la Enseñanza - Cálculo Mental con Números Naturales - Clique aqui para mais detalhes.

Flexibilização 
Proponha novos desafios de acordo com as conquistas de cada grupo.


JOGO DE MATEMÁTICA

A caixa da transformação

Objetivo(s) 
Resolver problemas de adição com incógnitas em diferentes posições: estado final, estado inicial e na transformação. 

Conteúdo(s) 

Ano(s) 
1º  2º  3º  4º  5º

Tempo estimado 
Atividade permanente.

Material necessário 
Uma caixa de papelão com tampa, tampinhas, bolinhas de gude ou quaisquer objetos que caibam na caixa.

Desenvolvimento 
1ª etapa 













Ilustração Carlo Giovani

Problemas de transformação com incógnita no estado final: 
8 + 7 = ?

- Com incógnita no estado inicial:
?
+ 12 = 25 

Com incógnita na transformação:
 
7 + ? = 19 

Peça ajuda aos alunos no começo desta atividade. Um deles deve colocar 8 tampinhas na caixa e outro 7. Em seguida, questione a turma para saber quantas ficaram lá dentro. A resolução deve ser individual, e os procedimentos, anotados em seu caderno. Pergunte como fizeram para resolver e, por fim, proponha que uma criança confira, contando as tampinhas que ficaram na caixa.

2ª etapa 
Com outros valores, mude a posição da incógnita do enunciado. Peça que um aluno da classe pegue 7 tampinhas e as coloque na caixa. Depois, coloque mais um punhado lá dentro. Peça que outra criança conte o total de tampinhas da caixa. Então, pergunte aos estudantes:
"Eu tinha 
7 tampinhas na caixa. Coloquei algumas e agora tenho 19. Quantas eu coloquei?"

É possível que alguns alunos somem os números do enunciado (
7 + 19 = 26), utilizando um procedimento válido apenas para o problema da primeira etapa. Coloque esse procedimento em discussão e explicite que o número encontrado é maior do que o total.

3ª etapa 
Esvazie a caixa e, sem que os alunos vejam, coloque lá 13 tampinhas. Na frente deles, coloque mais 12. Em seguida, lance o desafio:
"Nesta caixa, já havia algumas tampinhas. Coloquei 
12 e ficaram 25. Quantas havia no começo?"

Vários caminhos vão surgir.

Avaliação 
As crianças das séries iniciais podem começar a se familiarizar com as ideias do campo aditivo e explicitar oralmente as estratégias utilizadas ao resolver problemas. Promova situações que possibilitem aos pequenos explicar como fizeram os cálculos e proponha outros problemas como esses para que possam usar as estratégias discutidas. Tente fazer outras variações envolvendo mais de uma transformação. Por exemplo: José ficou confuso depois de bater figurinhas com Miguel. Eles jogaram duas partidas. José ganhou 45 na primeira e, na segunda, perdeu 52. Ele contou as 63 figurinhas que estavam em sua mão, mas não conseguiu lembrar quantas tinha antes de começar o jogo. Ajude-o a calcular esse número.

Batalhas numéricas

Objetivo(s) 
·         Dominar progressivamente a leitura e a ordem dos números.
·         Comparar e ordenar números com diferentes quantidades de algarismos.

Conteúdo(s) 
·         Ordenação de números
·         Regularidades do sistema numérico

Tempo estimado 
30 minutos, uma vez por semana.

Material necessário 
·         Batalha Simples: cartas numeradas em sequência, com intervalos variados (de 1 a 30, de 100 a 150 ou até com centenas e milhares)
·         Batalha de Composição: cinco jogos de cartas numeradas de 0 a 9 (50 cartas)

Organização da sala 
Dois, três ou quatro jogadores

Desenvolvimento 
1ª etapa 
Comece com a batalha simples. Distribua as cartas e explique as regras: cada um faz um monte com as faces numeradas para baixo. Todos viram ao mesmo tempo a que está por cima e discutem qual é a maior. O vencedor leva as cartas e as junta ao monte. O jogo termina quando apenas um jogador tiver cartas.

2ª etapa 
Depois de várias partidas, escreva numa folha: "Observe as cartas dos participantes de um jogo de batalha: Pedro (21), Giovanna (9). Quem ganhou? Como decidiu?". Entregue uma cópia para cada criança e, depois das respostas, promova um debate.

3ª etapa 
Você pode bolar diversas variações para a atividade anterior, com números que permitam analisar outros critérios de comparação:
2345 e 57 - diferentes quantidades de algarismos (quanto mais algarismos, maior o número).
34 e 74 - igual quantidade de algarismos, mudando apenas o da dezena (o primeiro é que manda).
57 e 53- igual quantidade de algarismos, mudando apenas o da unidade (se o primeiro da dezena é igual, o segundo manda).
67 e 76 - mesmos algarismos e na mesma quantidade, mudando apenas a posição (valor posicional).
121 e 89 - quantidades diferentes de algarismos, sendo que o que tem mais apresenta os de menor valor (relação entre o valor absoluto dos algarismos e a posição ocupada por eles).

4ª etapa 
Quando esse jogo ficar fácil sugira a Batalha de Composição: forme um monte de cartas no centro da mesa deixando as faces numeradas para baixo. Cada jogador vira três e tenta montar o maior número possível. Com os arranjos prontos, o grupo discute qual é o maior. O ganhador leva as cartas. Vence quem finalizar com a maior quantidade delas quando acabarem as da mesa.

Avaliação 
Observe se a turma utiliza critérios de comparação válidos para produzir ordenamentos e peça sempre que justifiquem as respostas.


CARTÕES NUMERADOS - JOGOS MATEMÁTICOS

Cartões numerados

Objetivo(s) 
Utilizar critérios apoiados nas regras do nosso sistema de numeração para comparar números de até três algarismos.

Conteúdo(s) 
Ordenação

Ano(s) 
1º  2º  3º  4º  5º

Tempo estimado 
3 ou 4 aulas

Material necessário 
·         Para cada dupla de alunos, três cartões de 7 x 10 centímetros, com algarismos diferentes (por exemplo: 5, 8 e 1)
·         12 cartões em branco

Desenvolvimento 
 1ª etapa 
Distribua os cartões e peça que as crianças montem números de dois ou três algarismos sem repeti-los (elas podem chegar a 12 no máximo) e anotem cada um deles em um cartão em branco. É possível que as crianças comecem as combinações pelos números de dois algarismos e depois parem, achando que as chances estão esgotadas.














2ª etapa 
Proponha que as crianças ordenem os números que formaram.

Avaliação 
Organize a turma em pares e entregue para cada dupla um cartão com um número de dois algarismos (o 53, por exemplo). Depois entregue outro cartão com um algarismo escrito (o 4, por exemplo) e pergunte em que posição em relação ao 35 ele deve ser colocado para formar o número maior possível. Se for à esquerda, ficará 435 e, se for à direita, 354. Proponha sucessivamente diferentes "terceiros algarismos" para depois discutir com a turma em quais situações é melhor colocá-lo à direita e em quais à esquerda. Peça que os estudantes elaborem uma conclusão geral, fundamentando-a, e a registrem no caderno.
Fonte
Atividade adaptada do artigo Sistemas de Numeração - Um Problema Didático, de Delia Lerner e Patrícia Sadovsky, no livro Didática da Matemática (Ed. Artmed)

Flexibilização 
Antes de propor esta atividade, prepare com tinta de alto-relevo os cartões com os algarismos que serão trabalhados. Sugira o trabalho em equipe para auxiliar o aluno a acompanhar a aula. Se já souber braile, ele pode realizar os registros com esse sistema. Vale, também, ampliar o tempo de realização da atividade e fazer com que ele retome exercícios semelhantes no contraturno, para que desenvolva melhor suas estratégias e fixe os conteúdos.

Deficiências 
Visual

O uso da calculadora e o sistema de numeração


Objetivo(s) 
Resolver problemas que envolvam a análise do valor do algarismo conforme a posição que ocupa no número.
Utilizar as propriedades aditivas e multiplicativas do sistema de numeração posicional decimal para resolver problemas que envolvam compor e decompor números em "uns", "dezes" e "cens".

Conteúdo(s) 
·    Reflexão sobre a estrutura aditiva da numeração falada e sua vinculação com as regras da numeração escrita; 
·   Resolução de problemas que permitam a análise e a formulação de "regras" sobre o valor posicional; 
·         Início da elaboração de explicações e justificativas sobre a organização do sistema de numeração posicional.

Ano(s) 
3º  4º

Tempo estimado 
4 aulas

Material necessário 
·         "Dinheirinho": miniaturas de papel das notas que estão em circulação no país
·         Calculadoras: uma para cada criança
·         Cópias de algumas das atividades: uma para cada criança

Desenvolvimento 
1ª etapa 
Introdução 
Durante muito tempo considerou-se que para compreender o sistema de numeração as crianças precisariam decompor os números em unidades, dezenas, centenas, muitas vezes, com o apoio de materiais estruturados. No entanto, hoje sabemos que as decomposições aditivas são mais simples para as crianças e também mais próximas de seus próprios recursos..

Essa seqüência didática pode ser proposta quando as crianças já tiverem certo domínio da leitura, escrita e ordem dos números de um, dois e três algarismos.

Problemas envolvendo o contexto do uso do dinheiro favorecem a compreensão da ideia de composição e decomposição dos números em "uns", "dezes" e "cens"..

Proponha problemas do tipo:   ...
- Tenho 5 notas de 1 real e 2 notas de 10 reais, quanto dinheiro eu tenho?
- Maria possui 3 notas de 100 reais, 4 notas de 10 reais e 3 de 1 real, quanto dinheiro possui?
- Como formar 56 reais com a menor quantidade de notas de 10 e 1 real?

- Como formar 683 reais com a menor quantidade de notas de 100, 10 e 1 real?

Proponha um problema por vez. Você pode organizar a turma ora individualmente, ora em duplas. Circule pela sala enquanto as crianças resolvem os problemas e observe quais procedimentos utilizam. Se notar que alguma criança está com dificuldade para iniciar um procedimento de resolução, ofereça as miniaturas de notas em circulação no país.

Após as crianças resolverem alguns problemas desse tipo, proponha que conversem e observem o que há em comum na forma de resolvê-los. Registre as conclusões das crianças num cartaz para que, em outros momentos, possam consultá-las.

2ª etapa 
Antes de propor os problemas previstos nessa segunda etapa será necessário verificar a familiaridade das crianças com a calculadora. Para isso, entregue uma calculadora para cada criança e proponha algumas atividades exploratórias simples como:.

- Marquem o 1 na calculadora. Agora, sem apertar nenhuma tecla respondam o que aparecerá se marcarmos o 6? (os alunos podem responder: 61). Agora marquem o 6. O que aconteceu? E se quero escrever 45 (colocar na lousa) qual tecla aperto primeiro?.
- Vocês sabem qual é a tecla de mais? (colocar o sinal de + na lousa) E a de igual? (o mesmo procedimento anterior, propor também para os demais sinais).
.
- Propor algumas operações simples (adições, subtrações, multiplicações e divisões) envolvendo números de um algarismo: 2 + 3 =, 5 - 4 =, 2 x 2, 8 : 4,
.

Problema 1: Ditado de números na calculadora
Organize as crianças em duplas e entregue uma calculadora para cada criança. Dite um número e peça que as crianças o escrevam na calculadora. Depois, pergunte às crianças o que precisarão fazer para que apareça um zero no lugar de um dos algarismos que constituem o número (se você sentir necessidade pode escrever o número ditado na lousa e o que deverá aparecer no visor da calculadora). Por exemplo:..
- Anotem na calculadora o número 459. Sem apagá-lo, pensem que teclas vocês deverão apertar para que apareça o número 409?
.

Oriente as crianças que não digam a resposta em voz alta e que anotem as teclas que vão apertando para depois poder reconstituir o que fizeram. Enfatizem que não podem apagar o 459.

Em seguida, dite um número parecido, por exemplo, 452 e, sem apagá-lo, transforme-o em 402. Proponha que discutam com a dupla o que será necessário fazer para que ocorra essa transformação. Oriente-as a combinarem quais ordens deverão dar para a calculadora antes de realizar as próximas operações.

Provavelmente nas primeiras situações propostas às crianças operarão por ensaio e erro. Por exemplo, para transformar 459 em 409 primeiro tirarão o 5. Ao conferir no visor o resultado, constatam que o procedimento está errado, pois o número que aparecerá no visor será o 454, e não 409 como solicitado. Dessa forma, podem rever seu procedimento e tentar com outros números, provavelmente experimentarão o 50.
.

Após cada situação é importante propor a discussão coletiva, perguntando como as crianças se deram conta que deveriam realizar esta operação. Provavelmente, os argumentos das crianças estarão baseados exclusivamente na numeração falada, por exemplo: "Era quatrocentos e cinqüenta e nove. Então, tirei o cinqüenta"..

Problema 2
Mantenha o mesmo tipo de proposta do problema anterior, variando os números. Alterne a grandeza numérica (números de dois, três e quatro algarismos) e o lugar onde deverá aparecer o zero (na unidade, na dezena, na centena). Por exemplo:

Anote na calculadora os números da primeira coluna (um por vez) e, sem apagá-lo, transforme-o no número da segunda coluna:

- Transforme 34 em 30
- Transforme 432 em 402
- Transforme 9354 em 9054
- Transforme 345 em 305
- Transforme 9815 em 9015
- Transforme 9268 em 9208
- Transforme 6275 em 6075
- Transforme 7403 em 7003

Circule pela sala e anote alguns comentários das crianças e formas utilizadas para resolver o problema para retomar em outro momento.
.

Observação: não é recomendável registrar o número com ponto, separando a unidade de mil, pois pode confundir as crianças na hora de registrá-lo na calculadora.
 
3ª etapa 
Explicando as aprendizagens das aulas anteriores:

Inicie a atividade conversando com as crianças sobre o que fizeram nas aulas: "Lembra do que fizemos nas últimas aulas? Anotei algumas coisas interessantes que fizeram..."

Retome algumas das situações propostas. Por exemplo: transformar 34 em 30.

Peça que as crianças expliquem o que foi preciso fazer para conseguir essas transformações. Anote as explicações num cartaz para que possam retomar posteriormente. 

Retome o segundo caso, por exemplo, transformar 452 em 402. "E neste caso, o que descobriram?" 

Se for necessário proponha outros cálculos desse tipo


Organize as conclusões das crianças numa folha (veja exemplo a seguir). Organize a turma em duplas, entregue uma cópia das suas anotações para cada criança e proponha que analisem como resolveram os problemas propostos nas aulas anteriores e procurem explicá-los.

"Vocês fizeram vários problemas em que eu ditei um número para que escrevessem na calculadora. Depois, eu pedia que fizessem algo para que aparecesse um zero no lugar de um dos algarismos do número. Lembram? Agora, vocês vão se juntar a um colega e explicar alguns cálculos que vocês fizeram."

- Para transformar 136 em 130 vocês fizeram 136 - 6 = . Como fizeram para saber que deveriam tirar 6 e não 60 ou 600?
.
- Para transformar 149 em 109 vocês fizeram 149 - 40 = . Como fizeram para saber que deveriam tirar 40 e não 4 ou 400?

- Para transformar 6275 em 6075 vocês fizeram 6275 - 200 = . Como fizeram para saber que deveriam tirar 200 e não 2 ou 20?
.

Colocar na lousa os cálculos que as crianças fizeram nas aulas anteriores e orientá-los para que procurem explicar oralmente, conversando com o colega. Nesse momento, não é necessário escrever; 

A professora (formadora) circula pela classe acompanhando as duplas e ajudando-as a formular suas explicações; 

Organizar a discussão coletiva. Discutir cada caso. Propor que uma dupla explique o primeiro cálculo. A professora do grupo, Lilian, vai anotando o que as crianças vão dizendo para depois poder recuperar (futuramente, poderá anotar essas conclusões num cartaz para que as crianças copiem em seus cadernos); 

Depois que concluírem o primeiro cálculo, propor que outra dupla explique o segundo e por fim o terceiro.

Oriente-os a conversarem com o colega procurando explicar o que fizeram nas aulas anteriores, nesse momento não é necessário escrever. Circule pela sala acompanhando as duplas, ajudando-as a formular suas explicações.

Depois, organize a discussão coletiva. Coloque em discussão cada um dos casos selecionados por você e peça que as crianças digam a que conclusões chegaram (peça que uma das duplas comece compartilhando com o grupo sua conversa e depois pergunte a opinião de outra dupla. Quando concluírem o primeiro tipo de cálculo, passe para o segundo e assim por diante). Anote (ou grave) as observações das crianças, posteriormente você pode anotá-las num cartaz e propor que as crianças as copiem em seus cadernos. 



4ª etapa 
Calculadora quebrada
Proponha que as crianças façam aparecer no visor da calculadora os números listados abaixo, mas agora sem digitar o número 2. Oriente-os para anotar ao lado de cada número as teclas que digitou para obtê-lo. Leia o problema para as crianças e, em seguida, converse sobre o preenchimento da tabela, indicando o local onde devem anotar as teclas que utilizaram..

Observação: você pode "contar uma historinha" para as crianças, dizendo, por exemplo, que quebrou determinada tecla da calculadora...

Números
Teclas utilizadas
152
100 + 53 - 1= (por exemplo)
28

214


Após terminarem de preencher a tabela reúna-os em grupos e proponha que comparem os passos que seguiram para obter os números desejados.

Em outra aula, proponha novamente que digitem alguns números sem utilizar determinada tecla da calculadora, mas desta vez fazendo o menor número de operações possível.
..

Desta vez a tecla 5 está quebrada... Faça aparecer os números listados abaixo no visor da sua calculadora fazendo o mínimo de operações possível. Não esqueça de anotar na coluna ao lado de cada número as teclas que você digitou.

Números
Teclas utilizadas
35
 38 - 3 = (por exemplo)
157

532


Após terem preenchido a tabela, proponha que comparem e analisem os passos que seguiram. Anote suas conclusões num cartaz que será afixado na parede da sala de aula.

Avaliação 
Retome as anotações que fizeram referentes aos problemas propostos na 2ª etapa dessa seqüência. Desta vez você irá ditar números para as crianças compostos pelos mesmos algarismos, por exemplo, 33, 222, 4444, 7777.

Alterne o lugar em que o zero deverá aparecer, por exemplo: "Anote na calculadora quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro. Agora, sem apagar, transforme-o em quatro mil e quarenta e quatro."

"Agora digite quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro e sem apagá-lo transforme-o em quatro mil quatrocentos e quatro.


Peça para as crianças explicarem como fizeram para saber que ordens dar a calculadora.

Você pode propor também outros problemas que envolvam outro tipo de transformação nos números: Anotar o 66 no visor da calculadora. Com uma soma fazer com que apareça o 666, depois o 766 e em seguida o 866.
..

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
- Didática da Matemática, org. Cecília Parra e Irmã Saiz, editora Artmed
- Projeto 
Matemática É D+, Fundação Victor Civita.
- Diseño Curricular para la Educación Primaria. Primer Ciclo Volúmen 1 / Dirección General de Cultura y Educación - 1a ed. - La Plata: Dir. General de Cultura y Educación de la Provincia de Buenos Aires, 2008:

http://abc.gov.ar/lainstitucion/sistemaeducativo/educprimaria/default.cfm 
- "Plan Plurianual para el Mejoramiento de la enseñanza - Cálculo mental con números naturales - Docente" - Governo da Cidade de Buenos Aires, Secretaria de Educação, Direção Geral de Planejamento. Coordenação autoral: Patricia Sadovsky. Elaboração do material: María Emilia Quaranta, Héctor Ponce:

http://www.buenosaires.gov.ar/areas/educacion/curricula/plan_pluri.php


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