Cartões
numerados
Objetivo(s)
Utilizar critérios apoiados nas regras do nosso
sistema de numeração para comparar números de até três algarismos.
Conteúdo(s)
Ordenação
Ano(s)
1º 2º 3º 4º 5º
Tempo estimado
3 ou 4 aulas
Material necessário
·
Para cada dupla de alunos, três cartões de 7 x 10
centímetros, com algarismos diferentes (por exemplo: 5, 8 e 1)
·
12 cartões em branco
Desenvolvimento
1ª etapa
Distribua os cartões e peça que as crianças montem
números de dois ou três algarismos sem repeti-los (elas podem chegar a 12 no
máximo) e anotem cada um deles em um cartão em branco. É possível que as
crianças comecem as combinações pelos números de dois algarismos e depois
parem, achando que as chances estão esgotadas.
2ª etapa
Proponha que as crianças ordenem os números que
formaram.
Avaliação
Organize a turma em pares e entregue para cada
dupla um cartão com um número de dois algarismos (o 53, por exemplo). Depois
entregue outro cartão com um algarismo escrito (o 4, por exemplo) e pergunte em
que posição em relação ao 35 ele deve ser colocado para formar o número maior
possível. Se for à esquerda, ficará 435 e, se for à direita, 354. Proponha
sucessivamente diferentes "terceiros algarismos" para depois discutir
com a turma em quais situações é melhor colocá-lo à direita e em quais à
esquerda. Peça que os estudantes elaborem uma conclusão geral, fundamentando-a,
e a registrem no caderno.
Fonte
Atividade adaptada
do artigo Sistemas de Numeração - Um Problema
Didático, de Delia Lerner e Patrícia
Sadovsky, no livro Didática da Matemática (Ed. Artmed)
|
Flexibilização
Antes de propor esta atividade, prepare com tinta
de alto-relevo os cartões com os algarismos que serão trabalhados. Sugira o
trabalho em equipe para auxiliar o aluno a acompanhar a aula. Se já souber
braile, ele pode realizar os registros com esse sistema. Vale, também, ampliar
o tempo de realização da atividade e fazer com que ele retome exercícios
semelhantes no contraturno, para que desenvolva melhor suas estratégias e fixe
os conteúdos.
Deficiências
Visual
O uso da calculadora e o sistema de numeração
Objetivo(s)
Resolver problemas que envolvam a análise do valor
do algarismo conforme a posição que ocupa no número.
Utilizar as propriedades aditivas e multiplicativas
do sistema de numeração posicional decimal para resolver problemas que envolvam
compor e decompor números em "uns", "dezes" e
"cens".
Conteúdo(s)
· Reflexão
sobre a estrutura aditiva da numeração falada e sua vinculação com as regras da
numeração escrita;
· Resolução de
problemas que permitam a análise e a formulação de "regras" sobre o
valor posicional;
·
Início da
elaboração de explicações e justificativas sobre a organização do sistema de
numeração posicional.
Ano(s)
3º 4º
Tempo estimado
4 aulas
Material necessário
·
"Dinheirinho": miniaturas de papel das
notas que estão em circulação no país
·
Calculadoras: uma para cada criança
·
Cópias de algumas das atividades: uma para cada
criança
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Durante muito tempo considerou-se que para
compreender o sistema de numeração as crianças precisariam decompor os números
em unidades, dezenas, centenas, muitas vezes, com o apoio de materiais
estruturados. No entanto, hoje sabemos que as decomposições aditivas são mais
simples para as crianças e também mais próximas de seus próprios recursos..
Essa seqüência didática pode ser proposta quando as
crianças já tiverem certo domínio da leitura, escrita e ordem dos números de
um, dois e três algarismos.
Problemas envolvendo o contexto do uso do dinheiro favorecem a compreensão da ideia de composição e decomposição dos números em "uns",
"dezes" e "cens"..
Proponha problemas do tipo: ...
- Tenho 5 notas de 1 real e 2 notas de 10 reais, quanto dinheiro eu
tenho?
- Maria possui 3 notas de 100 reais, 4 notas de 10 reais e 3 de 1 real,
quanto dinheiro possui?
- Como formar 56 reais com a menor quantidade de notas de 10 e 1 real?
- Como formar 683 reais com a menor quantidade de notas de 100, 10 e 1 real?
Proponha um problema por vez. Você pode organizar a turma ora individualmente,
ora em duplas. Circule pela sala enquanto as crianças resolvem os problemas e
observe quais procedimentos utilizam. Se notar que alguma criança está com
dificuldade para iniciar um procedimento de resolução, ofereça as miniaturas de
notas em circulação no país.
Após as crianças resolverem alguns problemas desse tipo, proponha que conversem
e observem o que há em comum na forma de resolvê-los. Registre as conclusões
das crianças num cartaz para que, em outros momentos, possam consultá-las.
2ª etapa
Antes de propor os problemas previstos nessa
segunda etapa será necessário verificar a familiaridade das crianças com a
calculadora. Para isso, entregue uma calculadora para cada criança e proponha
algumas atividades exploratórias simples como:.
- Marquem o 1 na calculadora. Agora,
sem apertar nenhuma tecla respondam o que aparecerá se marcarmos o 6? (os
alunos podem responder: 61). Agora marquem o 6. O que aconteceu? E se quero
escrever 45 (colocar na lousa) qual tecla aperto primeiro?.
- Vocês sabem qual é a tecla de mais? (colocar o sinal de + na lousa) E a de
igual? (o mesmo procedimento anterior, propor também para os demais sinais)..
- Propor algumas operações simples (adições, subtrações, multiplicações e
divisões) envolvendo números de um algarismo: 2 + 3 =, 5 - 4 =, 2 x 2, 8 : 4,.
Problema 1: Ditado de números na
calculadora
Organize as crianças em duplas e
entregue uma calculadora para cada criança. Dite um número e peça que as
crianças o escrevam na calculadora. Depois, pergunte às crianças o que
precisarão fazer para que apareça um zero no lugar de um dos algarismos que
constituem o número (se você sentir necessidade pode escrever o número ditado
na lousa e o que deverá aparecer no visor da calculadora). Por exemplo:..
- Anotem na calculadora o número 459. Sem apagá-lo, pensem que teclas vocês
deverão apertar para que apareça o número 409?.
Oriente as crianças que não digam a resposta em voz alta e que anotem as teclas
que vão apertando para depois poder reconstituir o que fizeram. Enfatizem que
não podem apagar o 459.
Em seguida, dite um número parecido, por exemplo, 452 e, sem apagá-lo,
transforme-o em 402. Proponha que discutam com a dupla o que será necessário
fazer para que ocorra essa transformação. Oriente-as a combinarem quais ordens
deverão dar para a calculadora antes de realizar as próximas operações.
Provavelmente nas primeiras situações propostas às crianças operarão por ensaio
e erro. Por exemplo, para transformar 459 em 409 primeiro tirarão o 5. Ao
conferir no visor o resultado, constatam que o procedimento está errado, pois o
número que aparecerá no visor será o 454, e não 409 como solicitado. Dessa
forma, podem rever seu procedimento e tentar com outros números, provavelmente
experimentarão o 50..
Após cada situação é importante propor a discussão coletiva, perguntando como
as crianças se deram conta que deveriam realizar esta operação. Provavelmente,
os argumentos das crianças estarão baseados exclusivamente na numeração falada,
por exemplo: "Era quatrocentos e cinqüenta e nove. Então, tirei o
cinqüenta"..
Problema 2
Mantenha o mesmo tipo de proposta do
problema anterior, variando os números. Alterne a grandeza numérica (números de
dois, três e quatro algarismos) e o lugar onde deverá aparecer o zero (na
unidade, na dezena, na centena). Por exemplo:
Anote na calculadora os números da primeira coluna (um por vez) e, sem
apagá-lo, transforme-o no número da segunda coluna:
- Transforme 34 em 30
- Transforme 432 em 402
- Transforme 9354 em 9054
- Transforme 345 em 305
- Transforme 9815 em 9015
- Transforme 9268 em 9208
- Transforme 6275 em 6075
- Transforme 7403 em 7003
Circule pela sala e anote alguns comentários das crianças e formas utilizadas
para resolver o problema para retomar em outro momento..
Observação: não é recomendável registrar o número com ponto, separando a
unidade de mil, pois pode confundir as crianças na hora de registrá-lo na
calculadora.
3ª etapa
Explicando as aprendizagens das aulas
anteriores:
Inicie a atividade conversando com as crianças sobre o que fizeram nas aulas:
"Lembra do que fizemos nas últimas aulas? Anotei algumas coisas
interessantes que fizeram..."
Retome algumas das situações propostas. Por exemplo: transformar 34 em 30.
Peça que as crianças expliquem o que foi preciso fazer para conseguir essas
transformações. Anote as explicações num cartaz para que possam retomar
posteriormente.
Retome o segundo caso, por exemplo, transformar 452 em 402. "E neste caso,
o que descobriram?"
Se for necessário proponha outros cálculos desse tipo
Organize as conclusões das crianças numa folha (veja exemplo a seguir).
Organize a turma em duplas, entregue uma cópia das suas anotações para cada
criança e proponha que analisem como resolveram os problemas propostos nas aulas
anteriores e procurem explicá-los.
"Vocês fizeram vários problemas em que eu ditei um número para que
escrevessem na calculadora. Depois, eu pedia que fizessem algo para que
aparecesse um zero no lugar de um dos algarismos do número. Lembram? Agora, vocês
vão se juntar a um colega e explicar alguns cálculos que vocês fizeram."
- Para transformar 136 em 130 vocês fizeram 136 - 6 = . Como fizeram para saber
que deveriam tirar 6 e não 60 ou 600?.
- Para transformar 149 em 109 vocês fizeram 149 - 40 = . Como fizeram para
saber que deveriam tirar 40 e não 4 ou 400?
- Para transformar 6275 em 6075 vocês fizeram 6275 - 200 = . Como fizeram para
saber que deveriam tirar 200 e não 2 ou 20?.
Colocar na lousa os cálculos que as crianças fizeram nas aulas anteriores e
orientá-los para que procurem explicar oralmente, conversando com o colega.
Nesse momento, não é necessário escrever;
A professora (formadora) circula pela classe
acompanhando as duplas e ajudando-as a formular suas explicações;
Organizar a discussão coletiva. Discutir cada caso. Propor que uma dupla
explique o primeiro cálculo. A professora do grupo, Lilian, vai anotando o que
as crianças vão dizendo para depois poder recuperar (futuramente, poderá anotar
essas conclusões num cartaz para que as crianças copiem em seus
cadernos);
Depois que concluírem o primeiro cálculo, propor que outra dupla explique o
segundo e por fim o terceiro.
Oriente-os a conversarem com o colega procurando explicar o que fizeram nas
aulas anteriores, nesse momento não é necessário escrever. Circule pela sala
acompanhando as duplas, ajudando-as a formular suas explicações.
Depois, organize a discussão coletiva. Coloque em discussão cada um dos casos
selecionados por você e peça que as crianças digam a que conclusões chegaram
(peça que uma das duplas comece compartilhando com o grupo sua conversa e
depois pergunte a opinião de outra dupla. Quando concluírem o primeiro tipo de
cálculo, passe para o segundo e assim por diante). Anote (ou grave) as
observações das crianças, posteriormente você pode anotá-las num cartaz e
propor que as crianças as copiem em seus cadernos.
4ª etapa
Calculadora
quebrada
Proponha que as crianças façam aparecer
no visor da calculadora os números listados abaixo, mas agora sem digitar o
número 2. Oriente-os para anotar ao lado de cada número as teclas que digitou
para obtê-lo. Leia o problema para as crianças e, em seguida, converse sobre o
preenchimento da tabela, indicando o local onde devem anotar as teclas que
utilizaram..
Observação: você pode "contar uma historinha" para as crianças,
dizendo, por exemplo, que quebrou determinada tecla da calculadora...
Números
|
Teclas utilizadas
|
152
|
100 + 53 - 1= (por exemplo)
|
28
|
|
214
|
|
Após terminarem de preencher a tabela reúna-os em
grupos e proponha que comparem os passos que seguiram para obter os
números desejados.
Em outra aula, proponha novamente que digitem alguns números sem utilizar
determinada tecla da calculadora, mas desta vez fazendo o menor número de
operações possível...
Desta vez a tecla 5 está quebrada... Faça aparecer os números listados abaixo
no visor da sua calculadora fazendo o mínimo de operações possível. Não esqueça
de anotar na coluna ao lado de cada número as teclas que você digitou.
Números
|
Teclas utilizadas
|
35
|
38 - 3 = (por exemplo)
|
157
|
|
532
|
|
Após terem preenchido a tabela, proponha que
comparem e analisem os passos que seguiram. Anote suas conclusões num cartaz
que será afixado na parede da sala de aula.
Avaliação
Retome as
anotações que fizeram referentes aos problemas propostos na 2ª etapa dessa
seqüência. Desta vez você irá ditar números para as crianças compostos pelos
mesmos algarismos, por exemplo, 33, 222, 4444, 7777.
Alterne o lugar em que o zero deverá
aparecer, por exemplo: "Anote na calculadora quatro mil quatrocentos e
quarenta e quatro. Agora, sem apagar, transforme-o em quatro mil e quarenta e
quatro."
"Agora digite quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro e sem
apagá-lo transforme-o em quatro mil quatrocentos e quatro.
Peça para as crianças explicarem como
fizeram para saber que ordens dar a calculadora.
Você pode propor também outros problemas que envolvam outro tipo de
transformação nos números: Anotar o 66 no visor da calculadora. Com uma soma
fazer com que apareça o 666, depois o 766 e em seguida o 866...